Capítulo 82

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Será que eu fiz alguma coisa errada pra ela ta rindo, assim da minha cara?

Até que o som da sua risada é gostoso de se ouvir... Droga o que eu estou pensando? Herick foco vocês dois são inimigos.

Eu engulo em seco e fixo os meus olhos nos dela que fica seria de repente. — Êh...Não é o que você está pensando ta? — Aponto o dedo pra ela e volto a colocar as mãos no bolso.

Ela franze a testa me olhando seria e começa a falar. — Mais eu não estou pensando nada.

— A sua risada já disse tudo!

Ela sorri e se levanta pegando uma torrada. — Eu sorri porque eu achei engraçado essa sua postura de sério e ao mesmo tempo essa sua cara de garoto bobo.

— Ei eu não sou mais um garoto e muito menos bobo. — Cruzei os braços a olhando sério.

— Eu sei que não é, mais quando fica paradão ai me olhando não passa de um garoto bobo. — Ela dá uma mordida na torrada e da um gole no suco de laranja. — Êh... Nada mau.

Eu respiro fundo. — Olha não vai se acostumando. — Apontei pra bandeja com o café da manhã que estava perto dela e prossegui. — Eu só fiz isso porque o Kaique pediu.

— Eu sei, até parece que de um dia pra noite você iria querer fazer algo por mim.

Me pergunto porque eu ainda estou aqui dando atenção pra essa garota... De verdade não sei ainda o que o meu irmão viu nela.

— Termina o seu café que depois vou te levar pra sua casa.

— Cadê o Kaique? — Ela me pergunta antes que eu saia.

— Ele foi trabalhar. — Falei abrindo a porta pra sair.

— Hum... — Ela se aproximou de mim e parou na minha frente. — Olha vamos ser francos um com o outro desde que eu te conheci nem eu e nem você gostou um do outro. Então não precisa ficar fazendo sacrifício, pode deixar que eu vou embora sozinha eu já sou bem grandinha.

Eu sorri e coloquei o dedo na testa dela e tirei. — Bom primeiro como eu já disse eu to fazendo isso pelo Kaique e outra se você soubesse se virar sozinha não estaria com medo de algo ou até mesmo alguém.

Quando eu terminei de dizer essas palavras os olhos dela se arregalaram e ela começou a ficar nervosa.

Cadê aquela garota corajosa que estava me afrontando agora a pouco?

Ela acabou de desaparecer.

— Você sabe de alguma coisa? — Ela me perguntou nervosa.

Eu sorri e me aproximei do rosto dela. — Digamos que eu sei ler um olhar amedrontado e o seu agora está totalmente em pânico pedindo por socorro.

Ela ficou em estado de choque parada ali e como eu percebi que peguei pesado demais eu tentei quebrar o clima.

— Priscila calma eu só estou brincando, se você pretende vir mais vezes a essa casa é bom ir se acostumando com o meu humor.

Ela aos poucos foi voltando em si e como sempre acabou dizendo mais uma. — Uê eu pensei que depois de hoje a última coisa que você iria querer desejar na sua vida era me ver de novo.

Eu sorri pra ela me afastando. — Eu posso sobreviver com isso. Ah e por favor não demore eu tenho que trabalhar e acredito que você também.

Coloquei as mãos no bolso e desci as escadas a deixando parada ali.

***

Depois de alguns minutos a Priscila apareceu passando atrás de mim com a bandeja na mão, acho que ela está indo pra cozinha. Eu me levantei depressa do sofá e parei na frente dela.

O Tempo de Deus - [Livro 2] (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora