VII: Estrelas Cantantes

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Enquanto ele dirigia, eu procurava qualquer peça eletrônica dentro do carro, como por exemplo, um celular ou tablet.

- Encontrou alguma coisa? - pergunta ele com um tom nada agradável.

- Não. Aqui atrás não tem nada. - falo enquanto tento voltar ao meu lugar, do lado passageiro, mas grito quando sinto a dor em minha bunda.

Assumo, aquilo me excitou.

- Por que diabos você mordeu minha bunda? - pergunto estática quando finalmente volto a minha posição inicial.

- Porque ela é grande e gostosa. - diz com um sorriao cafajeste e me lançando uma piscadela.

- Imbecil. - comento baixo para que ele não ouça.

Continuamos o nosso trajeto até que finalmente eu encontro o aparelho celular dentro do porta-luvas do carro. Matthew olha para mim com esperança e continua a seguir o caminho observando a estrada silenciosamente.

- Ei, o que foi? - pergunto curiosa com seu silêncio.

- Nada. Estou apenas preocupado.

- Com o quê exatamente?

- Estou a muito tempo sem dar notícias. É provável que eles estejam pensando que eu fui morto ou passei para o lado deles.

- E qual a mais provável de acontecer Matthew.

- A primeira opção é claro. Não é a primeira vez que me meto com Riccio. Ele já tentou me persuadir a ir para o lado dele, já tentou me matar várias vezes.

- Imagino porquê. - comento rindo.

- O que é tão engraçado Mia?

- Nada Matthew. Nada.

Ele me olha atentamente e então foca seu olhar na estrada a frente. Enquanto ele dirigia, fiquei pensando em como alguns dias e um único jogo poderia mudar minha vida radicalmente. Olhando para aquele céu azul, penso como teria sido minha vida se Ellie estivesse viva…

- Mia, estou te chamando a um tempo e você com essa cara de sonsa.

- Cale-se. O que você quer?

- Vou repetir a pergunta mais uma vez, você consegue procurar o localizador no celular?

- Matthew, o que te faz pensar que esse carro também não tem localizador? - pergunto ironicamente.

- Eu sei que tem, por isso vamos deixá-lo assim que que a gasolina acabar, o que deve ser em 3, 2, 1… - fala diminuindo a voz enquanto o carro acaba o combustível.

- Está falando sério? - pergunto irritada.

- Olha bem para mim e vê se eu estou brincando? - diz abruptamente.

Cerro o punho me controlando para não meter um murro naquele rostinho bonito e respiro fundo. Era só desativar o localizador do celular e caminhar até o lugar mais próximo.

- E então, consegue ou não desativar o localizador do celular?

- Para alguém que trabalha pra máfia, você é bem sonso para algumas coisas. 

- Ah jura, não foi isso que você percebeu quando estava gemendo meu nome naquele casabre de quinta. - diz me prensando no carro esfregando sua virilha na minha.

Me controlei ao máximo para não soltar um gemido, mas foi em vão. Quando senti algo crescer próximo a minha virilha, agarrei Matthew o puxando para um beijo quente e selvalgem. Ele correspondendo ao meu beijo, segurou minha bunda me puxando para cima. Enrolo minhas pernas ao redor do seu tronco para facilitar qualquer coisa que aconteça ali.

Nosso beijo se intensifica e com o passar dos segundos, ele cessa por falta de ar, porém Matthew não para. Distribui beijos desde meu pescoço até o vale entre meus seios. Suas mãos ágeis vão sobem de minha bunda até meus seios, fazendo com que elas trabalhassem ali. Apertando e estimulando-os. Estava bom, muito bom.

- Você tem noção do quanto vicia? - pergunta Matthew com uma voz sexy.

- Matthew, não para. Eu quero você. Quero agora. - falo quando recupero meu fôlego.

- Você terá, mas primeiro precisamos sair daqui.

- Você recusando uma foda? Ok, a gente nem se conhece direito, mas creio que isso não é do seu fetio. Acertei?

- Talvez. Vamos. Vamos sair daqui.

******

Meia hora depois nós estávamos andando pela estrada enquanto vários carros passavam por nós buzinando para mim, e sinceramente, aquilo estava me irritando bastante. Qual é, uma garota não pode andar de botas e camisa na rua?

- O que foi gata? Incomodada com a roupa?

- Claro que não querido. Só estou parecendo uma prostituta. Isso é algo que não sei fazer a muito tempo.

Matthew me olha incrédulo com minha fala. - Já foi prostituta? 

- Eu precisava ganhar a vida de algum jeito. Quando descobri meu talento e mãos de ouro parei de fingir orgasmos. - falo a ele dando de ombros e com um sorriso mínimo. 

Ele sorriu, mas sem mostrar seus dentes e então continuou seu percurso na beira da estrada. Olho para o céu e no além vejo tudo escurecer. Estremeço com o vento frio que bateu em meu corpo praticamente nu. Vento este que estava denunciando a chegada de um inverno completamente gélido.

Travei em meu lugar quando o vento se intensificou e eu morria de frio ali mesmo, na beira de uma estrada. Matthew estava muito a frente de mim, e de repente eu estava fraca e sem forças para continuar caminhando. Havia um tempo que eu não comia nada, então deduzi que minha pressão havia caído. Me abaixei buscando algo para me apoiar, mas nada ao meu redor além do mato, porém meu fôlego também estava acabando.

- Matthew. - sussurrei quando senti que estava sem forças.

Quando enfim olhou para trás, eu já estava no chão, fraca e sem forças para continuar o caminho até qualquer lugar que estivéssemos indo. Ele correu até mim e se debruçou sobre meu corpo.

- Mia, acorde. Você não pode me deixar agora.

- Eu não consigo manter meus olhos abertos.

- Venha. Vamos encontrar um lugar para ficar. - diz me pegando no colo e andando estrada a frente.

E tudo que eu vi foi uma lua brilhante e as estrelas cantando no céu.


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Peço perdão de coração pela demora e pelo capítulo pequeno.

Há alguns dias senti umas dores muito fortes e logo em seguida voltei a passar mal. Ando meio fraca e desidratada, por isso não tive tempo, mas agora voltei a ativa e posso publicar o capítulo. Espero poder publicar um na sexta ou no sábado.

Novamente peço perdão pela demora.

XOXO,                 
Lorrayne.

A Força do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora