Cap. 24 - Fúria nos Olhos

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Oi gente, hehe quanto tempo... Bem, lá vem as desculpas, primeiro, meu computador deu pau, e a memória foi para o reino do beleléu. Segundo a história está acabando e eu não queria isso. Terceiro, comecei a trabalhar, estágio na verdade, o tempo ficou corrido durante a semana. E quarto, porque estava ponderando muito o que fazer nesse capítulo, quando comecei a escrever minha ideia original eu quase chorei, e demorou um pouco para pensar em outra coisa.

Enfim, espero que gostem, não me matem.

Boa leitura!



Antonella

Acordei zonza, se fosse para comparar, compararia com uma ressaca, embora nunca tenha tido uma, parecia que tem um martelo batendo na minha cabeça constantemente, e mesmo tendo dormido, não estava descansada. Me ergui da cama, o quarto estava vazio, por pouco tempo, logo Matheus entrou no quarto, trazendo uma bandeja, novamente, pão com alguma coisa, mas eu não queria comer.

- Pode levar isso daqui... – Disse me encolhendo na cama, estava sentindo dor, e uma vontade de chorar imensa.

- Você deve comer Mademoiselle, não pode ficar fraca. – Guilherme entrou no quarto e disse irônico.

- Não quero a sua preocupação.

- Assim você me magoa. – Disse falso. – Seu marido mais uma vez conseguiu decifrar meu enigma, eu fiquei impressionado...

E ele ficou discursando o quanto achou que Pietro era bom, que fazia tempo que não jogava com alguém assim, mas que não saberia se continuaria assim. Enfim, um monólogo cansativo e egocêntrico, Guilherme é o típico vilão que gosta de falar, acho que em parte ele está tentando colocar medo, infelizmente, para ele, minha cabeça está tão sobrecarregada com outras emoções que não me importo mais.

Pensava no que Maria tinha me dito, que aquele lugar estava cheio de reféns, um sentimento de nojo começou a surgir, nojo de Guilherme e de todos que trabalham com ele. Tinha que achar um jeito de sair daqui, mas como? Sabia, através do relato de Maria, que só existia uma entrada e uma saída, e pelo que parecia, todos os quartos eram vigiados por dentro, eles saiam para pegar comida e depois voltavam para os quartos, e eles não faziam isso no mesmo horário.

Sem falar que todos os quartos poderiam ser iguais ao meu, com grades nas janelas que impediam que qualquer um de passar por elas, pelos menos o quarto de Maria também era assim. Guilherme já tinha terminado de se vangloriar, e chamou minha atenção, eu me surpreendi com a minha calma quando o encarei, embora que lá no fundo, eu estivesse com medo, muito medo. Mas, por enquanto, eu precisava de tempo, tempo que pensar no que fazer.

Ele se aproximava, meu corpo se encolhia inconscientemente, eu poderia tirar proveito da forma que Guilherme me vê, como um prêmio, entretanto, da última vez que tirei proveito de uma situação com esse psicopata uma bomba explodiu. O que será que esse homem planeja?

- Então, o que acha? – Ele perguntava sobre o discurso, mais cedo, que não tinha escutado. Preferi não responder. – Mademoiselle, não sabe o quanto seu silêncio é encantador...

Com a mão, já bem próximo, ele ergue meu queixo. Por instinto dou um tapa na mão dele e tento dar pulo para trás, porém sou impedida, olho um momento para trás, a cabeceira da cama me impedia. Olho novamente para frente e vejo Josué, ele se aproxima de forma ameaçadora, uma coragem surge em mim, e o encaro da mesma forma. Guilherme levanta o braço, impedindo que avance mais.

- Vai deixar sujarem o seu prêmio? – Cuspi as palavras, mais para provoca-lo, eu já não ligava para nada.

- Aceitou as suas condições querida?

Entre o amor e o perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora