Tentado pelo Juliem, um deus grego...
Juliem flagrou-me lendo a poesia que escreveu para mim assinando como, "Salvador Secreto". E com isso, me pegou desprevenido com o que eu imaginava que ele nunca teria coragem de fazê-lo para mim. Lento e sem medo de sermos flagrado pelo Iago, Juliem aproximou tanto do meu corpo que arfávamos nossas angústias.
Eu senti seu hálito quente e sua respiração pesada próximo do meu rosto. Relutei, mais eu não tinha forças para repeli-lo para longe de mim e evitar trair quem eu amava. Eu desejava o Juliem, não sabia explicar os porquês de querê-lo. Queria sentir sua boca na minha, seu corpo encostado no meu, suas mãos fortes me segurando firme.
Juliem segurou meu rosto com as duas mãos me fazendo arfar fechando meus olhos, ele era muito carinhoso e quando estava próximo em um quase um beijo, eu reagi. Olhei-o no fundo dos seus lindos olhos azuis diferenciados. Guinei o corpo me esquivando e sussurrei — Eu não posso, Juliem, me desculpe — Chorei como criança na frente dele —
Sai correndo e deitei ao lado do Iago me cobrindo, recuperando minha respiração. Cobri a cabeça e fiquei espiando quando ele voltasse se deitar. Sem sentir minha reação de nervosismo do quase beijo, eu agarrei a camiseta do pijama do Iago que ressonava dormindo. Eu me agarrei com as duas mãos na camiseta do Iago, como se eu não quisesse cair em um precipício.
Juliem deitou-se e minutos depois eu o ouvi chorando. Eu procurei esquecer aquele quase beijo. Levantei e fui ver como ele estava, podia estar sentindo dor e por isso chorava. O toquei segurando sua mão, chamei cochichado para não acordar o Iago — Juliem, sente dor?
Ele virou na cama me olhando — A única dor é no meu coração e na alma.
Suspirei — Vou dar seus remédios, está na hora.
— Não quero mais nenhum remédio. Hoje assim que der os primeiros clarões da manhã, estarei partindo para Madri e não nos veremos mais Lizandro.
— Você não pode ir, Juliem, ainda não melhorou.
— Sim eu posso e vou. Quanto mais contato visual eu tiver com você, mais sofrerei por amor, Lizandro. Você não entendeu ainda o que está acontecendo?
Emudeci atônito. Juliem declarava seu amor por mim e ele chorava sussurrando aquelas palavras. Eu o desejava muito, porém, eu não queria trair o Iago, não era o jeito de ser, traição não era comigo. Sussurrei — Juliem, isso quer dizer que você...
— Sim Lizandro, amo você desde que o vi em Múrcia naquela tourada. Lutei contra esses sentimentos mais é mais forte do que eu e você não corresponde meu amor.
Eu consegui deixar escapar um inaudível "Deus". Juliem chorava e eu nervoso chorava também por que não tinha coragem de revelar que eu sentia algo por ele, mais namoro e amo o Iago — Se acalme Juliem, eu... —Recuperei o fôlego. Juliem de olhos arregalados, esboçava um meio sorriso parecendo saber que eu gostava dele também. Gaguejei tentando ter forças — Juliem, eu... Eu não sei o que é, mais eu também... — Pausei controlando a respiração — Eu sou um Toureiro. Não posso ser como você é, bem sabe que perco o direito de tentar ser um toureiro profissional — Anuiu enxugando as lágrimas —
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Chuva de Rosas o Diário de um Toureiro - Livro 02 -
Romance...Plágio é crime, cuidado. Eu possuo os ISBN e o ISSN das minhas obras... No Livro 02 do Chuva de Rosas o Diário de um Toureiro, centenas de aventuras, amor, ódio, tristezas, lágrimas, descobertas inacreditáveis e reviravoltas que a vida dá na...