De volta ao Brasil.

14

Fernando Narrando:

Acordei no outro dia e não vi nada de barulho da Ammie acordando, decidi subir e ver como ela está. Estou subindo as escadas quando escuto um barulho no quarto, acho que acordou.

-Ammie, você já acordou?.- perguntei olhando para a cama que estava vazia, então fui ao banheiro e vi ela com os giletes cortando os pulsos mais uma vez.- AMMIE.- ela me olhou e jogou o gilete no chão.

Tirei ela do banheiro e a coloquei na cama, peguei alguns algodões e limpei todo o sangue que escorria do seu pulso.

-Você tá tentando se matar?.- a olhei sério e voltei a limpar, ela sorriu.
Ammie: Não seria uma má ideia.- voltei meu olhar para ela e ela estava rindo.
-Chega Ammie, você vai parar com isso.
Ammie: E se eu não parar?.- sorriu, logo sai de perto.
- não é uma brincadeira.- disse jogando os algodões no lixo.

Ammie Narrando:

-Me deixa em casa.
Fernando: Preciso tomar um banho, você também, tá com cheiro de cigarro.- revirei os olhos ainda sentada na cama.

Fernando tomou o seu banho e logo depois fui eu, coloquei uma blusa dele e continuei com a calça de ontem, peguei uma havaiana que ele tinha sobrando.

-Preciso passar no Denis para pegar minhas coisas.- disse descendo as escadas para poder ir ao carro.
Fernando: O que?.
-Você escutou.- entrei no carro e ele entrou logo depois.

Ensinei o caminho do apartamento do Denis para ele, o porteiro já me conhecia então subi com o Fernando.

-Espera aqui.- falei em frente à sua porta e logo bati.

Denis abriu e estava sem camisa, com sua calça quase caindo e uma marca de batom na testa.

Denis: Veio buscar?.- disse sorrindo.
-Denis me desculpa.- insisti para que ele me perdoasse.

Não gosto de ficar brigada com ninguém, Denis era alguém importante, ele me ajudou e eu não deveria ter feito isso nesse momento de sua vida, me sinto mal depois disso.

Denis: Ammie estou ocupado transando com a 5 menina hoje, por favor, pega suas coisas e some.- deu passagem para entrar e eu o olhei.

Entrei bufando de raiva, subi até seu quarto e vi uma menina deitada em sua cama com as cobertas tapando todo seu corpo, olhei para ela, peguei minhas coisas e desci.

Denis: Obrigada por ser o pior erro da minha vida.- disse me empurrando para fora com minha bolsa e fechando a porta na minha cara, o Fernando me segurou.
Fernando: Filho da puta.- disse em um tom de raiva e ia bater na  porta do Denis de novo, mas segurei sua mão, ele me olhou e eu balancei a cabeça negativamente.

Puxei ele para que saísse de lá, logo fomos ao carro e ele me deixou em casa. Assim que chegamos lá meu pai estava na porta de sua casa no carro de polícia.

-Lá vem bomba.- ele parou um pouco longe.- Obrigada.- olhei para ele.
Fernando: Te ligo mais tarde.- sorriu e sai do carro.

Assim que sai e o meu pai me viu ele me esperou me aproximar de braços cruzados, assim que me aproximei ele abriu essa boca para me dar lição de moral.

Jonas: Essa é a vida que você quer? sai, volta em alguns dias, dorme por aí na casa de não sei quem e vem em carro diferente para casa, tô criando um puta?.- disse enquanto entrava e ele veio atrás de mim.
-Puta?.- olhei para trás.
Jonas: Não foi para isso que te criei.

Ele me chamou de puta, meu próprio pai me chamou de puta.

-Não vou ficar aqui.- subi as escadas e ele ainda veio atrás de mim.
Jonas: Se você sair da porra dessa casa você não entra mais.

Estava arrumando minhas coisas quando ele disse isso na frente da porta do meu quarto, olhei seriamente para ele que estava com uma cara de raiva.

-Ótimo, não preciso de você.- falei sem pensar e ele saiu resmungando quebrei sou uma péssima filha e que não queria mais eu aqui.

Terminei de arrumar minhas coisas e mandei uma mensagem para o Fernando.

"Vem me buscar, agora, não demora."