B Ô N U S

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Donna & Théo

— Seu maldito. — Donna resmumgou irritada, sentindo seus ombros doerem ao ter Théo pendurado sobre ela, bêbado demais para poder andar em linha reta. — Quero matar você.

Théo riu alto, colocando sua mão na barriga e fechando os olhos caramelados. Se houvesse um prêmio para a pessoa mais irritante e irresponsável, Théo com certeza ganharia o primeiro lugar.

— Você vai ficar aqui, quieto, eu vou abrir a porta e minhas mães não podem acordar, ouviu Theodore Nelson? — Donna falou próxima ao rosto do amigo, num tom sério e apontando o dedo em seu rosto.

Théo bufou jogando a cabeça trás, apoiando no estofado do pequeno sofá que tinham na varanda da casa, colocando suas botas sujas sobre a mesinha e resmungando coisas as quais Donna não se deu o trabalho de entender. Donna vasculhou os bolsos de seu jeans a procura da chave, mas não achou, acabando por choramingar ao seu lembrar que as tirou do bolso quando estavam na casa de Sammy.

— Você é tão burra Donna Edwards, tão burra. — resmungou fechando seus olhos com força, balançando a cabeça.

— Eu andei escrevendo umas coisas nos últimos dias. — Théo resmumgou, e levantou a cabeça para olhar Donna, mas sua amiga não lhe deu a mínima.

— Escreveu o que? Um lembrete de como ser menos estúpido? — se abaixou para ver se Jade tinha deixado as chaves em baixo do tapete como costumava fazer, choramingando ao ver que não estavam.

Suas mães iriam mata-la.

Pra começar Perrie tinha deixado claro que Donna estava de castigo, por matar aulas na arquibancada da escola acompanhada de George, e também dito com todas as letras que ela não iria para festas por um bom tempo, até que aprendesse a ter responsabilidade caso quisesse dirigir o negócio da família.

Apesar de ter dezesseis anos Donna sabia bem o que queria fazer de sua vida, e ela queria ser como Perrie, apesar de ter herdado o talento de Jade para a moda e a inteligência de Archie.

Mas ela tinha feito tudo ao contrário, e ainda por cima tinha seu melhor amigo bêbado e escandaloso para esconder em seu quarto até a manhã seguinte, quando iria manda-lo embora pela janela, xingando como nunca por ser tão idiota e irresponsável, mais do que ela aliás.

Ah não. — Théo balançou a mão, e Donna se levantou irritada, puxando o cabelo para trás e pensando no que iria fazer. — Isso aí é pra você, eu sou um cara legal. — balançou os ombros sorrindo.

Donna olhou feio para o melhor amigo que não se importou com aquilo, continuando a falar.

— Escrevi uma música, ela se chama... Hum... — Théo parou para pensar, fechando seus olhos.

— Eu sou um idiota? — Donna se sentou ao lado dele, olhando para a rua vazia.

— Fall, minha música se chama fall. — Théo disse após finalmente se lembrar do nome que deu a sua música. — Ela é sobre nós. — o adolescente virou a cabeça para Donna devagar, suspirando e se perdendo em seus olhos lindos.

Théo poderia estar alcoolizado e um pouco aéreo, mas não pode deixar de notar que os olhos verdes de Donna pareciam mais claros aquela noite, os fios loiros — obviamente tingidos —, do cabelo da garota caíam em seu rosto, mesmo que estivessem preso num coque, devido a falta de paciência de Donna para pentear o cabelo.

towers • concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora