27.

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L.

         Rayna.

Caminhava sobre as folhas secas que cobriam o chão da calçada de casa enquanto esperava o carro de L chegar. Ele havia ligado nas primeiras horas da manhã avisando que estava vindo para uma visita.

O fato de Loren ter liberado para que ele viesse até a casa segura sem preocupações era uma coisa nova. Sorri quando avistei seu carro entrar na rua privada e acenei para o mesmo que se aproximava.

Harry travou o carro e se aproximou depois de estacioná-lo na guia do outro lado da rua.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntei quando o mesmo parou a minha frente.

- Não, não exatamente. - Afirmou. - Eu estou perto de receber alta oficialmente e quis verificar como estavam as coisas, eu devo voltar para o meu posto em breve.

- Ah, então está tudo bem? - Sorri um pouco aliviada. - Você não parece muito bem.

- Apenas alguns problemas que eu ainda não consegui resolver, mas eu vou resolvê-los logo. - Garantiu. - Vamos entrar? Eu quero falar com o W.

- Sim. - Murmurei um pouco confusa e Harry sorriu bagunçando meu cabelo antes de passar por mim. Observei a figura alta de terno entrar pelo jardim enquanto tentava afastar aquela sensação que me incomodava. Estava acontecendo alguma coisa, mas ele não iria me contar o quê.

         Harry/L.

W fechou a porta do escritório que havia na casa e sentei em uma das cadeiras.

- Eu vou voltar depois do jantar de ação de graças, mas você permanecerá na esquipe junto com J, U e Y.

- Eu fui informado, apesar de ir contra essa ideia.

- Como assim?

- A senhoria Rayna parece mais dependente quando você está por perto, isso não parece ser bom para ela. - Afirmou.

- Não é bom que ela confie em mim para fazer o que ela precisa que seja feito?

- Não é bom que ela deixe que você domine demais o ambiente a sua volta. - Retrucou. - Rayna precisa de pessoas que a deixem tomar suas próprias decisões.

- Eu nunca disse que não a deixava fazer isso. Eu sigo as ordens dela e faço tudo o que for necessário para que ela fique e se sinta segura. Algo está incomodando você nisso?

- Acho que eu já disse o que tinha para falar, eu posso imaginar qual seja o seu relacionamento com a senhorita Rayna, todos nós que estamos em volta percebemos isso e eu não irei me intrometer até que isso não prejudique a vida dela.

- W...

- Eu estou trabalhando para uma única pessoa e com uma única função, manter Rayna viva e segura e obedecer apenas a ela e você? Pra quem mais você está trabalhando L? Quais são as suas funções?

- Você deveria se manter fora do que não lhe diz respeito. - Mandei levantando-me.

- Eu estarei por aqui agora para tornar Rayna cada dia mais independente de você. - Avisou saindo e suspirei balançando a cabeça.

- Quando ele se tornou tão falante? - Resmunguei e Rayna apareceu na porta da sala.

- Posso entrar? - Perguntou e assenti.

- Estávamos apenas discutindo algumas coisas pendentes. Como você está? - Perguntei me aproximando.

- Bem, eu tenho que sair daqui a pouco.

- Algum compromisso?

- Uma coisa que W recomendou que eu fizesse, ele disse que vai me ajudar e ocupar um pouco mais a minha mente.

- Parecem coisas boas para se fazer.

- Eu voltei ao médico na semana passada, ele disse que eu estou bem fisicamente, mas me recomendou uma consulta com a psicóloga. - Disse e assenti acariciando seu rosto.

- Você sabe quando será a primeira consulta?

- Depois da semana da ação de graças. - Murmurou e me sentei na poltrona mais espaçosa permitindo que ela se aconchegasse em meu colo.

- Loren me contou uma coisa sobre os meus pais ontem. - Murmurei mexendo com a sua mão.

- Seus pais?

- Há algum tempo ela prometeu me ajudar a pegar as pessoas que assassinaram eles. - Confessei.

- É por isso que você trabalha com ela?

- Sim.

- Você vai me contar o que ela te disse ontem?

- Não, não hoje. - Disse encarando seu olhar confuso e receoso. - Eu voltei do exército cinco anos atrás, quando eu cheguei minha casa estava interditada ou o que restava dela.

- O que aconteceu?

- Incendiaram a minha casa com toda a minha família dentro, e eu descobri... Que eles foram torturados antes de serem queimados vivos. - Sussurrei e Rayna acariciou minha mão. - Eu perdi tudo e não fazia ideia do por que.

- Ela te prometeu essa resposta?

- Eu entrei para a BPS para ter essa resposta. Smith me procurou antes de se aposentar, um ano antes de você chegar.

- E qual era a resposta?

- O meu trabalho no exército exigia um treinamento especial e um procedimento muito sigiloso de seleção, nós resolvíamos problemas do estado, lidávamos com tráfico e toda a sujeira corrupta ou legal.

- Vocês...

- Éramos uma unidade privada do exército, usada apenas em casos extremos, assassinatos, resgates, entregas seguras de cargas importantes, fazíamos essas coisas para políticos e presidentes.

- Alguém da sua unidade mandou matar a sua família?

- Um cliente, que eu nunca descobri o nome até ontem. Eu tinha minhas dúvidas, mas agora tenho certeza de quem foi então eu poderei perguntar pessoalmente o seu motivo. - Afirmei. - Eu não posso largar isso agora, eu não posso mais viver sem respostas.

- Mesmo que isso possa custar a sua vida? - Perguntou e a encarei.

- No começo eu responderia sim, sem sombra de duvidas, mas hoje eu não posso mais dizer isso. – Sussurrei. – Eu vou tomar cuidado Rayna. – Garanti.

Rayna suspirou assentindo levemente e acariciou meu rosto segurando-o. Eu comecei isso sozinho, não tinha com quem me preocupar, mas hoje eu tenho muito a perder se fizer isso do jeito errado. Se eu cometer esse erro, eu posso perdê-la para sempre.

- Você pode apenas parar. – Sussurrou encostando sua testa a minha. – Se isso sair do seu controle Harry, você deve apenas parar.

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Mais um, espero que gostem, votem e comentem. Beijinhos :)

L - Harry Styles.Onde histórias criam vida. Descubra agora