#12 - Copacabana

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A primeira torre ficou torta, mas Helena continuou. Foi colocando uma sobre a outra, erguendo muros e colocando bandeiras. Fez um fosso com jacarés e uma ponte sobre ele. Com o indicador fez buracos que eram as janelas e portas. Fincou a bandeira no topo e admirou.
Seu reino de areia estava magnífico, imponente. As torres mais altas eram banhadas pela luz da manhã e recebiam a sinfonia do oceano azul.
A grande sacerdotisa a chamou para que pudesse protegê-la mais uma vez. Passou em suas bochechas uma pasta branca e grudenta que cheirava bem. Correu de volta para seu reino de rocha moída. Sentia a eminência de uma guerra, a eminência do ataque de um antigo inimigo.
Escutou o som do bater das asas cada vez mais alto. Ela conhecia o som. Drogo, o dragão, seu grande e maior inimigo. Muitas vezes foi derrotada por aquele monstro, ele era forte e ágil, mas se sentia preparada para essa grande batalha. A destruição dos seus antigos castelos a ensinaram, havia aprendido a estratégia do inimigo. Estrava pronta para proteger seu reino. Fincou seu pé na terra e fez sua cara mais feroz.
Com um golpe certeiro, Drogo cortou o ar e derrubou a torre mais alta. Um sorriso malvado surgia em meio a seus dentes afiados. Era a hora de contra-atacar. Pegou a espada no chão a empunhou. Acertou em cheio a asa do dragão que veio ao chão, o impacto foi tão forte que levou parte de seu muro lateral. Um desastre!
– Eu vou destruir você! – Drogo gritou se levantando.
Helena correu em direção a seu inimigo. Os dois ganharam velocidade e se chocaram. A colisão foi dolorosa. Helena e Drogo rolaram. Seria uma luta sangrenta, baixas ocorreriam se alguém não intervisse.

– Já chega – disse a mãe separando os irmãos – Helena e Daniel, já disse para pararem de brigar.
– Mas ela me bateu com um pau! – Daniel mostrava o braço que recebera o golpe da espada de Helena.
– Ele destruiu meu castelo! – ela retrucou.
A mãe sorriu, puxou Helena e Daniel para perto, deu um beijo na testa de Helena e um no braço de Daniel.
– Me escutem, estão vendo o monstro saindo da água? – apontou para o pai dentro d'água – Vocês precisam unir forças e acabar com ele, ele é o verdadeiro perigo para o castelo dos dois.
Helena e Daniel se entreolharam num acordo silencioso. Helena empunhou sua espada mais uma vez, mas essa lhe foi tirada. Correram em direção ao monstro, mas ele era forte demais capturou um em cada braço.

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