C A P Í T U L O - 18

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Jade abriu lentamente os olhos, fechando quando a luz que entrava através da porta de vidro invadiu sem campo de visão, ela acabou se espreguiçando, esticando os braços, deixando-os caírem para o lado da cama. Ela franziu o cenho, abrindo rapidamente os olhos, se sentando na cama, segurando o lençol com uma das mãos, cobrindo os seios, não vendo Perrie, ou sinal 9algum se suas roupas espalhadas pelo quarto.

Jade soltou o lençol, levando completamente nua, pegando um hobby em sua mala, vestindo-o, logo prendendo o cabelo. Se Perrie não estivesse adorando esfregar na cara das pessoas a aliança em seu dedo, Jade diria que ela apenas usou seu corpo e agora tinha ido embora, porém, esse não fazia o estilo de Perrie, ainda mais julgando pelo fato dela amar Jade, ainda mais do que antes.

Logo a porta do quarto foi aberta, revelando uma Perrie sorridente, empurrando um pequeno "carrinho" aonde estava seu café da manhã. A loira bateu a porta com força, movendo-se até a cama, completamente corada, sorrindo abobalhada ao ver a namorada, se sentando na cama novamente, cruzando as pernas, enquanto seu corpo estava bem marcado no hobby de seda lilás.

--- Bom dia, Pezza. --- Jade disse.

--- Bom dia amor, dormiu bem? --- Perrie colocou o carrinho em frente a cama, mostrando para a mais velha o café da manhã ao qual tinha levado para as duas.

--- Você pergunta como se tivéssemos dormido calmamente a noite inteira. --- Jade balançou a cabeça negando, enquanto ria. --- Mas o pouco que dormi, foi ótimo, parece que dormi uma noite inteira, o que tem aí? --- Jade se inclinou um pouco, vendo tudo o que tinha sobre o carrinho, pegando alguns morangos.

--- Sei lá, eu pedi o café da manhã no quarto, e quando estava saindo do meu vi uma moça trazendo, então resolvi trazer no lugar dela, não seria legal ela chegar aqui e te ver dormindo pelada. --- ela balançou os ombros, pegando um taça para sobremesas, comendo a salada de frutas. --- Nosso vôo sai daqui há três horas. --- Perrie suspirou. --- Apesar de amar esse lugar, e querer ficar aqui por mais tempo, eu me lembro que a Donna não está, e então, sinto vontade de ir embora.

--- Também me sinto assim, nosso bebê está tão longe. --- Jade fez bico, e se arrastou até Perrie que estava sentada ao seu lado, colocando suas pernas sobre as dela, deitando a cabeça em ombro. --- E ainda tem o Archie, minha vontade e socar a cara dele. Mas não vamos falar sobre ele agora.

--- De jeito nenhum. --- Perrie sorriu, selando os lábios aos de Jade.

Jade se levantou pegando mais alguns morangos, e logo depois o suco de maracujá, soltando algumas risadas, enquanto comia sentada sobre a cama. Perrie estreitou as sombrancelhas, olhando confusa para a morena, que ainda possuía um sorriso enorme em seu rosto.

--- Você está estranha. --- Perrie riu.

--- Só estou pensando. --- Jade suspirou. --- Em nós, nosso futuro, os filhos que ainda vamos ter. Eu estava pensando em mais dois, um meninos e uma menina, seria maravilhoso ter um menininho loiro, com seus olhos, correndo pela casa e quebrando tudo enquanto joga bola. --- ela riu. --- E mais uma menina, para a Donna brincar de boneca, e elas mexerem nas nossas coisas, usarem nossas roupas com a desculpa de querer ficar igual as mamães... Donna Donna já fez isso uma vez.

Jade mordeu o lábio inferior, se lembrando do dia em que entrou em seu quarto, vendo Archie dormir estirado na cama, e suas roupas espalhadas para todos os lados. A pequena possuía o rosto completamente borrado pela maquiagem de Jade, usando seus saltos, pulseiras, anéis, e um vestido seu. E por mais que seu closet estivesse bagunçado, alguns batons, e sombras quebrados, e suas roupas sujas por algum batom, ou até mesmo rímel, ela achou aquela cena a mais adorável de todas, ainda mais quando Donna disse que queria ser igual a mãe, deixando Jade com uma enorme vontade de chorar.

--- Seria maravilhoso. --- Perrie murmurou, se forçando a sorrir.

Ela ainda não tinha coragem de contar a Jade que não podia engravidar, ainda não queria decepciona-la de tal forma, tendo medo de que a reação dela não fosse boa. Isso ainda à assutava e amendrontava, pois se elas tivessem mais filhos, obviamente viriam de Jade, todos, assim como Donna. Quando Perrie percebeu que seus olhos já estavam se enchendo de lágrimas, e um incômodo na garganta, ela pigarreou, se levantando da cama, e indo até a porta de vidro, olhando para a praia.

--- O que foi Per? --- Jade se levantou, indo até ela. --- Eu disse alguma coisa demais?

--- Não, eu estou ótima. Vamos para a praia? Quero aproveitar um pouco mais, antes de voltar pra casa.

--- Tudo bem. --- Jade disse, um pouco confusa, vendo Perrie andar rapidamente até a porta.

--- Eu vou trocar de roupa e já venho.

Antes que Jade pudesse responder, Perrie já tinha saído batendo a porta, deixando-a confusa e com medo de ter dito algo que ao deveria. Mas talvez aquele "segredo" apenas Perrie poderia resolver, colocando os sentimento em ordem, e criando coragem para aquilo. Mas doía, e doia muito, ainda mais sabendo que aquela ferida era aberta a cada vez que ela se lembrava do dia em aque perdeu seu filho.

Mas mesmo que ela tivesse medo, Jade estaria ali para qualquer coisa, suportando qualquer coisa ao seu lado, por que era assim que funcionava entre elas. Mesmo com erros; e decepções, e mesmo que as coisas dessem errado, uma estaria ali para a outra.





towers • concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora