XIII : Palavras que mudam

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  Estava dirigindo com pressa rumo ao lugar onde estava com Matthew, o que me dez lembrar dele no caminho. Luna estava ao meu lado no carro em completo silêncio. Não sabia o que dizer a ela, então preferi fazer daquele silêncio algo agradável. Alguns minutos depois, parei o carro no estacionamento do hotel, ainda preocupada com Luna e agora também com a reação de Matthew. Não sabia o que dizer a ele e nem como iria reagir, porém, foi preciso reunir toda minha coragem e as balas que tinha no carro, caso ele tentasse contra minha vida ou a de minha amiga.

- Luna, olhe para mim. - peço com cuidado sabendo que ela estava afetada fisicamente e principalmente psicologicamente.

Ela hesitou um pouco antes de levantar a cabeça e finalmente olhar para mim. - Nunca mais me faça passar por isso Mia, me ouviu? Nunca mais. Eu quase morri, você... Por Deus, nós quase morremos por uma merda de chip.

Sorri levemente, ela estava bem. - Eu sei, mas eu não deixaria nada acontecer com você.  Promessa de anos Luna. Eu seria capaz de morrer por você amiga e sabe disso, mas não deixaria que ele fizesse nada com você. Me perdoe por deixá-la se envolver tanto nisso.

- Claro que eu perdoo você cabeça de vento. Tome cuidado na próxima vez. - diz sorrindo levemente e com a voz embargada.

Abraço ela fortemente com saudades daqueles momentos. Confesso que não éramos muito afetivas, e por essa situação recentemente ocorrida, percebi que as vezes era bom dizer eu te amo. Me afasto dela e penso em Benzer, que já deveria ter descoberto o que eu havia feito.

- Luna, vamos entrar. Acho mais seguro lá dentro do que aqui. - sussurro por um breve momento e ela me observa assentindo.

Descemos do carro que eu havia roubado e corremos hotel adentro como se estivéssemos sendo perseguidas por alguém, o que de fato não era mentira. Quando finalmente entramos no quarto onde estava, vi o lugar todo revirado e escuro, com algumas coisas quebradas e pensei ter entrado no lugar errado, mas percebi que não, tendo já percebido a presença dele antes de vê-lo ali no canto fumando um cigarro.

- Ora, ora. Vejam se não é nossa querida ladra Mia com sua amiguinha vagabunda. - diz ele em um tom áspero.

- Matthew… - tento dizer, mas sou interrompida por ele, que logo me apontava uma arma.

- Cala a sua maldita boca Mirella. Você tem um único direito antes de que a mate. Me dê a droga do chip agora.

- Ela o entregou para Benzer em troca da minha vida. Ela fez um favor pra mim…. - fala Luna entrando na minha frente para me proteger.

- VOCÊ O QUÊ? - grita sem nenhum pudor ou preocupação.

- Droga Luna, cale a boca. - sussurro irritada para ela.

Puxo a arma da roupa rapidamente enquanto puxo Luna para trás de mim e sinto o cano de sua pistola bem apontada para minha cabeça.

- Sabe muito bem que se puxar esse gatilho, jamais saberá onde está o chip. - apelo com firmeza, mas com certo medo em meu coração.

- Agora eu sei onde está. Nas miseráveis mãos de Benzer sua vadia. - fala com ódio.

- Tem certeza? - pergunto puxando o chip do buraco que havia feito em meu sutiã e segurando entre o indicador e o dedão mostrando para ele.

Logo, ele fica ali parado por  um longo tempo observando o chip antes de abaixar a arma que até então, estava firmamente apontada em minha direção. Ele encara a mim, a Luna e ao chip rapidamente olhando se estava vendo realmente o chip.

- Como..? - questiona ele ficando sem palavras.

- Eu não sou essa pessoa estúpida que acha. Sou esperta o suficiente pra não entregar isso pra ele. Você me subestima demais Matthew.  - falo meio chateada, mas tento não deixar transparecer.

Puxo Luna dali e a coloco no quarto para ela descansar um pouco, já que ela não pediu e nem mereceu passar por tudo aquilo. Quando saio, ela está em um sono extremamente profundo e eu volto para a sala para enfrentá-lo.

Já na sala, olho a redor procurando por ele, mas não o encontro e deixo meu corpo desabar no sofá, exausto por todos os últimos acontecimentos. Fecho os olhos por um breve momento para tentar descansar, mas o que era pra ser apenas um cochilo, se transformou em um sono profundo e nada tranquilo.

Ao amanhecer, não acordo mais como antes, e sim com uma mão viajando em meu corpo, e até mesmo de longe, saberiaa quem pertence aquela mão. A mão de Matthew viaja por todo o meu corpo e sinto beijos em pescoço, boca, rosto, e foi descendo por todo o meu corpo, até chegar até o ponto que ele queria.

- Essa é uma forma muito vulgar de se acordar uma mulher. O que você quer? - pergunto de olhos ainda fechados.

- Me dê o chip. Tenho pouco tempo para entregá-lo e preciso dele. - diz beijando minha barriga e abrindo minha calça.

- Desculpe gato, não vai rolar. Preciso deixar Luna com Brad e depois nós vamos entregar esse chip juntos.

- Quem é Brad?

- Um cara do bar com quem eu fico. Ele é bom no que faz. -  falo provocando.

[OUÇAM A MÚSICA DA MÍDIA AGORA]

- Mesmo? Vou mostrar o quão bom eu sou. - disse me puxando para ele e me beijando intensamente, com um certo cuidado e carinho. Levo minhas mãos ao seu cabelo e puxo um pouco, ouvindo um gemido sexy vindo dele. Matthew me pega no colo e caminha até o quarto desocupado e me coloca na cama com cuidado. Por cima de mim, ele passa a mão por toda extensão do meu corpo e aperta minha bunda, me levando a um grau de excitação inexplicável. Ele retira minha blusa e abaixa para beijar meu pescoço e dar leves sugadas nele, nada que deixasse marcas. Sua boca desceu para meu seios, que pediam para estar em sua boca. Ele rapidamente se livrou do sutiã e ficamos nos olhando de uma forma amorosa e totalmente sensual.

Quando eu menos esperava, algo doeu em mim. Eu estava totalmente presa nele, e ele em mim. Nós éramos uma pessoa só naquele e em todos os momentos. Éramos como dois imãs que dependiam um do outro para se mover. Nós éramos a luz e a escuridão, o ying e o yang, o sol e a lua, a vida e a morte. Eu não acreditava em amor, era algo claro, mas ouvir ele dizer, era como ter morrido mil mortes.

- Mia, eu amo você!

A Força do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora