Capítulo 4

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Alice

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Alice

-Alguém que vai desejar nunca ter conhecido.

Pisco em choque. Quem esse cara pensa que é?!

-Quem é você afinal? -Aperto com força a maçaneta da porta -E o que quer?- Mantenho minha cabeça erguida e tento disfarçar meu desconforto com sua presença.

-Tyler Connor -Seus olhos não desviam dos meus -Temos assuntos a tratar -Sua voz máscula é autoritária.

-Não te conheço, acho que está me confundindo com outra Alice, o que está virando um hábito irritante -Digo mais nervosa que gostaria.

-Encontrei exatamente quem estava procurando -Sua postura é impenetrável.
Estou cada vez mais confusa e com calor, devia ter ligado o ar condicionado ou aberto uma janela.

-Licença -ele não pede permissão apenas entra em meu apartamento me deixando pasma.

-Vamos direto ao ponto -ele diz e seus olhos passeiam rapidamente pelo apartamento antes de voltar para meu rosto. Abusado!

-O que quer comigo? -Depois do que parece uma eternidade consigo falar sem tem o perigo de morder minha língua.

-Está grávida? -Meus olhos saltam das órbitas. Como ele sabe?!

-Isso não é da sua maldita conta -Minha frustração não parece incomoda-ló, ao contrário o filho da mãe sorri.

-Oh sim, com certeza é sim da minha conta -Ele afirma.

Que bosta é essa?!

-Como é? -Encaro ele sem entender uma maldita palavra.

-O sêmen que usaram em você era meu -O tom de desgosto em sua voz é evidente.
Meus olhos se arregalam com tamanha loucura. Não! Essa situação fica cada vez pior.

Me apoio na porta ainda aberta.

-Pensava que as informações sobre o doador eram sigilosas -digo mais para mim do que para ele.

-Não nessa situação -ele balança a cabeça -Mas não te interessa saber mais disso -Encaro ele totalmente fora de mim.

-Não me interessa?! -Quase grito na cara dele -Me inseminam por engano, o que já é uma loucura inaceitável, agora vem você. Um maldito filho da mãe que diz ser pai dessa criança e depois fala que os detalhes não me interessam? Se trata da minha vida -Seu rosto sério não demonstra qualquer expressão.

Quem ele acha que é para chegar na minha casa e dizer o que é ou que não é da minha conta?!

-Muito atrevida -ele me encara, se não estivesse com tanta raiva poderia até admirar como seus olhos faíscam quando olham para mim -Esperava uma mulher diferente, mimada talvez -Seu olhar passeia com acalma por meu corpo.

-Se terminou o que tinha para falar comigo, saia da minha casa -estufo o peito abrindo mais a porta para ele se retirar.

-Quando eu terminar saberá, e não se atreva a me expulsar outra vez, entro e saio de qualquer lugar quando eu quiser -Rosna para mim. Perco minha fala, conheço meus direitos e ele não pode fazer o que ele bem entender na minha casa. Aqui não!

Nada é por acaso(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora