Chuva de Rosas o Diário de um Toureiro - Livro 02 -

Capítulo 08

Boas surpresas...

Ele se jogou de todo tamanho na poltrona erguendo as pernas para o alto, quicando por vezes, riu tornando se sentar — Me senti em casa, sabiam disso?

Eu disse rindo sentando em outra poltrona — Fico feliz supremo, sempre será bem-vindo na nossa casa, o senhor e toda a sua família.

Ele olhou no comandante Mario, riu já fazendo o comandante Mario sorrir, ele deveria conhecer bem o supremo e sabia que iria mexer com ele — Joga uma cerveja aqui amor — Rimos por que o comandante Mario rindo gemeu, "Meu Deus do céu". Ele era muito brincalhão — Não tenho família, é eu e minha esposa. Não temos filhos ainda, mais pensamos em ter um ao menos. Por isso adotei a mãe Louise.

— Ela é um anjo e todos que a conhece a chamam de mãe Louise, e o supremo não foi diferente.

O Supremo Virgilio me olhava sem desviar os olhos, sorriu depois de um tempo — Li? — Olhei-o — Sabia que amo a cor dos teus olhos? Eles são idênticos do meu cão, Husky Siberiano.

Juliem sussurrou — Te falei, Lizandro — Rimos —

— Não conheço essa raça de cão, Supremo.

— Vai conhecer daqui 10 dias, das touradas em Córdoba, iremos direto para Madri. Você e sua família se hospedarão lá em casa por tempo indeterminado.

— Será um prazer supremo Virgilio, e o meu pai?

— É uma emboscada que preparei. Trabalhamos nisso a semanas, Lizandro. Eu estou precisando da sua ajuda para investigar umas coisas para mim.

— Pode me adiantar o assunto?

— Um toureiro está para ser julgado e adivinha por quem? O ranzinza do supremo de Córdoba. Delataram que um toureiro profissional, é gay. Claro que o velhote não vai perdoar ele. Preciso que descubra se de fato ele é gay ou é só na cabeça do Cartiérres.

— E se ele for gay, vai bani-lo, supremo?

— Eu não, a palavra final é a minha no julgamento e o velhote está de olho em mim a tempos.

— Ajudo sim supremo.

Ele gargalhou — Nem que não quisesse teria de ajudar. Regra que se eu escolher alguém para investigar algo, este não pode se negar ajudar em nome do País.

— Não sabia disso, supremo.

Juliem suspirou — Até eu já fui investigador.

— O Juliem fala como se tivesse sido apenas uma vez investigador. Eu escolho nesses casos, somente os mais belos homens da Espanha para investigar e Juliem até então, era o premiado, agora tem o Li — Rimos —

Olhei para o Juliem e lembrei das roupas dele — Amanhã iremos comprar roupas para você Juliem. Não pode se arriscar e ir na tua casa.

O Supremo o olhou — Nem lembrei disso Juliem, peço desculpas. Depois faço um pedido de compras para você, guarda roupa completo e novo.

— Não precisa tanto, supremo.

— Você já se ferrou demais nas mãos do Pietro — Tapou a boca — Esqueci da tua família, Lizandro. É um presente para você pelo seu aniversário, Juliem.

Ele agradeceu e eu perguntei:

— Quando faz aniversário, Juliem?

— Na semana que vem e estaremos em Córdoba.

O supremo riu — Vírgula, nós — Apontou com o dedo — Estaremos lá, você está de férias Juliem.

— Senhor, não faz isso comigo, terão bastante guardiões para cuidarem de mim. Preciso trabalhar, o senhor me conhece e vou adoecer sem trabalhar.