Cap. 3- Um dia para o grande dia

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Antonella 

Depois que Pietro me deixou no quarto, tomei um banho e fui direto para cama, pensando no beijo e no que ele disse depois "...será minha esposa". Mas também para que eu fui falar que gostava de alguém, que não era meu noivo, malditas regras daquele jogo e maldito seja a minha atitude de garota certinha. Bom já era o outro dia, ou seja, um dia para o casamento, eu acordei com uma movimentação no meu quarto. Minha mãe me sacudia.

-Querida! Acorde, hoje temos um dia cheio.

Ainda estava meio atordoada com tudo aquilo, tinha muita movimentação, quando olho para o lado um lindo vestido branco com cetim de seda com detalhes em tons pastéis, e do lado um boque também de cores pastéis, sai da cama e fui para minha mala, pegar alguma roupa, acabei com um vestido comprido preto e rasteirinha, porque me parecia que aquele dia iria precisar de uma roupa confortável.

Estava sendo arrastada pela casa, quando vi que Pietro nos acompanhava e ria da minha situação, balancei a cabeça, em negação, e ele sorriu como bobo de novo. Logo lembrei do beijo, e comecei a compara-lo com outros. " Pra que você está fazendo isso? Ele é seu noivo." Mas ainda pensava em Matheus... Tinha que colocar minha cabeça em outro lugar, eu já estava confusa demais.

A primeira parada foi no spa, para fazer massagem e banhos que iriam me deixar mais atraente, relaxada e fértil (não estava muito confortável com aquela, ainda). Depois fomos para o salão de beleza testar maquiagem, cabelo, tentaram domar meu cabelo, mas não conseguiram, fazeram as unhas das mãos e dos pés, Pietro acompanhava tudo, apenas observando. Como era horário de almoço aproveitamos para ir ao lugar que prepararia o almoço de casamento, provar os alguns pratos e depois ao lugar que iria fazer os doces, (minha parte favorita) estavam sempre pedindo minha opinião.

"O que está achando Antonella?" "Você prefere carne vermelha ou branca?" "Qual é seu tipo de salada favorita?" "Prefere doces com frutas ou não?" "Um bolo clássico? Certo, mas vai querer algum detalhe, e o recheio?" E minha mãe e sogra diziam: " Escolha o que preferir". Foi ai que dei graças a Deus que Pietro estava ali, me ajudando com tudo, e dando sua opinião, e sendo um apoio, era bom fazer aquilo acompanhada com alguém, que estava considerando um amigo.

Já de tarde fomos a floricultura e a loja de decoração, e foi a mesma ladainha: "Qual a sua preferencia de flor?" " Como vai querer o vaso de centro de mesa?" "Qual vai ser o tipo de dobradura dos guardanapos ?" Na hora que ouvi isso pensei "Sério?" e mais uma vez, Pietro me salvou quando estava atolada de perguntas.

Eu já estava caindo de cansada, o último lugar que passamos foi a loja de lembrancinhas para o casamento, deixei essa parte para minha mãe e minha sogra escolherem, enquanto descansava, em uma praça próxima.

-Cansada?- Vejo Pietro se aproximando e me dando um garrafa de água, eu aceite, tomei um gole.

-Sim, minha cabeça está girando de tantas perguntas.

-Está, tudo bem, essa é a última parada.

-Obrigada...

-Pelo que?

-Por tudo, por me salvar quando estava enrolada naquelas perguntas, e pela água.- Sorri, em agradecimento.

-*Sorriso bobo* Tudo bem, o casamento também é meu afinal.

-Sim...- O sorriso dele era...Bonito...

Quando finalmente voltamos para casa no horário da janta, e eu não queria comer, e também não queria dormir, queria sentar em algum lugar calmo, ler algo e ouvir uma música. Fui até meu quarto, pequei o livro, Os Lusíadas,  meu celular e os fones de ouvido, desci até a estufa, acho que não iriam se importar se ficasse lá por um tempo. Me sentei no balanço, coloquei uma música e comecei a ler, perdendo completamente a noção de horário, mas acho que passei entre duas ou três horas ali. Sim, me perco do mundo, com a leitura muito fácil.

Entre o amor e o perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora