Capítulo 07

189 17 0
                                    

Paola narrando:

Tudo começou a girar, minha vista ficou turva e meu coração batia cada vez mais forte. Olhei para a minha mãe e de repente, tudo ficou preto e eu senti uma forte dor na cabeça como se eu a tivesse batido. Eu fui abrindo os meus olhos e fui vendo um teto branco de gesso. Olhei para o lado e tinha uma cortina bege. Olhei para o outro lado e vi minha mãe dormindo em uma poltrona. Fechei os meus olhos e tudo se apagou de novo.

Tinha um homem vindo em minha direção com um buquê de rosas vermelhas. Eu não conseguia ver o rosto dele até que ele me entregou o buquê, deixando o seu rosto visível. Era o Victor, seus lábios vieram de encontro aos meus e uma voz ao meu ouvido dizia: " Você me traiu ". Olhei para o lado e vi Fernando em uma cadeira de rodas. Depois disso, tudo foi ficando preto e eu acordei...

Paola: Mãe? - sussurrei -

Ela se aproximou e começou a chorar.

Paola: Quanto tempo eu fiquei aqui?

Val: Quase uma semana. Filha, você precisa ser forte...

Paola: Estou bem, mãe.

Val: O problema não é com você! - ela segurava minha mão -

Paolla: O que houve? Por que eu estou aqui?

Val: Seu noivo... - ela começou a chorar e me abraçou, e eu já imaginei o pior -

Paola: Ele está bem, não é? - respirando frio -

Val: Agora sim!

Paola: Onde ele está? - meus olhos latejava -

Val: Ele está no Paraguai, na capital.

Paola: Mas por que ele está na capital? Ele não estava bem?

Val: Sim, mas tem outro problema.

Paolla: Eu estou confusa...

Val: O seu noivo ficou paraplégico.

Paola: Paraplégico? - respirei - O importante é que ele está vivo!

Val: Como assim? Ele está condenado à passar a vida em uma cadeira de rodas. Você quer passar o resto da sua vida trocando fraldas de um doente paraplégico?

Paolla: O que você está falando? - indignada -

Val: É a realidade, Paola, seu noivo está paraplégico e você tem que terminar com esse noivado.

Paolla: Não importa se eu vou ficar o resto da minha vida trocando fraldas de alguém. O que importa é que eu o amo, e agora ele precisa mais de mim do que antes.

Val: Filha eu te amo mas agora ele é um paraplé...

Paolla: Cala boca! não abra mais a boca pra falar sobre isso!

Val: VOCÊ NÃO PODE FALAR ASSIM COMIGO, EU SOU SUA MÃE!

Paola: VOCÊ NÃO É A MINHA MÃE! - gritei e me arrependi -

Ela não falou nada, olhou para mim e começou a chorar, eu percebi que havia magoado a pessoa que mais me amava, então pedi desculpas na esperança de que tudo ficasse bem.

Val: Não, eu que te peço desculpas. Você tem razão, eu não sou a sua mãe. Sua mãe é aquela que te abandonou na porta daquele orfanato. Eu não sou ela, pois não seria capaz de fazer isso!

Paola: Mãe...

Ela virou de costas e se retirou, e lá eu fiquei, chorando...

Esta é uma obra fictícia, sem compromisso com a realidade escrita por Guilherme Portillo.

©2017 TVDay Channel, Inc.

Dois AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora