I》Peripécias

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-Maria! - gritaram por mim, saltara da cadeira e correra em direção à porta.

-Que aconteceu?- disse entrando no gabinete da minha chefe.

- Não consigo encontrar a minha caneta da sorte! - falou eufórica.

-Estás a gozar, certo?

- Não, eu preciso dela, eu preciso de tomar uma decisão importantíssima!

-Calma, procura melhor.

- Maria, querida... eu não consigo ter calma, vais deixar de ser minha assistente, já não me vais puder ajudar nas minhas decisões, por isso, necessito imediatamente da caneta! - fui apanhada de surpresa e os meus ouvidos não captaram a última parte.

- Como assim? - falei sem entender - Vou ser despedida?

- Não, não. Agora não podemos falar sobre isso, há assuntos mais importantes, mas não te preocupes não vais ser despedida, nem despromovida.

  Respirei fundo e tentei não entrar em pânico ao pensar no assunto. Comecei a olhar em volta e fixei o olhar atrás do computador.

- Encontrei a tua caneta.- peguei nela e entreguei-lhe - desde quando é que falas à frente da secretária com os teus clientes? - os olhos dela arregalaram-se e ficou espantada depois de ter-me abraçado e agradecido por ter encontrado a caneta.

- Eles não são clientes, são advogados.

-Deixa-te de formalidades, quem é o sortudo?

-Maria! - levantou a voz.

-Desculpe Senhora vou voltar ao meu trabalho.

- Sim faz te de inocente faz. - acenou-me enquanto saia do gabinete.

   Há 5 anos que trabalhava para a empresa. Nos primeiros 6 meses trabalhara como empregada de limpeza, até surgir uma vaga como rececionista. Ocupara esse cargo durante um ano e meio e foi aí que conheci a Juliana, que contratou-me, mais tarde,  para ser a sua assistente.

Passaram 3 anos desde então e agora ela diz-me que vou deixar de trabalhar para ela?
Porquê?
O que é que aconteceu?
O que vou fazer?!

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