Paola narrando:
Tudo começou a girar, minha vista ficou turva e meu coração batia cada vez mais forte. Olhei para a minha mãe e de repente, tudo ficou preto e eu senti uma forte dor na cabeça como se eu a tivesse batido. Eu fui abrindo os meus olhos e fui vendo um teto branco de gesso. Olhei para o lado e tinha uma cortina bege. Olhei para o outro lado e vi minha mãe dormindo em uma poltrona. Fechei os meus olhos e tudo se apagou de novo.
Tinha um homem vindo em minha direção com um buquê de rosas vermelhas. Eu não conseguia ver o rosto dele até que ele me entregou o buquê, deixando o seu rosto visível. Era o Victor, seus lábios vieram de encontro aos meus e uma voz ao meu ouvido dizia: " Você me traiu ". Olhei para o lado e vi Fernando em uma cadeira de rodas. Depois disso, tudo foi ficando preto e eu acordei...
Paola: Mãe? - sussurrei -
Ela se aproximou e começou a chorar.
Paola: Quanto tempo eu fiquei aqui?
Val: Quase uma semana. Filha, você precisa ser forte...
Paola: Estou bem, mãe.
Val: O problema não é com você! - ela segurava minha mão -
Paolla: O que houve? Por que eu estou aqui?
Val: Seu noivo... - ela começou a chorar e me abraçou, e eu já imaginei o pior -
Paola: Ele está bem, não é? - respirando frio -
Val: Agora sim!
Paola: Onde ele está? - meus olhos latejava -
Val: Ele está no Paraguai, na capital.
Paola: Mas por que ele está na capital? Ele não estava bem?
Val: Sim, mas tem outro problema.
Paolla: Eu estou confusa...
Val: O seu noivo ficou paraplégico.
Paola: Paraplégico? - respirei - O importante é que ele está vivo!
Val: Como assim? Ele está condenado à passar a vida em uma cadeira de rodas. Você quer passar o resto da sua vida trocando fraldas de um doente paraplégico?
Paolla: O que você está falando? - indignada -
Val: É a realidade, Paola, seu noivo está paraplégico e você tem que terminar com esse noivado.
Paolla: Não importa se eu vou ficar o resto da minha vida trocando fraldas de alguém. O que importa é que eu o amo, e agora ele precisa mais de mim do que antes.
Val: Filha eu te amo mas agora ele é um paraplé...
Paolla: Cala boca! não abra mais a boca pra falar sobre isso!
Val: VOCÊ NÃO PODE FALAR ASSIM COMIGO, EU SOU SUA MÃE!
Paola: VOCÊ NÃO É A MINHA MÃE! - gritei e me arrependi -
Ela não falou nada, olhou para mim e começou a chorar, eu percebi que havia magoado a pessoa que mais me amava, então pedi desculpas na esperança de que tudo ficasse bem.
Val: Não, eu que te peço desculpas. Você tem razão, eu não sou a sua mãe. Sua mãe é aquela que te abandonou na porta daquele orfanato. Eu não sou ela, pois não seria capaz de fazer isso!
Paola: Mãe...
Ela virou de costas e se retirou, e lá eu fiquei, chorando...
Esta é uma obra fictícia, sem compromisso com a realidade escrita por Guilherme Portillo.
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Dois Amores
RomancePaola (Ana Brenda) é uma jovem moça que foi abandonada em um orfanato ainda bebê. Anos depois na véspera do seu casamento, seu marido sofre um acidente, Fernando (Jorge Salinas) fica paraplégico, não aceita isso, e acaba com o noivado. Após algum te...