Flor da Índia

Culpa minha

Olá meu povo que come pão com ovo.

Como vão vocês??

Aqui tá tudo ótimo.

E ai, ficaram muito surpresas? kkkkkkkkkkkk

Algumas me disseram que já sabiam... outras que não faziam ideia.

Bom, sem mais delongas.......

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O sol da manhã me acalentava levemente enquanto penetrava o quarto através das cortinas, que dançavam vagarosamente com a brisa da primeira temporada realmente fria que chegava a Londres.

Sorri com a sensação e corri as mãos pelos lençóis macios levemente ondulados por minha agitação durante o sono.

E notei o que nos últimos meses estava se tornando frequente: Eu estava sozinha.

Abri os olhos e uma dúzia de cachos tamparam minha visão momentaneamente, afastei os cabelos do rosto e percebi que mais uma vez, meu marido não estava presente.

Suspirei enquanto tocava a sineta.

Para qualquer um que olhasse de longe, meu casamento era perfeito, dois jovens bonitos e ricos, casados e abençoados com uma linda filha recém-nascida, com toda uma vida pela frente para desfrutarem do amor um pelo outro e por seu pequeno rebento.

Mas a realidade entre quatro paredes era outro.

Meu marido era um homem muito exigente, e como nosso primeiro bebê é uma menina, ele havia ficado muito irritado, pois antes mesmo de herdar o título de Duque, ele queria ter seu próprio herdeiro.

-Milady? – Ouvi uma voz baixinha.

Me virei em direção a Bianca, ela era uma mulher velha, com aparência frágil que constantemente era subestimada por parecer estupida, mas na verdade era esperta e ágil, e conseguia informações melhor do que qualquer espião em toda Londres, ela era meu pequeno segredo.

- Onde está o Lorde Allen? – Perguntei enquanto vestia meu roupão de seda.

- O Lorde não veio para casa ontem, Milady – Murmurou.

Mordi os lábios, nervosa.

Ele estava ficando cada dia mais longe de casa, havia semana que ele sequer aparecia.

- Entendo – Falei baixo – Elisabeth já acordou?

- Sim, senhora, ela está com a ama.

Pedi que ela me vestisse e assim o fez, colocou-me em um vestido pesado de cetim azul que combinava perfeitamente com meu chapim, meu marido amava azul, ele dizia constantemente que essa cor me deixava como as ninfas dos antigos pintores, bem...ou costumava dizer, quando eu ainda era inocente e donzela.

Olhei meu reflexo no espelho.

Não estava mal, meu cabelo estava muito bem preso em um coque firme com uma rede de pérolas, então ele não ficaria ondulado, meu vestido era de um azul escuro, que deixava minha aparência adulta, como a mulher que eu deveria ser, minha face estava corada e meus lábios rosados, e mesmo usando apenas joias simples, eu sabia que era irresistível para a maioria dos homens, então por que meu próprio marido não ficava em casa tempo o suficiente para desfrutar de meus dotes de esposa?