Chapter Twenty Four

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Meus pensamentos passaram o dia inteiro voltados para a ideia de passar um dia inteiro ajoelhado dizendo " Obrigada por ser meu, Louis. " e talvez ele até merecesse que eu fizesse isso da maneira mais antiga possível - sobre o milho ou arroz -. Isso era usado bastante para castigar alguém antigamente, quando não existiam ameaças do tipo ' Vou tirar seu computador ', e eu devo ser castigado por não agradecer o suficiente pelo namorado mais-que-perfeito que eu tenho.

O relógio no painel cheio de botões do carro de Louis denunciava estarmos atrasados dez minutos, mas minha mente estava estranhamente lerda ainda processando todos os acontecidos do dia e lembrando-me a cada segundo que eu ainda teria mais porque ainda temos o jantar e a festa. E por mais que eu quisesse pensar sobre o que conversar com meu pai, sobre as inúmeras formas que eu posso mostrar à ele que aprendi na faculdade todas as malditas leis revogadas que nunca serão usadas mais e nem precisam ser conhecidas por serem inúteis e inutilizadas hoje em dia, mas mesmo assim eu conhecia bastante delas e isso deveria ser um motivo de orgulho dele, certo?

Bom, esclarecendo, parte de minha cabeça tagarelava milhões de besteiras e a outra se concentrava em relembrar meia hora atrás quando eu tinha Louis somente de boxers com as pernas envolvendo meu quadril e ambos admirando a forma deslumbrante que ficávamos debaixo do chuveiro, com a água caindo entre nossos corpos e se acumulando em seu quadril até formar uma espécie de barragem e ela escorrer por suas coxas e minhas pernas. A forma como seus dedinhos murchos, de tanto tempo debaixo d'água, traçavam linhas em meu rosto era algo tão maravilhoso que chegava a me deixar perplexo por ser tão simples e me deixar tão sem chão e tudo o que eu conseguia fazer era fechar os olhos, sorrir, beija-lo e me deleitar no som que isso fazia.

Ficar ao lado dele é algo tão simples como respirar.

Depois eu tive que controlar até as menores células do meu corpo ao vê-lo vestido com minha camiseta vermelha dobrada nas mangas e minha calça jeans também diversas vezes dobrada para não arrastar no chão. Ele definitivamente é o ser mais adorável desse mundo.

- Harry? - Uma voz baixinha me tirou de meus devaneios e eu rapidamente balancei a cabeça para clarear um pouco as coisas.

- Oh, hum?

- Chegamos, babe. - Ele disse risonho apontando para casa de meu pai alguns metros longe de nós.

- Eu desliguei - Respondi rindo e ele destravou o carro e desceu, quase correndo para conseguir abrir a porta pra mim antes que eu saísse.

- Pensando em algo... Maravilhoso? - Ele perguntou entrelaçando os dedos nos meus e me puxando pela pequena estrada de pedrinhas que dá até a porta principal da casa de Des. - Sei lá... Seu namorado?

- Você se acha muito, Tomlinson. - Grunhi e ele riu deslizando a mão da minha de forma a ficar somente nossos dedos mindinhos entrelaçados.

Paramos na soleira da porta e antes que eu pudesse respirar fundo e pensar se eu queria mesmo fazer isso, Louis bateu na porta.

- Louis! - Sibilei com raiva e ele somente deu de ombros e me soltou uma risadinha sarcástica.

- Hey Harry, é só seu pai. - Ele disse me puxando rapidamente para depositar um beijo em minha testa. Você tenta ficar com raiva de alguém e ela te faz sorrir parece dar uma raiva em dobro, mas eu não consegui segurar o sorriso ao sentir seus lábios molhados em minha testa.

A porta fez um barulho mínimo e Louis se afastou quase um quilometro de mim, colocando as mãos nos bolsos e olhando pra os próprios pés enquanto eu debatia mentalmente se deveria correr ou me jogar no chão e fingir um desmaio. Fiquei com a opção de encarar Trisha que sorria abertamente ao escancarar a porta.

Personal HealingOnde histórias criam vida. Descubra agora