VIII: Encontro

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Ao abrir os olhos, dou conta da claridade em cima de mim. Levanto rápido demais e passo a mão por algo macio e percebo que estou em um quarto. O quarto se encontra no escuro e a única luz vem de uma pequena janela no alto do cubículo onde estou.
Levanto da cama e caminho pela extensão do quarto escuro até chegar na porta.

- Matthew? - chamo quando consigo chegar na sala. - sussurro um pouco alto, com medo de que algo tenha acontecido.

- Mia? Finalmente . - diz ele quando ouve minha voz.

- O que aconteceu? - pergunto quando finalmente recupero a voz.

E então ele aparece com uma roupa diferente. Um camisa branca que marca seus belos músculos e uma calça preta limpa. Em seus pés tem um belo par de corturno na cor preta.

- Você desmaiou no caminho. Tive que carregar você até aqui. Por que não disse que estava com fome ou sede? - perguntou ele

- Porque precisamos entregar esse colar ao seu chefe e acabar com isso logo. Vamos embora. - falo caminhando na direção da porta.

- E você pretende sair desse jeito? - pergunta debochado.

Logo olho para meu próprio corpo e percebo o tom de deboche. Eu estava apenas com a cueca que havia furtado dele naquele dia da cabana. As botas foram retiradas do meu pé e a camisa também.

- Você, você não...? - pergunto assustada.

- Eu prefiro que esteja consciente quando estiver transando. - debocha novamente.

Sorrio sem jeito, e caminho de volta ao quarto a procura da blusa e das botas, mas não as encontro.

- Matthew, onde está minhas coisas? - pergunto em um tom alto.

- Quer dizer a bota e camisa que roubou de mim? - rebate ele

- Sim. Onde estão?

- A camisa está no lixo, não estava emótimas condições de uso. A bota está na sala muito bem guardada e antes que comece a gritar comigo, mandei Lucca arrumar uma roupa pra você.

- E quem disse que eu ia gritar com você? Jamais tive tal intenção.

- Sei, até parece que eu não a conheço.

- E não conhece mesmo. Vamos, diga onde está minhas botas.

- Jamais, é divertido vê-la irritada. É excitante e prazeroso.

- Você é um idiota mesmo. - resmungo alto para que ele ouça.

- Você é gostosa pra caralho. - diz em modo extremamente sexy.

Me surpreendo com suas palavras e o observo. Ele estava ali na porta me observando também, com um olhar super sexy e quente. Já disse que não sou de ferro, não é mesmo? Me aproximei dele sem notar e colei nossos lábios de forma feroz e rápida. Pode se dizer que Matthew era especialista no quesito beijo e sexo.

- Ei, diz o que você quer Mia. - disse ele parando nosso beijo e descendo os lábios para meu pescoço e ombros.

- Você. É só isso. - respondo ofegante.

E ele simplesmente sabia o que eu tanto desejava. Ele selou nossos lábios sem pudor algum e agarrou minha bunda. Suas mãos sustentou minhas nádegas para que eu, então, envolvesse minhas pernas ao redor da cintura daquele homem, e quando as envolvi colando corpo a corpo, ele deixou meus lábios e trilhou uma sequência de beijos no pescoço chegando ao ombro o mordendo levemente no final.

Estava bom. Muito bom. Mas algum infeliz bateu na porta e não esperou pra saber se podia entrar. Estávamos encostados na parede do quarto e dava pra ver perfeitamente quem estava chegando, e eu vi. Virei meu rosto para o rumo da porta apenas para dar mais liberdade para que Matthew pudesse ter livre acesso até meu pescoço, quando vi um homem parado na porta observando a cena com diversão no olhar. Tentei afastar Matthew mas ele estava ocupado demais explorando meu corpo.

- Matthew. Ah, isso é tão bom…. Para Matthew. - falo tentando chamar atenção dele, mas parece ser algo impossível. Então resolvo dizer que tem alguém nos olhando, mas o ser ali em pé pigarreia chamando a atenção de Matthew.

Logo ele para o que estava fazendo para olhar na direção da porta e pela primeira vez desde que o conheço, o vejo ficar sem palavras. Ele me desce de seu colo e me posiciona atrás dele afim de esconder meu corpo. Ele segura a bainha da camisa e a puxa para cima retirando-a de seu corpo, expondo seu tronco extremamente sexy e cheio de tatuagens. Matthew se preocupa em entregar a camisa para mim e segue até o homem que está em pé próximo a porta com uma sacola na mão.

- E aí cara, vai me explicar o porquê de não ter entregado esse maldito colar para o Tyler? E quem é ela?

- Ela se envolveu nisso e não posso deixar a garota morrer. Não posso deixar mais um inocente morrer. - fala ele meio baixo.

Assim que termino de passar a camisa pela cabeça, eu saio do quarto e caminho na direção dos dois homens ali próximo a porta.

- O que está acontecendo? Quem é você? -  pergunto para o desconhecido.

- Eu que devia fazer essa pergunta, mas sou Lucca.

- Sou Mia. Cadê minha roupa? - pergunto a ele.

- Aqui. - estende a sacola que estava na sua mão.

- Obrigada. Matthew, vou tomar um banho. Dá tempo?

- Sim. Saímos em vinte minutos. - responde ele

- Ok. Onde está as botas? - pergunto temendo que ele tenha encontrado o colar.

- No canto do quarto. - responde contendo um sorriso.

Ando até o quarto com a sacola em minhas mãos e então procuro pela bota em todos os cantos, até encontrá-la no canto ao lado da cama. A pego nas mãos e analiso toda sua extensão inferior a procura do colar e o encontro no mesmo lugar onde havia escondido. Suspiro de alívio por saber que ele não irá me deixar para trás. Caminho até o banheiro e jogo apenas uma água no corpo para que tudo seja mais rápido. Saio do chuveiro e caminho para fora do box me secando.

Quando termino de fechar o zíper da bota, me levanto e encaro meu reflexo por longos minutos pensando sobre o conteúdo do chip dentro daquele colar. Deve ser algo sério para estar viajando até a mão de um poderoso mafioso. Matthew bate a porta me chamando para irmos antes que eles nos rastreie até aquele pequeno quarto de um hotel de beira de estrada. Assim que saio do banheiro, Matthew pega minha camisa de suas mãos e me entrega uma arma.

- Fique atenta a qualquer coisa. Vamos. - diz ele me puxando para fora dali.

Ao chegar do lado de fora, vejo Lucca com a chave de uma grande moto preta na mão, igual a que pegamos no morro, e outro aparelho celular.

- Sua chave e as coordenadas da nova localização de Tyler. Corra, vocês tem pouco tempo. - diz ele

Assim que subimos no veículo devidamente equipados, Lucca se despede de nós e segue por um caminho oposto ao nosso. Falta pouco tempo pra minha vida voltar ao normal, ótimo. Eu só não sabia se queria voltar ao normal.

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GENTE, ÚLTIMO DIA DO ANO. ÚLTIMO CAPÍTULO DO ANO DE 2017.

NESTE 2017 EU SÓ TENHO ONQUE AGRADECER. PELAS QUEDAS E APREDIZADOS, PELAS INSPIRAÇÕES, PELAS AMIZADES, PELOS LEITORES NOVOS.

2017 FOI UM SUPER ANO PRA TODOS NÓS.

FELIZ 2018 PARA TODOS OS MEUS LEITORES E QUE VOCÊS CONTINUEM ACOMPANHANDO NOSSO CASAL MIA E MATT NESTE NOVO ANOS, POIS MUITAS COISAS IRÃO ACONTECER.

MUITÍSSIMO OBRIGADA A VOCÊS POR TUDO E ATÉ 2018.

XOXO,                  
Lorrayne

A Força do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora