- Por que sua bunda é tão grande? - um garoto me perguntou, realmente, apenas doze anos e essa bunda enorme.
- Por que você é feio? São os mistérios da vida. - disse e me sentei.
- Tão gora que quase quebrou a cadeira. - ele disse rindo.
Eu odiava ir a essas festas cheias de garotos, mas meu pai sempre me obrigava, os garotos sempre me diziam o quanto eu era gorda, e as meninas me olhavam estranho por que não eram acostumadas a me ver de vestido, mas meu pai me obrigada, e Morgana sempre comprava roupas brochantes cor de rosa.
Comi o máximo de doce que aguentei aquela tarde, depous fui ao banheiro, usando aquele vestido florido rosa que deixava minha bunda ridiculamente maior, meus cabelos em tranças com fitas, eu me sentia redonda, o cheip me fez mal, entrei mo banheiro e coloquei os dedos na garganta até botar para fora o maximo de comida que pude, em seguida me olhei no espelho. "Vou ficar linda" pensei.****
Aparentemente minha colega de quarto é uma emo suicida que uma hora ou outra vai me trazer problemas, ou seja, vou ter que fazer a idiota não ser tão idiota, neste momento estou vendo um filme idiota na sala de tv sobre garotas e perda de virgindade, não sei por que isso é tão importante, perdi a minha com uma garota aos quinze anos e nem por isso morri de amores e pensei em me casar. Desculpe pai, você não me acompanhará na igreja e nem terá netos um dia.
Meu pai odiava o fato de eu ser lésbica, e isso me fazia amar mais ainda minha orientação sexual, eu sou basicamente uma combinação de tudo que ele não gosta, e eu adoro isso, ele fez de tudo para que eu gostasse, até empurrou o filho de Tommy, um amigo de minha mãe, ele era um ano mais novo que eu, negro e olhos verdes, mas quando tentou me beijar fiquei com muito nojo, por que eu tinha que gostar de garotos? Eu prefiro mil vezes beijar uma garota, e falando em garotas...
A menina bonita que vi no primeiro dia entrou na sala e se sentou, ela combinava tanto com o estilo, estava usando um batom preto, eu queria borrar aquele batom, ela se sentou ao meu lado.
- Ta assistindo esse filme? - ela disse.
- Assistir é uma palabra forte, eu estou deixando no canal.
- Então posso mudar?
- Aqui é todo mundo educadinho assim?
- Como assim? - ela me olhou surpresa. - Me achou educada?
- Sim, achei, você podia me induzir a mudar de canal dizendo que o filme era uma boa merda, mas ta me perguntando se pode mudar.
- Você não me parece nada delicada. - ela olhou para minhas calças largas.
- Não sou, acho que aqui até os caras são delicados.
- Entrou quando? - ela mudou de canal.
- Cheguei ontem...
- Mas que diabos, estamos no meio do ano. - A voz dela era doce.
- Foi o que eu disse.
- O que você fez?
- Bom, desta vez ou juntando tudo?
- Juntando tudo.
- Fumei no banheiro da escola e acharam bebidas na minha mochila, eu ia para uma festa de fogueira a quando saisse de lá por isso as bebidas.
- Gosta de festa de fogueira?
- Claro que gosto, onde mais achamos o cigarro mágico?
- Então você bebe, e fuma cigarro e baseado.
- Isso ai.
- Seu pai te pois aqui como punição por isso?
- Vamos listar as coisas que faço e meu pai quer que eu não faça, eu fumo, eu bebo, eu viro a noite em festas sem dizer a ele, fujo de casa o tempo inteiro e vou para a casa de praia que minha mãe deixou pra mim, uso esse medalhão e hã... A é, sou lesbica.
- Ele não aceita?
- Por algum motivo meu pai, que não é nada das antigas, é um homofóbico de carteirinha, minha madrasta quem deu a ideia de me jogarem nessa jaula.
- Que imbecil.
- E você? Por que esta aqui?
- Minha mãe me criou para ser a bela e recatada hetero do lar, e foi uma bomba me pegar com a filha de uma amiga dela na cama, mas não estou aqui por isso, é a melhor escola e onde eu tenho mais chances de um futuro, e de viver longe de minha familia, não me encaixo com eles.
- Então você é lésbica? - Fiz cara de malícia? Nem percebi.
- Não.
- Bi?
- Não.
- O que é afinal?
- Eu sou pan, não lido com homem e mulher, lido com aquilo que me enteressar na hora.
- Como assim?
- Ja namorei um travesti, fiquei com um cara, as trans são mais interessantes do que parecem.
- Uau. - que porra ela ta me dizendo?
- Deu pra ver que estranhou, pesquisa um pouco, eu gosto de ser assim. - ela se levantou e virou de costas, sua saia preta talvez estivesse muito curta, mas sua meia calça cobria tudo.
- Então ta né... Só uma pergunta.
- Qual? - ela disse após parar e virar apenas uma parte do corpo para mim.
- Tenho chance?
- Por que não descobre. - ela sorriu deixando seus dentes brancos a mostra e saiu.
- Mulherão da porra. - falei para mim mesma.****
Teoria número dois, como a mamãe morreu, ela foi a casa de praia depois de meu aniversário de três anos, foi arrastasa pelas ondas e mesmo sabendo andar não pode voltar, por que foi para longe o suficiente para trombar com um tubarão e ser devorada e nunca mais vista.
Fazia sentido? Talvez, minha avó estava vindo me ver na escola, ela fez de tudo para que eu não viesse para cá, mas a decisão era de meu pai não é? Ela tentou pegar minha guarda várias vezes quando percebeu que eu tinha tendências lesbianas, queria que tivesse conseguindo, não teria me sentindo humilhada usando vestidos floridos que me faziam parecer um butijão de gás com capa.
Comi um salgadinho cheetos em meu quarto, era quase noite, primeiro alimento do dia, estava ficando boa nisso, Luna... Lina... Linus... Qual o nome da maluca? Enfim, passa o tempo no quarto da colega dela, entrei no belo banheiro limpo e tranquei a porta, não ligo se vi a fraqueza dela, ela não veria a minha, me ajoelhei em frente o vaso e coloquei minha escova de dentes na garganta. "Vamos lá, você já esta acostumado, saia logo droga" fiz isso até todo o maldito salgadinho voltar de minha garganta e eu poder dar descarga nele, tomei banho e esperei por minha avó, vazia, e forte.
Bom gente
Capitulo 2
Espero que estejam gostando
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Bjos 😘😘

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As teorias de Mia
HorrorEu cresci sem ela, tenho dezesseis anos e acho que isso não é importante agora, ela não esteve por perto em meus aniversários, não esteve na porcaria da minha festa gay de quinze anos, não esteve aqui a minha vida inteira, ela não estava aqui para m...