Cap. 15 - A Verdade é que...

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Antonella

Acordei com o som das sirenes, olhei para o lado, Pietro não estava lá, comecei a me preocupar, coloquei um roupão, desci rápido a escadaria, encontrei com uma terrível cena, um homem ensanguentado sendo levado de maca, e Pietro com metade da camisa ensanguentado também, por um momento meu coração parou.

Meu marido mal me encarou e já estrou na ambulância, junto com o homem semi-desmaiado e perdendo muito sangue. Quando eles saíram me virei para Sr. e Sra. Brancaleone, em busca de respostas, eles não estavam tão assustados quanto eu.

- O que aconteceu? – Perguntei aflita.

- Também não sabemos querida. – Minha sogra disse, se aproximando.

- Pietro está bem? - Era a pergunta mais importante para mim naquele momento.

- O sangue não é de Pietro. – Meu sogro respondeu, sério, vendo a ambulância ir embora. – Podem ir dormir, eles provavelmente vão demorar.

- Vamos querida, te acompanha.

Sra. Brancaleone me puxou pelos ombros, relutei um pouco para ir, mas quando vi a expressão do meu sogro imóvel olhando, sério, com o ar de preocupado, para porta e da minha sogra que tinha um semblante carinhosa e casada. Estávamos indo para os nossos quartos, depois do que aconteceu, eu sabia que não ia conseguir dormir de novo.

Minha sogra me deixou na porta do quarto, desejou boa noite e saiu em direção ao quarto dela, eu entrei peguei Piccola, acariciar os seus pelos sempre me acalma, tinha perdido o sono, fui para o jardim interno, fiquei ali por horas, não sei ao certo quanto, logo, me cansei de ficar ali, decidi voltar para a cama e tentar dormir, sai e vi a silhueta de Pietro subindo as escadas, eu o segui, pensei que iria entrar no nosso quarto, mas entrou no escritório do pai, eu me aproximei, eu iria entrar no escritório, queria respostas, estava preocupada. Mas sinto alguém segurando meu ombro.

- Espere querida. – Minha sogra estava atrás de mim. – Se Pietro foi falar direto com o pai, é importante, muito importante. – Ela disse calma.

Me virei para ela, respirei fundo.

- Sim... – Consegui sorrir de leve, a preocupação e o mistério estavam me matando.

Não demorou para ouvimos alguns gritos e batidas fortes na mesa, eu e Sra. Brancaleone seguramos firme a mão uma da outra, pelo susto causado de início, até a porta se abrir violentamente, Pietro saiu de lá, com rosto de expressão zangada, aquela mesma que me assustou em nossa lua de mel. O que aconteceu? Porque Pietro estava com aquele homem ensanguentado? O que aconteceu com ele para ficar daquele jeito? Quem era ele? Porque Pietro brigou com o pai? O que, por Deus, está acontecendo?

Minha sogra se aproximou de Pietro, o encarou por alguns instantes, mas logo voltou a caminhar e entrou no escritório. Pietro voltou a caminhar até mim, estava pronta para começar a bombardeá-lo com perguntas, foi ai que vi seu olhar, não estava só irritado, estava triste, segurou meu rosto com as duas mãos.

- Pietro... – Ele me calou com um beijo, um doce e triste. – O que houve?

- Por favor, Antonella. – Mais um beijo. – Agora não.

Outro beijo dessa vez intenso, Pietro parecia querer afogar as mágoas no beijo, tive que afasta-lo com as mãos em seu peito, para poder respirar de novo.

- Preciso de você. – Pietro murmurou, colando nossas testas

O jeito que ele pediu isso, minha mente ficou branca, não tinha mais questões, minhas pernas fraquejaram, eu arfei, foi um gesto simples, suficiente para que Pietro voltasse a me beijar com desejo. Ele me pegou no colo e nos levou para o quarto.

Entre o amor e o perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora