32.

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L.

        Rayna.

O dia amanheceu diferente na televisão passava as últimas notícias da primeira-dama a todo o momento e os parceiros políticos do meu pai haviam se reunido para conversar sobre o pronunciamento. Segundo eles, se o primeiro-ministro saísse em defesa da sua esposa agora sem exigir uma investigação limpa para esclarecer o caso isso pegaria muito mal para o partido.

A BPS estava em estado de emergência, todos os arquivos confidenciais eram armazenados em um HD secreto para que não chegasse às mãos das autoridades do país, assim como identidade de todos os agentes da empresa, em um ritmo frenético um dos maiores impérios do país era cercado.

- A primeira-dama fará o pronunciamento essa tarde se colocando a disposição das investigações para provar a sua inocência. - Chefe Kim afirmou quando todos se reuniram na sala. - O primeiro-ministro deve permitir a investigação limpa e a BPS cuidará do resto. A família deve passar a imagem de união e apoio enquanto isso não acaba.

- Será que podemos contar com todos? - Loren alfinetou e me levantei.

- Estou me retirando disso. - Anunciei. - Eu não vou defender uma pessoa culpada. - Afirmei e meu pai se levantou acertando um tapa em meu rosto.

- Recomponha-se. - Disse entre dentes. - A família precisa da sua cooperação agora.

- Eu não tenho interesse em ajudar a sua mulher. - Continuei ignorando a ardência em meu rosto e sai da sala em direção ao corredor para buscar a minha mala. Senti algumas lagrimas escorrerem pelo meu rosto enquanto me lembrava da admiração e do amor que já tive pelo meu pai.

- Você vai mesmo sair? - Loren perguntou aparecendo na porta do quarto e respirei fundo virando-me para ela.

- Eu estou saindo.

- Boa sorte. - Sorriu e estreitei os olhos. - Você deu um passo ousado dessa vez.

- Foi um tiro de misericórdia.

- Era a sua última bala? - Perguntou e peguei a mala passando por ela. - Eu ainda tenho um carregador cheio.

- Eu não planejo recuar Loren, você começou e eu vou terminar.

          Harry/L.

Cheguei até a mansão de David um pouco depois das nove da manhã, as ruas estavam congestionadas por conta dos protestos por um esclarecimento da gestão do país. Rayna não havia atendido ao telefone em todas as vezes que liguei, mas W avisou que ela estava bem e estava saindo da mansão para um lugar seguro essa manhã.

Sai do carro travando a porta e olhei para os seguranças da entrada antes de passar. Respirei fundo ajeitando meu terno e David apareceu na sala com um sorriso no rosto.

- Fico feliz que tenha aceitado o meu convite.

- Eu não tinha nada mais interessante para fazer essa manhã.

- Vejo que o bom humor continua de pé mesmo correndo o risco de ficar desempregado. - Sorriu.

- Eu posso achar um novo emprego.

- Com as suas habilidades, com certeza. Soube que a minha sobrinha pode ter alguma coisa com o vídeo que anda circulando pela televisão.

- Não sei nada disso. - Afirmei sentando-me na poltrona do escritório.

- Ela resolveu finalmente bater de frente com a madrasta má, isso é interessante. - Gargalhou bem humorado e suspirei. - Eu sei o que você quer aqui L.

L - Harry Styles.Onde histórias criam vida. Descubra agora