Relações ♥🖤🤍

VII》No Carro

A meio da manhã, na minha pausa decidi passar pelo gabinete da Juliana. Como já não trabalhávamos juntas ultimamente mal temo-nos
visto. Desta vez esperei que a nova assistente a informa-se que estava ali para falar com ela e só depois disso tive a oportunidade de entrar.

- Bom dia Li. - disse assim que entrei.

- Olá ! Como é trabalhar com o dono disto tudo?

- Normal, e ele é só a cara da empresa.

- Só? Se ele não fizesse o que faz esta empresa não funcionava.

Ela tem razão.

- Como queiras.- respondi.

-A desprezar o trabalho dele?

-Eu não tenho muito tempo, não vamos desperdiçar-lo a falar sobre ele... - fuji ao tema.

-O que te trouxe aqui?

-Quando é que vamos ver da casa?

-Eu não posso, mas tu se quiseres podes ir hoje.

-Como? Não sei onde é.

- Confias em mim?

- Sim... - disse tentando compreender o que ela queria dizer com aquilo.

-Fica atenta ao telemóvel quando acabares o teu dever aqui na empresa hoje.

- Que estas a tramar?

- Nada.

Respiro fundo para manter a calma. Aquelas respostas ditas com tranquilidade por vezes irritavam-me. Não valia a pena confrontar a Juliana, ela não me diria nada e o melhor era não me importar com o assunto e me deixar surpreender.

É isso que ela quer, surpreender-me.

O meu tempo de descanso já estava a terminar. Algumas palavras ainda foram trocadas, mas depois voltei para o meu posto.

15:53 Mensagem recebida.

Abri a mensagem e dizia: O motorista está a tua espera na garagem da empresa. Espero que gostes da casa e não te esqueças de levar a chave! Beijos, adoro-te Mary.

Onde é que me fui meter?

Esperei uns minutos para sair, fui até à garagem e um homem de fato e gravata aproximou-se de mim.

- Olá boa tarde, sou o Carlos Emanuel.

- O motorista? - perguntei desconfiada.

-Sim, sou eu. Temos que esperar por mais uma pessoa, mas podemos ir andando para o carro.

-Outra pessoa?

-Sim, eu ainda não tenho as indicações para deixar a menina em sua casa.

Abriu-me a porta do carro, entrei e fechou-a.

Outra pessoa? A Juliana não bate bem.

Ouvi umas vozes, senti a minha pele arrepiar-se. Segundos depois o motorista abriu a porta do condutor e sentou-se.

-Já tem o endereço?- tentei perceber o que se passava, mas a porta do outro lado do banco onde me sentava abriu-se. - Que estás aqui a fazer?