Decisão Difícil

107 13 0
                                    

   

Tentei levantar, o meu corpo todo doía e estava sujo tanto de lama quanto de sangue, aquele barranco era grande e escutei a fera se aproximar feroz para cima de mim, procurei por algo de maneira desesperada para matar o animal, tudo que achei foi um galho grande, tentei quebrar o galho, demorei alguns segundos para conseguir. O quebrei e ficou de uma maneira parecida com uma estaca de madeira.
   O animal desceu barranco abaixo e veio para cima de mim, tentei enfiar a estaca nele, mas ela foi lançada um pouco longe quando cai no chão, ele tentava abocanhar minhas pernas a todo o momento, e eu sentia meu corpo todo estremecendo, além do pânico ter dominado até mesmo a minha alma. Aquele animal tinha olhos brilhantes porém desalmados. Quando finalmente consegui pegar a estaca a enfiei no pescoço dele, um jorro enorme de sangue voou sobre mim, meu rosto ficou completamente sujo com aquele sangue todo, fui para o rio, precisava me limpar a qualquer custo.

   Fui cambaleando até lá, sentia uma dor fervorosa me dominando, me fazendo sentir uma fraqueza incontrolável, tinha que sair dali, era crucial para minha sobrevivência, busquei pelo celular e tentei ligar para alguém em busca de socorro, o sinal não estava bom, não consegui ligar, minhas mãos estavam trêmulas e minha vista embaçada, caminhei em busca de uma estrada, estava cada vez mais difícil, quando finalmente consegui chegar perto da estrada consegui ligar para André, ele não atendeu então voltei a andar em busca de ajuda.
   Quando estava anoitecendo finalmente consegui ajuda, um caminhão me deu carona e fui até a minha cidade, ao chegar lá desci perto do meu bairro, ao me aproximar mais do meu bairro encostei no poste. Victória veio atrás de mim, ela estava ali por perto e me viu ali.

   — Manuel o que aconteceu?
   — Eu matei uma pessoa — disse ainda tremendo
   — O que? Como assim?
   — Eu matei um lobisomem hoje, ele me atacou, por isso estou todo sujo
   — Eu vou ajudar você! — disse me levando com ela até a casa dela — Estava a procura do meu primo, ele sumiu, mas cheguei quase agora

   Andamos juntos até a casa dela. Victória me ajudou a sentar no sofá da sala, ela começou a usar sua magia para me curar em algumas coisas simples

   — Infelizmente só poderei curar algumas coisas, quanto mais complicada a ferida e mais profunda mais posso ser afetada pelo gasto de magia — disse passando as mãos sobre minha perna, senti um enformigamento na perna toda
   — Tudo bem! Ao menos da para mentir para meus pais com os poucos machucados que vão restar — a encarei sério
   — Olha não se preocupe com isso, eu posso e vou tentar

   Victoria foi curando os meus machucados provocados pela confusão que causei

   — Seu nariz está sangrando — encarei-a assustado
   — Tudo bem, vai ficar tudo bem — disse limpando o sangue que escorreu no seu nariz
   — Espero que sim — a encarei novamente, Victória me ajudou a levantar, fui ao banheiro

   Me limpei, mesmo assim minhas roupas ficaram um pouco sujas, dei um jeito nisso, ao chegar em casa dei um jeito de esconder a roupa até que conseguisse dar um jeito nisso.........

P.V.O.Narrador

   Mauro acordou lentamente, sua cabeça estava zonza, ele tentou mexer-se, no entanto sentiu seu corpo pesar, parecia estar pesando toneladas, todo e qualquer movimento era uma verdadeira luta para acontecer

   — Preocupado Mauro? — disse a voz desconhecida e distorcida
   — Você estará assim que eu fugir daqui seu desgraçado — bradou Mauro com as poucas forças que tinha ainda
   — Não se preocupe Mauro, você será importante para uma descoberta que farei sobre os vampiros! — disse e enfiou uma estaca no estômago de Mauro que cuspiu sangue por conta da dor

   O homem pegou todo o sangue que saiu da região, Mauro sentia a desidratação tomar conta dele, sua boca estava seca e ele encarou o seu torturador

   — Impossível! Você nos encontrou! Não! — bradou Mauro vendo tudo começar a escurecer
   — Mauro vocês nunca conseguiram se esconder de mim não seria agora que o fariam — disse a voz que chegou no ouvido de Mauro como se fosse de um robô e chegou lentamente

   Mauro não conseguiu ficar muito tempo acordado, seus olhos pesaram e se fecharam lentamente até que ficou completamente fechados e ele nada mais viu. . .

   Victória começou a procurar por alguns objetos que pertenceram a Mauro dentro de sua casa e depois de muito procurar finalmente encontrou um livro antigo
  
   — Ainda continua procurando meu irmão? Será que não cansa não priminha gostosa? — disse enquanto jogou-se no sofá e ligou a TV
   — Não cansei não! Cansei de você! — disse se aproximando dele — E essa casa é minha — quebrou o pescoço dele vendo-o cair de lado e cair toda a tigela de pipoca no sofá — Finalmente paz para fazer a minha busca sossegada

   Victoria voltou a sua busca, se concentrou no livro de Mauro, ela demorou para sentir a energia dele, Victória animou-se ao conseguir sentir ele, viu pouquíssimo sobre o local onde ele estava, mas já era o suficiente para começar as buscas por ele.......

P.V.O. Manuel

   Antes de se quer chegar a porta de meu quarto ouço alguém chamar minha atenção

   — Psiu! Manuel! — era minha irmã, virei lentamente em direção a ela
   — Nossa que roupas sujas são essas? Mamãe vai te enforcar — riu maleficamente
   — Quanto você quer para não abrir a boca?
   — Nossa como você pode pensar isso de mim
   — Para de fingimentos — peguei uma nota de 50 dólares e entreguei a ela
   — Me convenceu, não sei de nada e não vi nada — disse fazendo sinal na boca como se tivesse um zíper ali
   — Espero que sim

   Katherine riu e saiu dali, embora as vezes ela fosse uma irmã chata eu ainda conseguia continuar de bem com ela, precisava dar um jeito nisso, minha mãe havia saído, e meu pai foi na cidade do meu tio para conversar com ele sobre os planos do lançamento do livro dele, era uma boa oportunidade de dar um jeito nisso. Mas deixei para lá quando Helena me ligou, queria falar comigo, combinamos dela vir me ver aqui na minha casa, ela demorou para chegar, fiquei ansioso para saber o que ela queria e isso se misturou com as dores que ainda sentia pelo corpo.
   Minha ansiedade aumentou mais quando ouvi Helena batendo na porta de minha casa, abri ela e Helena entrou, ela estava aflita

   — Manuel eu tô precisando falar com você agora
   — O que foi? Parece tão nervosa e tensa — a abracei
   — O que vou dizer é muito importante e peço sua compreensão para mim por que não é fácil — disse séria e me encarando...................







O que será que Helena irá contar? E Mauro como conseguirá sair de onde está preso? Saiba as perguntas dessas respostas nos próximos capítulos que prometo que serão banhados em sangue e sexo..... Desejo uma excelente tarde a vocês meus amigos leitores





Livro I: A Vizinha MisteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora