XII: Resgate

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O caminho estava silencioso e tranquilo, mas mimha mente estava a mil e barulhenta. Luna estava com Benzer e eu estava sem rumo por saber que ela está em perigo por minha culpa. Ela era a única pessoa nesta merda de mundo que estava sempre comigo, desde que fugi da casa de meus pais. Matthew percebeu o quão aérea eu estava e nada do que ele falava me deixava atenta a muito tempo, estava literalmente perdida.

Vi um pequeno hotel de beira de estrada mais a frente e então Matthew desviou e entrou ali mesmo. Foi a primeira vez que nós paramos e pagamos por um quarto decente, eu realmente estava feliz por parar e tentar fazer com que minha mente parasse um pouco. Me joguei no sofá do quarto com todo cansaço desses últimos tempos tomando conta do meu corpo e tentei dormir, mas algo sem sucesso. Eu estava elétrica apesar do cansaço que tomava conta do meu exterior, já que meu interior estava destruído, estraçalhado em mais mil pedaços poderia dizer.

Me levantei para andar um pouco pelo quarto que alugamos, e cheguei no quarto onde Matthew estava deitado no centro da cama e sem camisa. Era o convite perfeito para fazer o que eu tinha em mente. Caminhei até ele sem emitir som algum e passei a ponta dos dedos em seu abdômen perfeitamente esculpido e subi em seu colo, fazendo com ele sorrisse no mesmo instante em quem sua ereção crescia abaixo de mim. Era impossível dizer que Matthew era ruim no sexo, pois quem o dissesse, estaria louco de verdade. Matthew era praticamente o Deus do sexo e eu amava esse lado dele.

Me abaixei até me aproximar de sua boca e o beijei com voracidade, até ele me corresponder na mesma intensidade. Suas mãos desceram até minha bunda a apertanto deliciosamente. Meus dedos introduziram seus cabelos e eu os segurei puxando com força, fazendo Matthew soltar um gemido abafado. Eu sabia o quão bom estava tudo aquilo, mas sabia também o porque de estar fazendo tudo aquilo. Eu só tinha uma missão: salvar Luna de Benzer e garanto que não seria uma tarefa fácil. Enquanto Matthew beijava meu pescoço, levei a mão até as pernas e puxei a arma do cano da bota. Sem coragem alguma, tentei várias vezes lhe dar uma coronhada, mas quando me lembrei do que Luna estaria passando neste momento, eu sabia que era naquele momento.

- Me perdoe Matt. - sussurro em seu ouvido e ouço o barulho da arma batendo em sua cabeça.

Reprimo um soluço de choro e procuro na mochila que Matthew havia pegado com o comparsa dele a procura de algumas coisas para que eu pudesse me defender de Benzer e seus capangas. Saio dali sem olhar para trás e pronta pra salvar a única pessoa na qual eu amo, Luna.

*****

Estaciono a moto que peguei de Matthew em um local escondido e caminhei lentamente até o local onde, segundo Matt, Benzer poderia estar.  Já próximo ao galpão, vejo os carros dele estacionados juntos e perfeitamente alinhados, algo que jamais imaginaria, confesso. Esqueço tudo e sigo para a entrada, mas paro no meio do caminho e volto para o rumo dos carros, deixando uma pequena supresa para meus queridos amigos.

Sorrio quando finalmente termino de instalar as bombas nos 4 carros ali estacionados e caminho de vez para minha possível morte, se tudo der errado. Enquanto meus passos eram lentos até o grande galpão, eu pensei em Matthew. Em como ele ficaria quando acordasse e percebesse que eu não estava mais lá ao seu lado, e como se fosse instantâneo,  uma grande tristeza invadiu meu peito, por saber que se tudo desse errado, eu jamais voltaria a vê-lo. Paro por um momento e observo a entrada do lugar, seguro o colar, o colocando em volta do pescoço. Quando percebo que não há saída, entro convicta de que tudo daria certo dali pra frente, eu tinha que acreditar.

Assim que adentro o grande galpão, vejo grandes caixas depositadas ali, próximas umas as outras, mas ainda conseguem estar bastantes espalhadas por toda extensão do lugar. Quando viro algumas caixas, chegando um pouco a frente, vejo Luna sentada em uma cadeira, completamente amarrada por cordas. Seus braços estão com alguns arranhões e sangue. Já sua roupa tem alguns pedaços rasgados, mas nada que deixasse seu corpo tão a mostra.  Olhando para minha melhor amiga ali, percebi o que era o amor. É quando precisar, você morrer pela pessoa que você mais ama e não havia ninguém que eu amasse mais nesse mundo do que Luna.

Solto um suspiro caminhando em sua direção, e por mais calma que estivesse, eu andava rapidamente até ela. Os passos eram contados e rápidos. Cada vez que eu dava um passo, meu coração acompanhava o ritmo. Era difícil ter que fazer isso, mas eu não tinha escolha, era o chip nas mãos de Benzer e minha melhor amiga viva ou chip nas mãos de Matt e minha melhor amiga morta. Ela me viu antes que eu pudesse voltar a respirar, mesmo que eu não percebesse que estava prendendo o ar.

- Olha quem chegou Luna, sua amiguinha veio buscar você.  - diz Benzer longe de Luna, porém com um de seus capagas com a arma apontadaem sua cabeça. 

Busquei seu olhar e pensei em todos os momentos que passamos juntas, porque se eu precisasse morrer por ela, eu faria isso.

- Eu estou aqui Benzer, deixe ela ir porque esse assunto é entre eu e você. - falo com a voz firme.

- Por que tanta pressa pequena Mia? Nossa festa está apenas começando. - diz ele caminhando rm minha direção.

Tremo por dentro, mas não deixo que ele perceba. - O que mais você quer além do colar? O que tem nesse maldito chip dentro do colar? - pergunto intrigada.

- Isso não vem ao caso pra você. Agora me dê chip e eu solto sua amiga. Você não tem muito tempo Mia, o tempo corre.

- Tudo bem, mas solte-a primeiro e depois eu entrego seu preciso chip.

- Querida Mia, não é assim que funciona. Me dêa droga do chip agora.

- Desculpe Benzer, mas não confio em você o suficiente pra isso. Solte ela e quando eu te entregar o chip, você deixe que ela vem a mim. É pegar ou largar. Sua única opção.

- Sério Mia? Você é boa na negociação e se não tivesse roubado meu colar com Matthew, eu até deixaria ficar ao meu lado e ser meu braço direito. - diz sorrindo para mim.

- Pena que minha fidelidade não está a venda. Solte ela e pegue a merda do chip.

- Tudo bem. Soltem ela agora.

Vi seus capangas andarem até Luna e desataram as cordas. A fita em sua boca foi arrancada com violência e ela soltou um grito de dor. Quando ela estava totalmente liberta, eles as seguraram em pé e eu pude ter um vislumbre do quão machucada minha amiga estava. Ela foi jogada do chão e Benzer deu um passo a frente.

- Minha parte foi cumprida, agora me entregue o chip e vá embora. - disse estendendo a mão em minha direção.

Fiz o que ele pediu e caminhei lentamente enquanto tirava o chip da entrada atrás do colar. Tirei o pequeno chip de lá e entreguei nas mãos de Benzer. Logo me abaixei pra pegar Luna para sairmos daquele lugar. Caminhei com ela apoiada em mim para fora sem olhar pra trás, mas senti que alguém estava atrás de mim, talvez para garantir que eu saísse dali mesmo, mas quando cheguei do lado de fora, olhei para Luna profundamente. 

- Tente correr ok, preciso que me dê um voto de confiança desta vez. - sussurro pra ela.

Ela assente levemente e tenta correr na difícil situação em que se encontra. Logo ouço passos e olho para trás os vendo correr em nossa direção. Ele se aproximam dos carro e automaticamente eu aperto o botão fazendo com que todos os carros a volta deles explodissem. Luna se abaixou instantaneamente com o som da explosão e naturalmente se assustou. Eu a peguei e coloquei no carro para que pudéssemos sair dali o mais rápido possível. 

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Hello sweets, como estão?
Eu super preço perdão pela gigantesca demora. Não tem perdão, eu sei, mas eu precisei me afastar por motivos extremamente pessoais e sei que estão muito putos. Alguns nem devem estar lendo o livro mais e outros ainda teve ter esperança.  Mas enfim, novamente peço desculpas e espero que tenha curtido o capítulo. 

XOXO,                 
Lorrayne

A Força do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora