17.

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L.

          Rayna.

As semanas seguiram-se na cansativa rotina de eventos, participações, discursos e demonstrações de felicidade em família. Loren estava cada dia mais sorrateira, quase todas as noites ela saia com L e o Chefe Kim – segundo ela, para resolver assuntos da empresa – meu pai nunca se questionava um minuto e no fundo eu sabia que ele apoiaria qualquer atitude dela a qualquer hora referente à empresa.

- W. – Chamei abrindo a porta do quarto. – Seu turno acaba em meia hora, certo?

- Sim senhorita. – Afirmou.

- Eu preciso ir a um lugar, você pode me levar?

- L deve chegar em alguns minutos. – Murmurou e assenti.

- Eu sei, mas eu preciso que você me leve. – Especifiquei e W assentiu. – Vamos sair em dois minutos, vou apenas pegar um casaco.

- Vou buscar o carro. – Avisou e entrei pegando meu casaco e a bolsa fechando a porta ao sair do quarto.

- Aonde você vai? – L perguntou aparecendo na porta da sala. – W disse que vocês estão saindo.

- Sim, eu preciso resolver uma coisa.

- Eu posso levar você.

- Tudo bem. – Sorri. – W cuidará bem de mim.

- É algo que eu não posso saber? – Sussurrou próximo e assenti levemente.

- É algo que eu não quero que saiba, ainda. – L franziu a testa afastando-se um pouco para que pudesse terminar de descer as escadas.

- Até mais tarde então. – Murmurou.

- Até mais tarde L. – Despedi-me saindo de casa e entrei no carro que W me esperava. – Vamos. – Mandei e o mesmo assentiu.

- Aonde vamos? – Perguntou saindo pelos portões.

- Ao banco. – Afirmei. – Preciso guardar algo no cofre. Eu posso ter um apenas para mim, certo?

- Sim senhorita.

- Ótimo, então vamos guardar a minha vida lá, em segredo. – Murmurei e W apenas olhou pelo espelho mantendo-se em silêncio.

Não demoramos muito para chegarmos ao banco, W eficientemente me ajudou a registrar um cofre em meu nome e coloquei lá o pen drive original que minha mãe havia me deixado guardando a chave comigo. Essa era a minha única certeza de que Loren jamais tocaria nisso.

Eu queria poder contar tudo ao L cegamente sem pensar duas vezes, mas sempre que o vejo com ela, sinto que não é algo que eu deva compartilhar agora, eu sei que ele cuida de mim, sei que vai sempre me proteger e me defender, mas eu ainda não posso confiar tudo a ele.

- Vamos para esse endereço, por favor. – Pedi entregando o papel ao W. – Você pode me deixar lá e ir embora.

- Senhorita, eu não posso voltar sozinho. – Disse virando-se para mim.

- Eu estarei segura lá, então você pode apenas ir. – Afirmei olhando para a janela. – Eu voltarei para casa ao amanhecer.

- Mas-

- E, por favor, não conte ao L.

- Sim senhorita.

Senhor Guam me esperava na porta da sua casa e sorri ao vê-lo a minha espera.

L - Harry Styles.Onde histórias criam vida. Descubra agora