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1 semana se passa...

Ammie Narrando:

Depois de uma semana estou me acostumando com a faculdade, o Fernando sempre bem aqui é sempre conversamos, já é o intervalo e estou saindo da sala quando o vejo de boné baixo parado no corredor, logo o reconheci pelas tatuagens, me aproximei.

-Oi?.- disse tentando analisar seu rosto debaixo do boné.
Fernando: Sabe como resolver isso?.- disse me mostrando seu corte perto do olho onde estava totalmente inchado, olhei surpresa para aquilo e o puxei para dentro da sala onde todos já tinham ido comer.

Fernando Narrando:

Na manhã de hoje o filho da puta de Ph invadiu minha favela, a gente matou um deles como eles mataram uns mlks da gente, mas no final eu me bati com ele e logo fomos para cima um de outro, tentei matá-lo mas ele conseguiu correr, os mlks pegaram ele e agora ele está lá na favela em um esconderijo onde só vai inimigo. Ph feriu meu rosto e a favela não tem médico, fui logo para a patricinha porque ela deve saber o que fazer, não quero ir em hospital, isso não me trás boas lembranças.

Ammie: O que aconteceu? Você precisa ir ao hospital agora, eu não posso fechar isso.- disse limpando o ferimento com o que ela tinha na bolsa.
-Se eu vim até tu por que iria para um hospital?.
Ammie: Eu não sou médica, Fernando.- falou seria e eu respirei fundo.
-Desculpa se vim no lugar errado.- tirei sua mão do meu rosto e coloquei meu aba reta.- Vou procurar alguém que me ajude.

Ammie Narrando:

Eu não sou médica para fechar isso, mas algo me dizia que ele precisava de ajuda e não tinha para onde ir.

-Fernando.- disse enquanto ele estava passando pela porta, mas ao falar seu nome ele olhou para trás parando de andar.- Eu vou te ajudar.

Arrumei minhas coisas e ele olhou sem entender, logo me aproximei.

-Eu sei quem pode te ajudar.- disse sorrindo e puxei ele até a rua.
Fernando: Vim de carro, tu sabe dirigir?.- me olhou.
-Mais ou menos, mas vamos logo.

Fernando Narrando:

Essa menina quase bateu no meu carro, eu fiquei estressado logo mas me contive, sei que preciso fazer com que ela se aproxime e não se afaste. Ela chegou em uma casa de alto luxo e saiu do carro ligando para alguém, sai do carro analisando a casa que era de 2 andares, um sonho, pena que na favela não posso ter uma dessa.

Ammie: Fica aqui, vou falar com o Henrique, ele é um ótimo médico aqui, sei que pode te ajudar.- disse entrando na casa.
-Ammie.- falei em um tom alto e ela virou para trás me olhando.- Deixa, vou no hospital.- entrei no carro e ela voltou.
Ammie: Você disse que não iria.- entrou no carro me olhando seria.
-Eu vou dirigir, vou te deixar na faculdade e vou no hospital, amanhã eu ligo para você e marcamos algo, tem um lugar que eu quero te levar e espero que você goste.- falei saindo do carro.
Ammie: Essa hora a faculdade já acabou, me deixa em casa.

Na casa da loira, na casa do delegado, na casa do meu inimigo.

-Ok, sai e me dá esse volante antes que tu bata nesse carro.- ela riu e fez o que pedi.

Ammie Narrando:

Fernando me deixou em casa e logo vi o carro de polícia do meu pai e vi ele fora conversando com outro policial.

-Obrigada.- olhei para ele e ele sorriu, logo sai do carro e o meu pai me encarou sério.

Entrei em casa e não demorou muito para meu pai vim atras de mim, proteção de pai chega a sufocar.

Jonas: De quem era esse carro, Ami?.- disse entrando sério com um tom de raiva, olhei para ele.
-Meu amigo, calma pai, eu tô bem.- subi para o meu quarto correndo antes que ele perguntasse algo a mais.

Fernando Narrando:

Voltei para a favela e encontrei o Danilo.

Danilo: Amanhã vai ser o que?.- disse entregando a mercadoria que chegou a pouco tempo.
-Baile e vai vim gente nova aqui, não assusta ela e diz pros mlks que não quero ninguém encostando nela.- ele riu.
Danilo: Tá apaixonado?.- olhei sério para ele.
-Não, isso faz parte de uma vinganca.- falei em um tom de raiva e sai.

Apaixonado? Pela filha do meu maior inimigo? Não mesmo.

De volta ao Brasil.Onde histórias criam vida. Descubra agora