18.

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L.

              Rayna.

Segurei a bolsa à frente do corpo encarando meu pai enquanto o mesmo depositava uma flor no túmulo da minha mãe. Finquei meus saltos com firmeza na terra para evitar o desiquilíbrio quando ele se levantou ajeitando seu terno.

- Você é a filha que eu nunca pude ter. - Afirmou. - Por isso você cresceu longe de mim, por isso eu não criei você.

- Eu sei.

- Mas além de tudo isso, você, sua mãe... São marcas de uma fase boa da minha vida que não vai voltar. Loren e Lia é a minha família agora com isso, você sabe o lado que sempre vou estar.

- Eu nunca pedi para que tomasse o meu lado. - Suspirei. - Eu sei que você não fará isso, mas ainda sim, eu sou a sua filha, a minha mãe foi a sua mulher e a morte dela recai sobre os seus ombros.

- Rayna...

- Talvez se você realmente tivesse o controle que faz parecer que têm, as coisas seriam diferentes. Você me trouxe para o túmulo da minha mãe, para dizer que não irá ficar ao meu lado, que não irá me apoiar e nem me considerar mais do que isso?

- A minha obrigação é te manter segura, e é isso que eu estou fazendo deixando essas pessoas ao seu redor desde que nasceu. Loren tem uma ganância, um poder e uma índole que você não conhece filha... Se não parar agora o seu futuro será incerto.

- Como eu posso me sentir segura se não posso confiar nem na minha própria sombra? Eu não sei o que você tem feito até agora pai, mas a partir de hoje eu não vou mais estar debaixo das suas ordens. Eu aceito a sua segurança, morarei naquela casa que também é minha e entrarei e saírem dela quando quiser. Não importa mais o que você me considera tudo isso também é meu, e eu não irei me fazer de rogada em aceitar nada. Minha mãe morreu por isso. - Afirmei. - Então eu agarrarei com todas as forças e não terei o mesmo destino.

- Loren tem apoios que até mesmo eu desconheço, eu posso te manter segura e te dar uma vida tranquila longe daqui. - Ofereceu e olhei para L.

- Eu tenho em quem me apoiar e sei que enquanto eu tiver eu estarei segura. Não serei eu a fugir pai, isso já foi decidido. - Conclui chamando L que me ajudou a sair do meio da terra molhada. - Eu te vejo em casa, por favor, volte em segurança. - Despedi-me quando o chefe Kim chegou com B em outro carro para buscar meu pai.

- Tudo bem? - L perguntou abrindo a porta e assenti.

- Sim... Eu acho que sim. - Murmurei olhando pela janela quando a porta foi fechada e meu pai se ajoelhou diante do túmulo da minha mãe. - Vamos, por favor. - Pedi e L assentiu ligando o carro.

            Harry/L.

Parei o carro no hotel mais próximo e Rayna desceu esperando que eu reservasse o quarto para subir.

- Um, por favor. - Pedi entregando o cartão e peguei o cartão do quarto seguindo para o elevador onde Rayna esperava. - Você poderá descansar um pouco. Voltaremos para casa quando estiver pronta.

Coloquei o cartão desbloqueando a porta e dei espaço para Rayna passar entrando em seguida. Deixei as chaves e a carteira na mesinha próxima a duas cadeiras e Rayna sentou na cama tirando os saltos.

- Se quiser dormir um pouco. - Sugeri tirando o casaco e sentei na cadeira. - Parece que a conversa não foi muito bem.

- Eu acho que foi necessária. - Afirmou levantando-se. - Meu pai gosta de manter as coisas claras.

L - Harry Styles.Onde histórias criam vida. Descubra agora