IX : Sangue e Mais Sangue

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A moto corria em alta velocidade na estrada, que nos levava para algum lugar desconhecido, já que Matthew parecia não confiar em mim ainda. Enquanto a moto acelerava estrada a frente, olho a paisagem ao redor e concluo que é a paisagem mais bela que já vi.

- No que está pensando? - grita Matthew por cima do vento.

- Nada demais. - grito de volta e aperto meus braços ao redor de seu tronco.

Ele dá uma rápida olhada para trás e muda sua expressão facial. Quando ele se preocupa, uma pequena ruga se forma entre suas sobrancelhas, e devo admitir que era muito fofo. Mas ele não só está preocupado, mas também com a raiva estampada no olhar e foi quando resolvi olhar para trás, garanto que me arrependi.

Os capangas de Benzer estavam dentro de um carro preto que reluzia de longe seu brilho e esplendor. Era um carro extremamente bonito, do qual eu gostaria de ter. Eles sorriram diabolicamente dentro do veículo, e eu verdadeiramente estava assustada com tudo. Os tiros começam a soarem meus ouvidos e eu não sabia o que fazer, mas é claro que Matthew sabia.

- Pega a arma e atira Mia. Agora! - grita desesperado.

Escuto o que ele diz e corro a mão pelo cós da calça procurando a arma que Matt havia me entregado. Puxo o revólver e o destravo apontandona direção do carro. Um tiro soa em meus ouvidos e sei que saiu da arma que eu segurava. Percebi que havia errado o tiro e resolvo fazer uma loucura. Levanto meu corpo e me apoio nos ombros de Matthew para que assim eu consiga girar meu corpo de modo que eu ficasse de frente para os carros atrás de mim. Felizmente, minha manobra louca e radical havia dado certo, mas antes de pensar em comemorar, tiros foram lançados em nossa direção.

Passo a mão pelo corpo de Matthew e encontro o botão de sua calça, imediatamente eu estava com a mão em seu precioso pau, o que devo admitir, que adorava. Continuo passeando minha mão por seu corpo e encontro sua arma, que era melhor que a minha. Puxo ela e a destravo rapidamente para que eu consiga manusear as duas armas em minhas mãos, e consegui. Começo a atirar na direção do carro preto, mas ele sequer é arranhado. Blindado, ótimo. Um dos capangas coloca a cabeça pra fora e atira. Algo doeu em mim profundamente fazendo com que eu feche os olhos instantaneamente. Quando abro os olhos por fim e olho para baixo, uma grande mancha de sangue se forma em minha calça preta. O cheiro do sangue sobe rapidamente e eu ainda não estava crendo que havia sido baleada pela primeira vez.

Fico furiosa, de verdade. Sinto meu olhar pegar fogo quando ergo para encarar os homens de preto dentro do veículo ainda nos perseguindo. Aquele que havia atirado em mim sorri diabolicamemte e eu tenho uma idéia. Travo uma das armas e a coloco entre minhas pernas. Ergo a outra na direção do carro e dou um sorriso de lado atirando em um dos pneus no carro. O mesmo sorriso que um deles me lançou, eu devolvo atirando em outro pneu. Eles me olham assustados e então o carro rodopia na pista várias vezes.

Sinto Matthew acelerar ainda mais a moto e trançando o nosso veículo por entre os carros, mas logo a frente, tudo estava parado. A ponte estava subindo devagar, então eu pensei que tínhamos uma grande chance de conseguir sair dessa vivos.

- Matthew, acelera o máximo que puder. Vamos passar pela ponte. - grito enquanto tento voltar ao meu lugar original.

Ignoro a dor latejante na perna e consigo voltar ao lugar normal rapidamente. Matthew corre ainda mais, chegando a quase 300 Km/h e então não senti mais o chão abaixo da moto. Me arrisco a olhar para baixo, mas tudo que vejo é minha perna extremamente inchada e pegajosa por conta do pouco sangue que ainda saia do ferimento. Assim que o veículo alcançar o chão do outro lado da ponte, Matthew percorre aproximadamente 5 m ainda e para a moto no meio da pista.

Desço da moto e caminho até a grade que ali que impede que alguém caia no mar que está abaixo da ponte. Me debruço sobre a grade e olho o quão grande seria a queda que eu e Matthew levaríamos caso tudo desse errado. Olho para ele que está sorrindo para o céu e caminho até ele, mas quando dou o priemiro passo vou direto para o chão gemendo de dor pelo tiro que levei na perna. Ele olha para mim confuso e caminha lentamente em minha direção. De imediato ele não havia visto o ferimento de bala na perna.

- Você está bem? - pergunta com uma preocupação estranha.

- Estou. Vamos embora, falta pouco pra você se livrar de mim. - comento sorrindo de leve.

- Então vamos. - diz estendendo a mão e me ajudando a levantar, mas foi impossível não gemer de dor quando nossos corpos se chocaram, pois nesse ponto minha perna toda latejava de dor.

- Mia, tem certeza que está tudo bem? - perguntou segurando meus ombros, me obrigando a olhá-lo.

- Sim. Vamos logo. - minto tentando transparecer o ser mais forte do mundo.

Ele se virae começa a caminhar até a moto, enquanto vou atrás dele mancando e com uma dor até suportável na perna. Me concentro em conseguir chegar até a moto, mesmo que seja devagar, mas quando ergo o olhar para Matthew, que está com uma feição de poucos amigos.

- Mia, o que há na sua perna? - pergunta com uma ferocidade na voz.

- Não é nada, apenas uma leve câimbra. - respondo mentindo novamente.

- Não é o que parece. Deixe-me ver o que temos aqui. - diz ele se aproximando e colocando suas grandes mãos em minhas pernas e as apertando até localizar o ponto de minha dor.

Tentei ao máximo não resmungar de dor quando ele apertou o lugar a ferida, mas foi impossível. Ele olhou para mim e então passou a mão ali no vestígio de tiro, olhando pra sua mão logo em seguida. Sangue estava por toda sua mão e eu estava mordendo o lábio afim de segurar qualquer som de dor que saísse de meus lábios.

- Por que não disse que tinha uma maldita bala na sua perna? - pergunta com a voz carregada de raiva.

- Porque isto não é importante droga. Eu quero terminar essa missão, nem que para isso eu tenha que morrer. - respondo com raiva por ter me envolvido nisso tudo.

Matthew fecha os olhos e respira fundo diversas vezes antes de direcionar o olhar para mim.

- Vamos embora. - e é tudo que diz antes de subir na moto e me esperar.

🃏

Hello swetties. Estou muito feliz com muitas coisas que estão acontecendo. Peço perdão pela demora de postagem, mas eu estava meio sem inspiração pra escrever e então eu conheci as músicas da Sia 😂. Estranho eu sei.
Enfim, logo sai mais um capítulo, já que escrevi este e o próximo praticamente juntos. Eles seriam apenas um capítulo, mas estava chegando aproximadamente 2K de palavras e então resolvi dividi-los.

Espero que tenham curtido esse capítulo tanto quanto eu curti escrevendo. Todos na torcida pelo nosso casal Mia e Matthew (na qual ainda não tenho um shipper).

Até o próximo capítulo ❤

XOXO,
Lorrayne

A Força do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora