E a partida se iniciou... O pontapé inicial foi dado pela equipe de Marcos. Logo o loiro recebeu a bola e foi atravessando o gramado como uma flecha, até esbarrar em Luís Felipe. O bigodudo tomou a bola e a passou para mim, assim, dominei no pé e lancei a bola na grande área para Quartey. O garoto é um excelente velocista, mas na área não é muito bom.
- Vai, Quartey! Chuta! - gritei enquanto me locomovia pelo campo.
O rapaz chutou a bola com força, mas acertou a trave e o goleiro adversário segurou a bola. Quartey voltou correndo para o centro de campo enquanto a bola ia voando pelo ar, esperando ser disputada por dois marmanjos. Marcos pegou a bola e passou para Renan, que seguiu num ímpeto infernal. O psicopata é o mais rápido aluno da sua sala, por conseguinte, era praticamente impossível ir atrás dele sem ter que ter uma dupla, ao menos, para barrá-lo.
- Toma, Marcos! - gritou Renan, que cruzara a bola.
Não havia ninguém na zaga, só o goleiro mesmo. O loiro saltou para cabecear, e deu de encontro com Nathan. Marcos acertou sua cabeçada, balançando as redes.
- GOOOOOLLLL!!! - gritou Finnegan - Os Bulls abrem o placar com a cabeçada de Marcos!!!
Recomecei o jogo, passei a bola para John e fui recuando. O atacante foi com incrível impulso, driblou 3 defensores dos Bulls e tabelou com Quartey. Peter tentou ir em cima de John, mas tomou um belo chapéu e o velocista Quartey fez o gol.
- GOOOOLLL! DOS POTATOES! - bradou Finnegan, animado com o fogo da partida.
Já se partia para os minutos finais do primeiro tempo, Renan ia pelo meio, eu e Luís nos preparávamos para barrar o psicopata. Felipe seguiu num carrinho para tomar a bola, e com sucesso, ele desarmou Renan e passou para Johnny.
- Vem, garotão! - provocou Marcos.
Johnny era um ótimo driblador, a bola nos pés dele era algo lindo de se ver. O loiro Marcos tomou uma linda caneta entre as pernas. O lateral seguiu e cruzou, eu estava lá, meu jogo aéreo é bom, já fiz 2 gols de cabeçada num único jogo. A bola foi em minha direção, eu cabeceei...
- E a cabeçada de João desempata!! GOOOOLLLL! - dizia Finnegan.
O primeiro tempo terminou, estava 2 a 1 para os Potatoes. Eu não me contia de tanta alegria por estar sobrepujando o time rival. Luís me cumprimentou e elogiou:
- Parabéns, cara! Seu gol foi de grande valia!
Eu sorri e agradeci meu amigo de longa data. Assim que subíamos para o segundo tempo, Quartey avisou ao treinador:
- Treinador, eu feri meu joelho numa dividida com a defesa adversária.
Só tinha uma forma para substituir nosso velocista: o técnico me pôs no ataque e colocou o zagueiro Gaius Loughlin no lugar de Quartey. Eu não consegui entender porque eu, se Luís é mais veloz que eu e tem o chute mais forte da equipe. Apenas concordei.
As equipes estavam em campo, o árbitro apitou e eu dei o pontapé inicial do segundo tempo. John saiu com a bola e eu seguia livre diante da defesa compactada dos Bulls. Recebi o passe e chutei ao gol adversário, Peter, como um gato, saltou para seu canto esquerdo e salvou a rede espalmando a bola para fora.
- DEFESAAAAAÇA DE PETER ROCK! - berrou Finnegan exalando surpresa com o lance.
Johnny cobrou o escanteio, a bola foi rebatida para Marcos. O loiro foi correndo sozinho, adivinhe quem foi atrás dele: eu.
- Esse gol você não faz! - falei, enfurecido.
Corri com tudo, cheguei de carrinho nos pés de Marcos e cometi uma falta. Levei cartão amarelo por ter dado uma entrada pesada. A 26 metros do gol, a barreira de 3 jogadores: eu, Luís e Diego. Thomas cobrou a falta, a barreira pulou e todo mundo se movimentou para a direção da bola. Hawks ganhou a disputa e passou para Diego. O rapaz foi avançando, ele é lento, mas tem um bom passe. Recebi a bola do espanhol e Marcos veio em minha direção. Ele me perseguia como um leão perseguia uma girafa, mas não deixei o braço a torcer e driblei ele.
- Desgraçado! - gritou o loiro, irritado com a segunda caneta que tomara na partida.
Perto dos 30 minutos do segundo tempo, toquei para John e ele me devolveu num lançamento. Dominei com o peito e chutei de bicicleta. A bola bateu na trave e saiu para fora.
- Ai, que merda! - disse eu após errar o chute.
O tiro de meta foi cobrado e Marcos recebeu a bola. O loiro passou pela defesa sozinho, finalizou e empatou para os Bulls. Recomecei o jogo, passei para John e ele mandou a bola para Hawks. O lateral-esquerdo correu e cruzou para Diego, o espanhol chutou de primeira e Peter espalmou a bola para escanteio.
- É nossa última chance! - falei para Luís.
Faltando 2 minutos de acréscimo, Johnny mandou a bola para a grande área, eu cabeceei e acertei a cara na trave. A bola foi rebatida por Peter e parou em Luís. O rapaz chutou com toda sua força.
- CARALHO! - gritei ao ver o chute enquanto limpava meu nariz cheio de sangue, após esbarrar na trave.
O chute de Luís acertou o gol e o juiz apitou fim de jogo. 3 a 2, os Bulls perderam e a minha equipe se sagrou campeã do torneio da escola. Marcos estava putaço e eu recebia a medalha de ouro. Levantei o troféu prateado do torneio e foi uma festa enorme. O treinador Paul decidiu comemorar nos levando a uma pub de nossa escolha, tudo era por conta dele. Fomos a uma pub com temática nórdica, a maioria dos pratos era da culinária sueca.
Comemoramos uma vitória muito sonhada.
"Quanto mais dura é a batalha, mais doce é a vitória." - Bob Marley
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My Celtic Love
Teen FictionNa rua Killarney, em Dublin, Irlanda, vive uma jovem garota chamada Luanda. Nada como uma simples tarde na casa do namorado, assim estava Luanda com Marcos, o par da moça, até começar uma tragédia que mudou a vida da garota para sempre, mas outro ga...