Desejo Oculto

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Assim que a porta terminou de ser aberta vimos quem era, um homem alto de cabelos escuros e com roupa escura entrou com uma estaca enorme de madeira nas mãos, veio em direção a Victória que o lançou longe usando sua magia, e lançou a faca em direção a ele, a faca quase o acertou, faltaram poucos centímetros, o homem levantou-se e veio em nossa direção, rapidamente procurei por algum lugar para me esconder. Victória saiu dali correndo, o homem queria matar ela a todo custo, escutei as coisas caindo no chão por onde ele passava, ele me encontrou escondido perto do quarto de Victória, nem sei como o achei nessa correria toda.

   Puxou-me pelo braço, quando estava quase conseguindo me levar com ele o empurrei e dei-lhe um forte chute nas pernas, derrubando-o logo em seguida, ele conseguiu pegar nas canelas e cai de frente para a escada, me arrastei desesperado pelo chão na tentativa de escapar

   — Venha cá! Sua morte será rápida seu demônio! — disse o homem me puxando para mais perto de si
   — Você está se confundindo, eu não sou um vampiro — dei-lhe mais um chute, ele desviou e puxou mais a minha perna

   Victória subiu as escadas velozmente e partiu para cima do homem, levantei e fui ajudar ela, o homem a derrubou no chão colocando a estaca de madeira perto de seu coração, dava para ver como estava sendo difícil para ela continuar, Victória o lançou contra o teto, ele caiu ferido no chão e ficou desacordado ali, rapidamente descemos as escadas, a porta estava aberta e precisávamos fechar ela, quando cheguei perto da porta já havia outro homem ali, no momento que iria fechar a porta em sua cara o homem caiu de lado no chão

   — E ainda dizem que essa vizinhança é tranquila! — disse Mauro com o coração do homem em suas mãos, o sangue escorria pelo coração e caiu no chão, Mauro o jogou no chão pouco depois
   — Nunca pensei que iria dizer isso, mas ainda bem que chegou — disse Victória chegando perto da porta
   — Não sei como nos localizaram, irei degolar todos que se quer chegar perto dessa casa — entrou, ele estava com um sorriso sarcástico no rosto
  
   O homem que Victória derrubou levantou-se e desceu as escadas velozmente, atirou contra Mauro, eram balas de madeira.

   — Desgraçado — disse tentando tirar as balas de dentro do ferimento que estás causaram

   Victoria e eu corremos para um dos cômodos ao lado da sala, era a biblioteca, assim que o homem ficou de costas para nós se preparando para torturar Mauro, ela saiu correndo e quebrou o pescoço dele.

   — Acho que isso vai dar trabalho! — disse Victória indo em direção a Mauro

   A todo o momento senti um pânico enorme tomar conta de mim, não somente isso, uma adrenalina fortíssima tomou conta de todo o meu corpo, tentei me acalmar, Victória pegou o corpo do homem que quebrou o pescoço e o levou para os fundos, Mauro fez o mesmo com o outro. Os segui até o quintal

   — A culpa é sua Manuel! — Mauro estava revoltado
   — Minha? O que eu fiz? — o olhei assustado
   — Você atraiu esses caçadores até nós, eles o pegaram e descobriram sobre nós — disse enfurecido
   — Não foi culpa dele! A culpa foi sua de ter feito aquela confusão toda no Brasil e nos Estados Unidos, aquele banho de sangue maldito — disse Victória virando-se para ele tomada pela raiva
   — Podemos resolver tudo isso como seres civilizados? — lancei a pergunta interferindo a briga deles
   — Vamos dar um jeito nesses corpos, não podemos enterrar eles aqui — disse Victória receosa
   — E dou um jeito neles — disse Mauro encarando Victória e indo em direção a casa novamente
   — Pensei que você iria morrer hoje — disse em tom sério para ela
   — Manuel sempre corro esses riscos — riu levemente
   — Acho melhor eu já ir pra casa — nesse momento senti algo fisgando minha barriga, não tinha visto, mas na confusão toda fui atingido na barriga, na verdade foi uma bala de madeira que passou de raspão

   Victória me encarou seria e me levou para dentro de sua casa

   — Deixa que eu resolva isso — foi em direção ao quartinho que havia ali, veio com uma pequena bolsa e a colocou em cima da pia
   — Victória não precisa esquentar a cabeça com isso — a encarei sério
   — Claro que preciso — disse me encarando — Você vai ter que tirar essa camisa!
   — Ninguém nunca pediu isso — ri da situação, mas logo tirei-a, Victória pegou um pequeno frasco com um líquido de cor azul, pegou um algodão e o molhou com esse liquido, passou a mão vagarosamente na minha barriga e me olhou intensamente, foi a primeira vez que ela me encarou daquele jeito, seu toque despertou em mim um forte arrepio, suas mãos frias e delicadas novamente tocaram em minha barriga, ela tentou retirar o pequeno pedaço de madeira que houvera me atingido.

   Doeu um pouco, Victória riu dos pequenos gritos que dei, ao terminar tudo nos encaramos novamente, eu estava sentado no balcão, ficamos próximo um do outro, um forte desejo me dominou no momento, a puxei para perto de mim e nos beijamos, ela não parou o beijo, puxou-me para mais perto de si

   — Acho melhor eu ir para a minha casa — disse tentando entender o que acabei de fazer
   — Não se esqueça da sua camisa — disse jogando minha camisa para mim
   — Não vou! — novamente não resisti e a puxei para perto de mim, nos beijamos novamente enquanto ela envolveu seus braços e meu pescoço, a encarei entorpecido pelo beijo que trocamos
   — Tem certeza de que quer isso mesmo Manuel? — me olhou séria de cima a baixo
   — Isso o que? Um relacionamento oculto e proibido? Victória eu tenho sentido muita atração por você — disse a beijando novamente — Esse medo de você se mesclou com tesão e eu não sei mais conter isso — a beijei novamente
  
   Fomos interrompidos por Mauro que nos encarou com certa raiva, vesti minha camisa e voltei para a minha casa, Victória me encarou pouco depois e trocamos olhares de cumplicidade, sai lentamente dali. Aqueles beijos me fizeram chegar ao ápice da ereção, Victória tinha mãos mais finas e leves do que Helena, uma confusão começou em minha cabeça, estava namorando com Helena e acabei por trair ela com minha vizinha, esses amassos que trocamos me fez olhar Victória com outros olhos

   Victoria havia usado magia para curar o meu ferimento e notei quando fui colocar a camisa, conseguia lembrar ainda da sensação do toque que ela me deu. Sinto que logo irei me entregar por completo ao prazer com minha vizinha vampira, e sem dúvida irei me arrepender disso. . . . . .

Oi pessoal esse capítulo saiu pequeno, mas desejo a todos que tenham uma ótima leitura e desde já dou os meus agradecimentos por lerem minha história, boa noite a todos vocês e que tenham um ótimo sábado

Livro I: A Vizinha MisteriosaOnde histórias criam vida. Descubra agora