13.

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L.

         Rayna.

Estávamos no primeiro dia que o frio intenso nos dava uma pequena trégua. Sorri respirando fundo enquanto caminhava pelo jardim e olhei para J.

- Você realmente não precisa me segui pelo jardim. – Murmurei e a mulher sorriu.

- Eu estou bem senhorita, é o meu trabalho.

- Quantos anos você tem J?

- Vinte e oito senhorita. – Respondeu e assenti levemente.

- Você sabe o nome do L? – Perguntei olhando para ela.

- Não senhorita, ninguém sabe além do chefe de segurança.

- Entendi. – Assenti sentando-me em um dos bancos e olhei novamente para J. – Você não sente falta da sua vida? Quer dizer, você está sempre a minha volta, isso parece cansativo e não parece te dar muito tempo para viver.

- Foi o trabalho que eu escolhi. – Sorriu. – No começo eu realmente reclamava disso, mas com o tempo eu aprendi.

- U parece conhecer você. – Comentei.

- L parece conhecer você. – Sorriu sentando-se ao meu lado.

- Isso é o que eu chamaria de complicado. L é um homem complicado, segredos são complicados e ele tem muitos deles.

- Eu sei, mas ele não é um cara mal, eu posso garantir que ele sempre vai proteger você não importa o quê, não importa os meios, mas isso não quer dizer que ele não irá errar.

- Eu não sinto que posso confiar totalmente nele, toda vez que ele sai com Loren é uma pontada de desconfiança que me atinge em cheio. – Murmurei olhando para frente.

- Acredite, o assunto que ele quer resolver com a ajuda de Loren não tem nenhuma ligação com você. Se ele soubesse do ataque ontem, teria evitado, ele não sabe sobre nada dos planos dela para você. – Afirmou levantando-se e assenti. - O coração é assim mesmo, tudo é muito complicado.

J voltou para o seu posto enquanto L se aproximava e esperei que sentasse para encará-lo.

- Você acordou bem disposta hoje. – Comentou e sorri.

- Acho que o dia amanheceu um pouco melhor. – Sussurrei olhando para frente.

- Que tal ir a um lugar comigo hoje?

- Você está me chamando para um encontro? – Sorri divertida e L balançou a cabeça.

- Talvez seja... E então, você aceita?

- É... Eu aceito.

Coloquei uma calça jeans, uma camiseta e uma bota antes de pegar o meu casaco mais quente e sai do quarto eu direção ao carro que me esperava na entrada. Entrei na porta do carona já que isso era para ser algo descontraído e L sorriu ligando o carro.

Eu nunca havia visto ele em jeans, camiseta e casaco comum, mas isso também o deixava muito charmoso e bonito.

- Você tem que parar de me olhar assim, isso me deixa envergonhado. - Afirmou e sorri divertida.

- Alguma coisa te deixa envergonhado? Isso é incrível.

- Você me deixa envergonhado às vezes. - Sorriu pegando o desvio para a parte mais tranquila da cidade.

- Onde estamos indo?

- Eu conheço um lugar ótimo para um passeio, você poderá se sentir bem lá. - Garantiu e assenti encostando-me ao banco. Olhei para a janela não conseguindo esconder meu sorriso, eu me sentia um pouco descontraída era como uma simples garota saindo em um passeio de casal, esse era um sentimento agradável.

L dirigiu por mais uma hora até chegar a um bairro pacato, mas bem movimentado e visualmente encantador, ele parou o carro em um dos lados da calçada e desligou o mesmo retirando o cinto.

- Vamos? - Assenti colocando minhas luvas e meu gorro e retirei o cinto abrindo a porta e saindo do carro. Corri até L que esperava na calçada e o mesmo estendeu a mão para que eu segurasse entrelaçando nossos dedos.

- Isso parece gostoso. - Murmurei enquanto passávamos pela vitrine de uma casa de bolos e L sorriu.

- Segura a onda ai formiguinha. - Mandou fazendo-me gargalhar e bati em seu braço segurando o mesmo com a minha mão livre. L era cheiroso, quentinho e aconchegante.

- O que vamos comer então? - Sorri.

- Ali. - Apontou para um restaurante de sopas e olhei para ele. - Se você comer tudo o que eu pedir poderá comer o bolo que viu.

- Por quê? - Choraminguei e L parou virando-me para ele.

- Eu posso perceber como você tem emagrecido, posso ver como sua saúde está frágil, a sopa daqui e a melhor. - Afirmou abaixando um pouco mais meu gorro e tocou a ponta do meu nariz gelado e com certeza avermelhado. - Eu só quero cuidar de você.

Assenti cedendo para a tigela de sopa e L sorriu puxando-me para o restaurante. Escolhemos uma das mesas ao fundo e peguei o cardápio escolhendo o meu tipo de sopa.

- Você vem muitas vezes aqui? - Perguntei.

- Quando eu era mais novo, minha mãe sempre trazia eu e minha irmã aqui para passear, aqui tem os melhores bolos, as melhores sopas e uma das melhores paisagens. - Sorriu e olhei para ele retirando meu gorro.

- Isso é uma lembrança boa para você?

- Sim, uma de muitas. - Afirmou e sorri.

- Você era um menino atentado ou quieto? - Inclinei-me curiosa e L fechou minhas mãos entre as suas sobre a mesa.

- Eu fui um pouco dos dois, acho que até os meus cinco ou seis eu fui quieto, mas depois fui uma criança um pouco trabalhosa.

- Tadinha da sua mãe. - Balancei a cabeça e L assentiu.

- Eu sempre a agradeci pode ter me feito quem eu sou, ela era uma mulher incrível. - Sorriu afastando-se um pouco quando as tigelas de sopa chegaram.

Deixei o assunto acabar por ali pegando um dos pãezinhos e L se concentrou em comer parecendo um pouco mais aliviado pelo fim daquela conversa.

          ooo

A tarde continuava boa quando acabamos de comer, L pediu um pedaço de bolo para viagem e pegou dois garfinhos saindo da casa de bolos.

- Vamos até a ponte. - Sugeriu e assenti pegando o bolo. Abri o pote enquanto caminhávamos e peguei um pedaço sorrindo ao saboreá-lo.

- Tão bom. - Sorri sem mostrar os dentes e L balançou a cabeça em negação. No caminho havia mais algumas lojas e vendinhas muito bonitinhas e assim que chegamos à ponte podemos ver o rio abaixo da mesma.

L colocou seu garfo no meu pedaço de bolo tirando um pouco e franzi a testa olhando para ele.

- O que foi? Vai me bater por isso. - Sorriu e balancei a cabeça em negação.

- Depois você compra outro. - Afirmei seguindo para a grade e terminei o bolo procurando por uma lixeira para jogar a embalagem fora.

- Você realmente não sabe comer sem se sujar. - L afirmou encurralando-me contra a grade e segurou em meu rosto passando o dedo pelo canto dos meus lábios.

- Talvez. - Sorri encarando-o. - Obrigada, pela tarde.

- Disponha. - Sorriu aproximando seu rosto e segurei em sua nuca pressionando meus lábios contra os seus. Fechei os olhos aconchegando-me em seus braços e sorri entre o beijo apoiando minha testa a sua.

Eu realmente me sentia bem agora.

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Teremos mais um hoje como eu prometi. Espero que gostem do capítulo, beijinhos :)

L - Harry Styles.Onde histórias criam vida. Descubra agora