L.
Rayna.
L abriu a porta da casa segura e esperou que eu entrasse e assim o fiz.
- Ninguém mais está aqui? - Perguntei sentando-me no sofá.
- Os outros foram levados para a mansão, temos que apurar o caso e ver se isso foi contra você e então à senhorita poderá voltar para a mansão. Eu aconselho que descanse um pouco, eu chamarei você quando pudermos ir embora.
- Tudo bem, eu vou subir então. - Avisei levantando-me e L assentiu levemente permanecendo no sofá.
Harry/L.
Afrouxei o nó apertado da gravata e encostei-me um pouco no sofá pegando o celular do bolso.
"Causa da morte: Envenenamento. O garçom bebeu um pouco da taça que deveria ser servida a Rayna. Zulu deve permanecer na casa segura até a segunda ordem."
"Entendido."
Suspirei tirando o casaco e deitei no sofá cruzando os braços sobre o peito. Lembro-me bem de quando Rayna chegou há três anos... Parecia uma mulher muito assustada e reticente, depois que descobriu que sua mãe havia sido assassinada em seu lugar ela chorou por semanas seguidas.
Houve um grande alvoroço quando o primeiro-ministro reconheceu a filha bastarda e isso quase custou seu cargo político, mas com a sua influência e uma grande mentira contada ele se saiu bem disso. Nos dois primeiros anos eu a via apenas nos eventos oficiais ou quando Lia estava no mesmo ambiente que ela - o que dificilmente acontecia -.
Lia e a senhora nutriam um ódio grande por Rayna, ela era a única filha legítima do primeiro-ministro e por isso sofria ataques constantes tanto dentro como fora de casa, por isso, eu fui designado para a sua guarda deixando Lia em segurança com outro bom agente.
Rayna já havia sofrido um bocado muito antes de chegar aqui e ver que ela continua assim é um pouco triste. Está claro em apenas algumas horas com ela, que ela grita silenciosamente por socorro a toda instante, eu não sei até quando estarei aqui, mas enquanto estiver cuidado de sua guarda irei me certificar e garantir que nada chegará até ela.
- Não vamos poder sair tão cedo, não é? - Sentei-me rapidamente no sofá e Rayna sorriu aproximando-se.
- É... Houve um problema e estão investigando. Para a sua segurança a senhorita será mantida na casa segura até a segunda ordem.
- Então L, qual é o seu nome? - Perguntou sentando um pouco afastada.
- L. - Respondi.
- Vai me dizer que quando sua mãe te viu pela primeira vez achou que você tinha mesmo cara de L?
- Como adivinhou? - Perguntei sério e Rayna sorriu.
- Eu tinha alguns palpites... Eu te vi algumas vezes com a Lia, você era segurança dela, não é?
- Sim...
- Ela já falou de mim? - Perguntou e desviei o olhar.
- Algumas vezes...
- Coisas ruins?
- Eu nunca prestei atenção, faz parte do meu profissionalismo, ser surdo mudo e cego em alguns momentos. - Afirmei.
- Eu entendi.
- Entendeu o quê?
- Ela fala muito mal de mim. - Constatou e olhei para ela.
- Eu não disse isso.
- Está subtendido. - Sorriu. - Ela e Loren nunca imaginaram que teriam que lidar com a minha presença de uma hora para a outra.
- Assim como você nunca imaginou que precisaria lidar com elas. - Afirmei colocando o celular na mesinha junto com a gravata e o casaco.
- Seremos apenas nós dois?
- Os seguranças de apoio chegarão amanhã logo pela manhã, assim como uma cozinheira. - Avisei. - Eu vou procurar um quarto para mim, se não se importa.
- Claro você deve estar cansado.
- Suba comigo. - Pedi e Rayna arregalou os olhos levantando-se rapidamente. - Para o seu quarto. - Expliquei.
- Ah... Sim, claro. Eu sabia que era isso. - Sorriu olhando ao redor e indiquei a escada levantando uma sobrancelha.
Olhei para o seu rosto levemente corado enquanto Rayna passava por mim subindo os degraus. Sorri divertido subindo atrás dela até chegar ao corredor.
- Esse é o meu quarto. - Disse apontando para uma das portas. - Essas quatro portas são mais quartos.
- Vou ficar com esse. - Afirmei abrindo a porta do quarto ao lado do seu. - Boa noite senhorita Rayna, qualquer coisa você pode me chamar.
- Boa noite. - Murmurou e esperei que ela entrasse no seu quarto para entrar no meu.
Desabotoei a camisa tirando a mesma e deixei sobre a cama tirando os sapatos em seguida, entrei no banheiro ligando a torneira e lavei o rosto jogando um pouco de água na nuca. Puxei uma das toalhas de rosto e sai do banheiro sentando-me na cama macia.
Suspirei olhando para o lado e balancei a cabeça desviando o olhar para o teto.- Com licença? - Ouvi a voz de Rayna através da porta e levantei rapidamente cambaleando um pouco para trás.
- Já vou. - Avisei pegando a camisa e abri a porta.
- Oi... É... Você não estava dormindo, não é? - Sorriu um pouco corada.
- Não... Eu estou bem. Então, o que aconteceu?
- É que... Você usa quantas blusas? - Perguntou e franzi a testa. - Quer dizer... Eu pensei que você usava uma por baixo dessa. - Murmurou apontando para a blusa em minha mão. - É que eu terei as minhas roupas amanhã...
- Você quer a minha blusa para dormir? - Perguntei diretamente e Rayna sorriu coçando a cabeça.
- Eu...
- Tudo bem. - Murmurei lhe estendendo a camisa. - Pode ficar eu receberei roupas amanhã também.
- Obrigada. - Disse baixo pegando a blusa e assenti.
- Durma bem Rayna.
- Durma bem L.
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Mais um, espero que gostem, votem e comentem. Beijinhos :)
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L - Harry Styles.
FanfictionNo mundo do poder, política e dinheiro, ninguém é puro... Ninguém é inocente. Rayna, única filha do primeiro-ministro do Canadá, sempre viveu escondida no anonimato como um segredo de ouro que nunca deveria ser revelado, mas um atentado a ti...