Chapter Thirty Five

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(Harry)

Eu sentia vagarosamente meu corpo sendo balançado enquanto o rosto de Louis desfocava e meus pensamentos tomavam conta de tudo.

França.

Com Louis.

Uma vez, dois anos atrás, meu pai comprara passagens e até reservara quartos em um hotel de Portugal para nós dois, Zayn e Trisha. Ele achava que todos precisavam de umas férias e minha mãe precisava repensar sobre como agia comigo já que estávamos na fase inicial da chantagem com remédios. Ela não me deixou ir e eles ficaram gritando por uma hora na porta de casa, meu pai falava que eu não era mais nenhuma criança de 20 anos e que sabia muito bem fazer minhas escolhas enquanto ela gritava que eu não estava em condições de fazer "porra de escolha nenhuma". Acabou a briga com meu grito dizendo que eu não iria, para tentar faze-los pararem de gritar e me deixar em paz.

França com Louis...

Já consigo imaginar ele todo enroladinho em jaquetas, usando meus sweaters e luvas por conta desse frio europeu rigoroso enquanto sorri com esse rosto maravilhoso iluminado pelas luzes da Torre Eiffel...

- Ainda tem alguém aí dentro? - Sua risada sapeca bateu contra minha bochecha antes dele depositar um beijo demorado no local. - Ah, olha ali o Larry! Oi pessoinha.

Olhei para o lado e Larry estava ali no canto do quarto, acordando lentamente e lambendo algumas partes do próprio corpo.

Eu acho que ele estava com fome porque eu não coloco algo para ele comer faz algum tempo... Cadê eu sendo processado por maus tratos?

Levantei ainda meio instável e abri a porta pra que o gatinho pudesse ir atrás de seu vaso de comida e água lá em baixo já que recentemente ele descobriu que pode descer as escadas sem ser chutado por minha mão. Ele parecia estar dando graças a Deus quando saiu de dentro do quarto, pulando corredor abaixo.

- Hm... - Murmurei passando a mão por minha nuca até voltar a ficar na mesma posição que antes, de frente para Louis.

- Você não precisa aceitar se não quiser. - Ele sussurrou contra meu pescoço e depositou outro beijo e ficou lá por mais algum tempo, provavelmente sentindo a minha pele arrepiar sob seu nariz.

Seu rosto saiu de meu pescoço e ele me olhou por alguns segundos, piscando lentamente e descendo o olhar para meus lábios. Não está ajudando Tomlinson.

- Louis...

- Posso te beijar antes? - Ele perguntou arqueando uma sobrancelha enquanto meus dentes roçavam uns aos outros e eu tentava controlar o tremor pelo nervosismo.

Nem sei por qual motivo ele pediu, mas concordei fracamente e seu corpo se inclinou enquanto eu fechava os olhos e esperava seus lábios macios encontrarem-se aos meus. Se eu aceitasse eu iria para a França com Louis.

- Parece que eu estou beijando um robô. - Ele murmurou contra meus lábios e meu queixo, suspirando e se afastando. - Vem cá.

Minha cama de solteiro tem lá suas vantagens. Uma delas é que um deitar ao lado do outro é uma missão impossível então alguém tem que jogar um pouco o corpo em cima do outro. Outra delas é que ela parece não estar fria nunca, ao menos quando Louis está em cima, e parece tão pequena conosco em cima que cria toda uma atmosfera aconchegante e uma vontade de estar abraçado todos os minutos.

Meu corpo foi puxado pra cima do seu e agora estamos ambos sentados e na posição de antes: Sentados de frente um para o outro e eu em seu colo, minhas pernas travando em suas costas e seu nariz traçando meu maxilar.

- Eu quero ir com você... - Falei em um suspiro, suas mãos pequenas alcançaram meu quadril e dedilharam o local com uma calma absurda.

- O que você faz no ano novo? - Ele perguntou entre beijos sendo depositados ao longo de meu pescoço até meu ombro.

Personal HealingOnde histórias criam vida. Descubra agora