L.
Rayna.
Caminhava sobre as folhas secas que cobriam o chão da calçada de casa enquanto esperava o carro de L chegar. Ele havia ligado nas primeiras horas da manhã avisando que estava vindo para uma visita.
O fato de Loren ter liberado para que ele viesse até a casa segura sem preocupações era uma coisa nova. Sorri quando avistei seu carro entrar na rua privada e acenei para o mesmo que se aproximava.
Harry travou o carro e se aproximou depois de estacioná-lo na guia do outro lado da rua.
- Aconteceu alguma coisa? - Perguntei quando o mesmo parou a minha frente.
- Não, não exatamente. - Afirmou. - Eu estou perto de receber alta oficialmente e quis verificar como estavam as coisas, eu devo voltar para o meu posto em breve.
- Ah, então está tudo bem? - Sorri um pouco aliviada. - Você não parece muito bem.
- Apenas alguns problemas que eu ainda não consegui resolver, mas eu vou resolvê-los logo. - Garantiu. - Vamos entrar? Eu quero falar com o W.
- Sim. - Murmurei um pouco confusa e Harry sorriu bagunçando meu cabelo antes de passar por mim. Observei a figura alta de terno entrar pelo jardim enquanto tentava afastar aquela sensação que me incomodava. Estava acontecendo alguma coisa, mas ele não iria me contar o quê.
Harry/L.
W fechou a porta do escritório que havia na casa e sentei em uma das cadeiras.
- Eu vou voltar depois do jantar de ação de graças, mas você permanecerá na esquipe junto com J, U e Y.
- Eu fui informado, apesar de ir contra essa ideia.
- Como assim?
- A senhoria Rayna parece mais dependente quando você está por perto, isso não parece ser bom para ela. - Afirmou.
- Não é bom que ela confie em mim para fazer o que ela precisa que seja feito?
- Não é bom que ela deixe que você domine demais o ambiente a sua volta. - Retrucou. - Rayna precisa de pessoas que a deixem tomar suas próprias decisões.
- Eu nunca disse que não a deixava fazer isso. Eu sigo as ordens dela e faço tudo o que for necessário para que ela fique e se sinta segura. Algo está incomodando você nisso?
- Acho que eu já disse o que tinha para falar, eu posso imaginar qual seja o seu relacionamento com a senhorita Rayna, todos nós que estamos em volta percebemos isso e eu não irei me intrometer até que isso não prejudique a vida dela.
- W...
- Eu estou trabalhando para uma única pessoa e com uma única função, manter Rayna viva e segura e obedecer apenas a ela e você? Pra quem mais você está trabalhando L? Quais são as suas funções?
- Você deveria se manter fora do que não lhe diz respeito. - Mandei levantando-me.
- Eu estarei por aqui agora para tornar Rayna cada dia mais independente de você. - Avisou saindo e suspirei balançando a cabeça.
- Quando ele se tornou tão falante? - Resmunguei e Rayna apareceu na porta da sala.
- Posso entrar? - Perguntou e assenti.
- Estávamos apenas discutindo algumas coisas pendentes. Como você está? - Perguntei me aproximando.
- Bem, eu tenho que sair daqui a pouco.
- Algum compromisso?
- Uma coisa que W recomendou que eu fizesse, ele disse que vai me ajudar e ocupar um pouco mais a minha mente.
- Parecem coisas boas para se fazer.
- Eu voltei ao médico na semana passada, ele disse que eu estou bem fisicamente, mas me recomendou uma consulta com a psicóloga. - Disse e assenti acariciando seu rosto.
- Você sabe quando será a primeira consulta?
- Depois da semana da ação de graças. - Murmurou e me sentei na poltrona mais espaçosa permitindo que ela se aconchegasse em meu colo.
- Loren me contou uma coisa sobre os meus pais ontem. - Murmurei mexendo com a sua mão.
- Seus pais?
- Há algum tempo ela prometeu me ajudar a pegar as pessoas que assassinaram eles. - Confessei.
- É por isso que você trabalha com ela?
- Sim.
- Você vai me contar o que ela te disse ontem?
- Não, não hoje. - Disse encarando seu olhar confuso e receoso. - Eu voltei do exército cinco anos atrás, quando eu cheguei minha casa estava interditada ou o que restava dela.
- O que aconteceu?
- Incendiaram a minha casa com toda a minha família dentro, e eu descobri... Que eles foram torturados antes de serem queimados vivos. - Sussurrei e Rayna acariciou minha mão. - Eu perdi tudo e não fazia ideia do por que.
- Ela te prometeu essa resposta?
- Eu entrei para a BPS para ter essa resposta. Smith me procurou antes de se aposentar, um ano antes de você chegar.
- E qual era a resposta?
- O meu trabalho no exército exigia um treinamento especial e um procedimento muito sigiloso de seleção, nós resolvíamos problemas do estado, lidávamos com tráfico e toda a sujeira corrupta ou legal.
- Vocês...
- Éramos uma unidade privada do exército, usada apenas em casos extremos, assassinatos, resgates, entregas seguras de cargas importantes, fazíamos essas coisas para políticos e presidentes.
- Alguém da sua unidade mandou matar a sua família?
- Um cliente, que eu nunca descobri o nome até ontem. Eu tinha minhas dúvidas, mas agora tenho certeza de quem foi então eu poderei perguntar pessoalmente o seu motivo. - Afirmei. - Eu não posso largar isso agora, eu não posso mais viver sem respostas.
- Mesmo que isso possa custar a sua vida? - Perguntou e a encarei.
- No começo eu responderia sim, sem sombra de duvidas, mas hoje eu não posso mais dizer isso. – Sussurrei. – Eu vou tomar cuidado Rayna. – Garanti.
Rayna suspirou assentindo levemente e acariciou meu rosto segurando-o. Eu comecei isso sozinho, não tinha com quem me preocupar, mas hoje eu tenho muito a perder se fizer isso do jeito errado. Se eu cometer esse erro, eu posso perdê-la para sempre.
- Você pode apenas parar. – Sussurrou encostando sua testa a minha. – Se isso sair do seu controle Harry, você deve apenas parar.
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Mais um, espero que gostem, votem e comentem. Beijinhos :)
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L - Harry Styles.
FanfictionNo mundo do poder, política e dinheiro, ninguém é puro... Ninguém é inocente. Rayna, única filha do primeiro-ministro do Canadá, sempre viveu escondida no anonimato como um segredo de ouro que nunca deveria ser revelado, mas um atentado a ti...