Capitulo 5

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- Sorria para a foto querida. - Morgana dizia, usando um vestido caro que claramente quem pagou foi meu pai.
Eu também usava um vestido caro, dez anos, um dos vestidos que estavam na moda na época, eu não queria usar aquilo, mas quem liga pro que a Mia quer? Ganhei muitos vestidos naquele aniversário, mas Fox, uma grande amiga de minha mãe, me dej um skate, sua esposa Rute estava feliz, ela sempre me dizia que se eu tivesse duvida em relação aos meninos poderia falar com ela, no fundo todos sempre souberam que eu seria o tipo de menina que gosta de meninas, ela me deu um boné azul de presente, e o filho delas Josh estava cantando umas garotas mais velhas, elas riam e flertavam mas eu não entendia o porque de elas o acharem interessante.
Minha cara emburrada nas fotos mostravam o quanto odiei aquele dia, estar ali, com aquelas roupas, eu odiava aquilo.

****
- Não precisa me buscar pai! - eu já estava cansada de falar no telefone.
- Eu vou pegar você sim Mia, você queira ou não, você só vai ficar ai durante a semana!
- Não! Eu não voy bancar a familia perfeita pra você e Morgana, eu sei que é aniversario dela e eu não vou fingir que sou feminina pra familia dela.
- Mia!
- Eu disse não! - gritei.
- Eu não estou te dando escolha Mia. - ele disse e desligou.
Gritei com uma almofada no rosto para abafar o som, minha colega de quarto entrou.
- Não adianta abafar o grito ai depois de todo mundo ouvir a discussão. - ela se sentou na cama dela e abriu o livro de geografia.
- As vezes quero socar ele.
- Eu te entendo, queria poder socar o meu até a morte.
- Uau, eu não conheci ele lado da Lana.
- Luna! - ela corrigiu.
- Ok, Luna, o que ele fez de tão odioso?
- Matou minha mãe, ele ta preso agora.
- Seu pai matou..
- Sim. - ela me cortou. - Não sei como não te contaram ainda, eu sou a unica filha de um assassino aqui.
Teoria numero 5: meu pai era um homem temperamental, e mantinha um relacionamento abusivo com.minha mãe, então chegou o momento em que ela não aguentou mais e se jogou de um prédio, me deixando com ele.

****
- Tio Tommy obrigada por estar aqui. - disse assim que o vi.
- Seu pai te obrigou a vir? - Ele perguntou ao me olhar.
- Eu nunca usaria esse vestido se não fosse obrigada a usar. - Sim eu estava de vestido.
Uma porra de vestido roxo e justo com decote e chique daqueles que as garotas mostram as pernas e seus sapatos caros! Qualquer garota amaria aquele vestido, mas eu? Eu queria me dar um tiro antes mesmo de vestir aquela porcaria, claro que quem escolheu aquilo foi a Morgana, fiz questão se usar uma bota estilo coturno inves dos sapatos que ela pediu, e usando aquelas meias que Lua usa bem rasgadas nas pernas, não deixando deixei que arrumassem meus cabelos, os deixei soltos como sempre, meus bonés foram escondidos e na falta deles, estoy usando uma toca preta, passei lápis de olho e eu estava pronta para decepcionar meu pai mais uma vez, ensaiando minha cara cínica de "era para estar formal? Desculpe pensei que estava exatamente como queria".
- Bom, ao menos você esta sendo um pouco você, seu pai ja viu que você colocou isso tudo junto com o vestido?
- É claro que não, foi buscar minha avó e meu tio com a esposa.
- E quam vai ser a reação dele?
- Vamos ver quando ele chegar. - ri, olhei para Morgana me olhando com uma veia saltad na testa.
Um garson passou do meu lado e peguei três aperitivos de uma vez e enfiei na boca, olhei para ela e sorri com a boca cheia e depois fiz reverência como se a estivesse sendo apalaudida em um teatro.
Engoli e arrotei alto, alguns convidados me olharam e viraram o rosto rápido, os adolescentes riram, Tommy riu.
Peguei uma garrafa de champanhe em uma das mesas e abri, Morgama chegou perto.
- O que acha que ta fazendo?
- Bebendo champanhe. - disse.
- Mia por que esta agindo assim?
- Morgana entenda uma coisa, eu não queria estar aqui, não queria por essa droga de vestido desconfortável, eu queria e tentei ficar na escola, vocês me quiseram aqui e não me deram escolha, não espere que eu colabore fingindo ser a riquinha fresta que nós duas sabemos que eu não sou!
- Seu pai te obrigou e não eu!
- Quem escolheu o vestido? Quem escondeu minhas roupas? Meu pai? Acho que não.
- Mia por favor...
- Não, e é bom sair do meu caminho, por que se eu não beber esse champanhe eu saio e compro coisa bem mais forte, ai você vai saber o que é passar vergonha.
Sai de perto dela e comecei a beber na garrafa mesmo, sentada na varanda, vi uma garota sentada em um banco a minha frente, era ruiva, olhos claros, ela usava um vestido preto e batom vermelho, sabios ligeiramente grossos.
- Oi. - falei.
- Noite dificil? - ela apontou para minha garrafa.
- Podemos dizer que sim. - respondi. Fez - se uma pausa então perguntei de volta. - e você?
- Bom, eu não queria estar aqui então...
- Onde queria estar? - perguntei olhando para sua mão. ELA USA ANEL DE COCO? É ISSO MESMO?
- Bom, me chamaram para uma boate hoje, onde eu poderia usar uma roupa bem mais confortavel.
Me levantei e sentei ao lado dela.
- Eu ia para uma fogueira hoje, mas me obrigaram a vir. Sou Mia.
- Sou Sophia, irmã de Morgana. - ela começou a rir - você tem uma fama terrivel na familia.
Abri um sorriso e pisquei o olho.
- É um dom... Ja deve saber que sou a maior cara de pau né?
- Com certeza, por que?
- Aneis de coco?
- O que tem?
- Não sabe qual é a dos aneis?
- Não- ela riu.
- Você é hetero?
- Sou.
- Tem curiosidade?
- Não.
- Aposto que isso muda até o fim da noite. - eu disse.
- Vamos ver.- ela disse.
Ofereci champanhe pra ela, ela pegou a garrafa e deixou uma marca de batom no bico, ela me olhou com malícia. Ela é o tipo "sou hetero mas vou te dar mole".
Fui a cozinha, havia uma garrafa de licor, peguei e escondi na lateral de meu corpo e voltei para a varanda.
- Achou alguma bebida maia forte? - ela perguntou, embora meia garrafa de champanhe ja tivesse deixado ela um pouco alterada.
Mostrei a garrafa de licor e ela sorriu, meu pai ja havia chegado na festa a pelo menos uma hora, mas como eu estava na varanda ele podia ficar tranquilo na festa, começamos a beber, ela ja estava bebada, e eu levemente alterada, coloquei a mão na perna dela, ela me olhou seria, pensei em tirar a mão mas quando comecei a tirar ela segurou.
- Acho que você ganhou. - ela desceu minha mão para entre as pernas, sabia que eu poderia fazer o que quisesse com facilidade por que seu vestido era curto.
- Você esta bebada, não vou fazer isso com você bebada.
Ela se levantou e sentou em meu colo, começou a me beijar.
- Ganhei - disse.
- Ja que ganhou, me acompanhe ao banheiro, acho que não vou ficar em pé direito pra poder andar.
- Ok. - me levantei e comecei a acompanha-la, entramos no banheiro juntas, havia uma mulher olhando no espelho, e saiu sem seguida, abri a porta de um dos banheiros, ela parecia estar desmaiada e então se levantou de cima de mim, ficou em pé sem dificuldade e o enrolado de sua voz sumiu.
- Entra aqui comigo, e me mostra o melhor de ser lésbica. - ela disse. Completamente sóbria, eu estava sendo enganada o tempo todo.
- Faz o quatro com as pernas, se estiver sobria falo isso. - ela fez, com o salto alto e sem desequilíbrios.
- Primeiro as supostas heteros. - ela entrou.
Fechamos a perna juntas, comecei a acaricia-la em movimentos circulares, ela ficou molhada extremamente rápido, enfiei meus dedos e os movimentei, ela tentava não gemer, então a beijei, ela não se aguentava, ela estava prestes a chegar lá quando parei, ela me olhou seria e então comecei a me abaixar, ela tinha um gosto um tanto salgado, fiquei lá até que ela finalmente chegasse lá, então vi a porta se abrir com força atrás de nós, e o barulho ta tranca sendo quebrada.
- Mia! - era meu pai.
Gente desculpa a demora com o capitulo
Tive coisas pra resolver
Espero que tenham gostado do capitulo e até sexta
Votem e comentem
Bjão

As teorias de MiaOnde histórias criam vida. Descubra agora