XI : Luna

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Assim que o dia amanheceu, Matthew ainda estava deitado na mesma posição que havia dormindo da noite anterior. Sorrio ao lembrar da noite quente que tivemos juntos, mas ele logo se vai quando mexo a perna e sinto um dor aguda, que me faz gemer de dor. Lembro-me do tiro, de Matthew e eu discutindo, de chegarmos no hotel, ele suturando minha perna e depois os beijos selvagens. Matthew me olhava alarmado e assustado, creio que pelo gemido que eu havia dado.

- Relaxa, estou bem senhor das cavernas. - falo antes dele e corro para vestir minha roupa que estava jogada por todo o quarto.

Passo a blusa pela cabeça deslizando-a e encaixando-a em meu corpo esbelto. Depois pego minha calcinha vestindo rapidamente, enquanto o olhar dele queimava sobre minha pele e eu o ignorando, assim como ele havia feito na noite anterior. Caminho até o banheiro com a finalidade de conseguir domar a fera que chamo de cabelo, o que não estava dando muito certo, já que os fios estavam mais rebeldes que o normal. Por fim decido fazer um rabo de cavalo com uma presilha que encontrei no banheiro. Assim que sai, vejo Matthew sentado na cama perdido, e desconfio que ele esteja passando mal.

- Matthew, o que houve? - pergunto me aproximando dele.

- Onde está o colar? - pergunta erguendo a arma e apontando na minha direção.

- O que é isso? Abaixa a arma Matthew.

- Você não entende. É necessário.

- O que é necessário?

- Você atrapalhou a porra da missão. Preciso que saia do meu caminho.

- Então é isso? IMBECIL. - grito alto e claro para que ele entenda.

- Sim, eu sou mesmo, e sabe por que? -  pergunta me encarando por longos e intermináveis segundos.

- Diz logo, não tenho a vida toda pra ficar igual uma idiota te esperando dizer .

-  Porque eu… -  começa a dizer, mas é interrompido por um barulho.

Uma explosão ocorre logo em seguida nos lançando no chão com toda a força possível. Matthew corre para me proteger e acaba sendo atingindo mais do que eu. Seu corpo fica sobre o meu de forma totalmente protetora. Mas uma idéia que rapidamente sai de minha imaginação, já que Matthew me protegia apenas por conta do colar.

- Você está bem? - pergunta ele depois de alguns longos segundos.

- E você se importa comigo Matthew? Não precisa responder. Sei que quer apenas esse maldito colar. Vamos embora.

Ele me encara por um longo tempo sem ter o que responder para mim, sabendo que eu estava certa no meio de toda aquela situação. Caminhei para fora dali rapidamente e fui na direção da moto. Subi no veículo esperando por Matthew, que andava com pressa. Subiu na moto e então colocou o capacete, obrigando-me a colocar o meu. Antes, passamos em uma conveniência para pegar alguma coisa para comer, quando a porta se abre e vejo homens de terno e gravata passarem por ela. Homens de Benzer estavam a procura de nós,pois sabíamos que somente eles andariam de terno e gravata para todo lado.

Disfarço quem sou colocando um chapéu de praia e um óculos fingindo estar experimentando os itens. Quando olho por todos os lados disfarçadamente, percebo que os dois ainda estão ali na loja e eu começo a entrar em pânico, com medo de que eles nos veja e comece uma guerra aqui dentro. Logo o sino da porta soa e eles vão embora, enquanto o medo ainda está em mim. Vejo uma pequena parte onde se tem CDs, pen drive e alguns cartões de memória, na qual me abaixo para vê-los. No mesmo instante Matthew me chama para ir embora e eu me levanto rapidamente indo em sua direção. Quem olhasse por fora, pensava que éramos um casal ou até mesmo irmãos, mas a verdade é que só dávamos certo no sexo. Éramos bons no que fazíamos.

A Força do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora