Capítulo 01

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Pov. Johnny

Corria entre as árvores, sentindo o vento bater nos meus pelos, que ficava atrás da minha casa.  Minutos depois outro lobo apareceu, diferente de mim que tinha pelagem cinza escura este tinha pelagem marrom.

Ele pulou em cima de mim e começamos a brincar rolando pela folhagem seca.

Nós nos transformamos em humanos e continuamos brincando de luta até cansamos.

- Ganhei - gritei com os punhos para cima mostrando que tinha vencido.

- Ok! Ok! Vamos logo, sua mãe me mandou chamar você para comermos - meu primo, Manuel, falou e começou a correr em direção a casa.

Também comecei a correr tentando chegar antes dele.

- Ganhei! - o Manuel gritou quando chegamos na cozinha.

- Só porque você saiu na frente - falei me sentando na mesa que estava cheia de comida e meus pais, tios e primos se sentando na mesa também.

- Não seja um mau perdedor priminho - disse debochado e quase ia partir para cima dele e não fosse a voz da minha mãe.

- Nada de brigas garotos - falou se sentando na ponta da mesa, minha mãe era a alfa da nossa alcateia, então acabavamos sempre obedecendo ela.

Começamos a comer com brincadeiras e brigas entre família, dos mais novos até os adultos.

Eu me chamo Johnny Garcia e sou um lobisomem, na verdade minha família toda é de lobisomens, vivemos em uma pequena cidade dos Estados Unidos chamada Levity Stands, totalmente em segredo, as pessoas ainda acham que somos só lendas e mitos, estudo em uma escola normal com meus primos e tenho amigos humanos também, mas também recebemos lições de licontobia aqui em casa para sabermos nos controlar e sabermos mais de nossos antepassados, eu também recebo aulas de como ser o próximo alfa.

O jantar acabou e quando um acabou indo para o seu canto, eu acabei decidindo ir para o meu quatro.

Me joguei na cama pensando no que poderia fazer para me distrair, amanhã teria aula e também começaria os treinos de futebol americano, liguei a televisão que tinha no meu quarto e estava passando um daqueles filmes bobos de comédia romântica, mas acabei por começar a pensar em como seria me apaixonar, sabia que para um lobisomem se apaixonar era algo incrível, o lobisomem se tornava completamente dependente da pessoa, mas eu não conseguia me imaginar dependente de alguém. 
Cansei de pensar nisso e mudei de canal para um de luta e fiquei assistindo até acabar dormindo.

Acordei com a voz da minha tia Sófia me chamando e os meus primos, sim, moramos todos juntos. Me levantei rápido e corri para o banheiro, tinha só três banheiros para 11 pessoas, então tinha que correr para chegar primeiro em um.

Por sorte cheguei em um dos banheiro de cima primeira e tomei um banho de meia hora e escovei os dentes e o cabelo.

Saia do banheiro com os tapas da Camélia, minha prima de 14 anos, reclamando que demorei muito no banheiro. Ri vendo ela entrar no banheiro e fechando a porta com tudo na minha cara.

Foi para o meu quarto pegar minha mochila e desci para a cozinha tomar o café da manhã.

Quando acabei de comer ainda tive que esperar meus outros primos, já que eu era o único que tinha carro e eu que tinha que levar eles para a escola.

Então quando todos já estavam prontos fomos para a escola, eu e o Manuel tínhamos a mesma idade então estudamos na mesma escola enquanto os outros não.

Estacionei o carro no estacionamento da escola e saí em direção aos meus amigos, que encontrei rapidamente graças ao meu olfato.

Ficamos conversando na sala de aula enquanto o sinal não batia e o professor não estava, cinco minutos depois o sinal bateu e cada um foi para o seu lugar. Eu era o último da última fileira e meus amigos se sentavam um pouco afastados.

Senti o cheiro do professor se aproximando mas também tinha mais um cheiro estranho vindo com ele, o professor entrou sozinho mas sentia o cheiro estranho parado na porta.

- Pessoal temos um aluno novo - o professor de história falou e apontou para a porta - Pode entrar, Sr. Adams.

Um garoto de estrutura média, aparência delicada, pele branca, olhos verdes escuros quase negros e cabelos castanhos entrou.

- Pode se apresentar - o professor disse e parei de analisar ele.

- Me chamo Miguel Adams, tenho 17 anos e me mudei da Austrália - acabou a apresentação e todos aplaudiram.

- Pode se sentar ao lado do Sr. Garcia.

O garoto concordou e veio na minha direção e finalmente pode identificar qual era o cheiro estranho, ele não era humana, era um vampiro.

Deixei todos os meus sentidos em alerta para qualquer movimento dele. Mas as três aulas se passaram ele não fez nada, ficou só prestando atenção nas aulas anotando as coisas.

Quando o sinal do intervalo bateu, ele ficou na sala e eu decidi ficar na sala também de olho dele, meus amigos me perguntaram duas vezes porque ficava encarando tanto ele mas tentei desconversar, vários garotos cercaram ele tanto em cima dele, mas não captava nenhuma reação diferente dele, dava respondas curtas e objetivas.

O sinal bateu tanto o intervalo por acabado, nas três aulas seguintes também fiquei de olho nele, mas novamente ele não fez nenhum movimento suspeito.

Finalmente o sinal tinha batido e os alunos correram para fora da sala, eu ainda tinha o treino do futebol americano então ainda ficaria na escola.

Esperei o pessoal todo sair primeiro para depois eu sair também.

Foi em direção a quadra da escola onde era os jogos e os treinamentos, no meio do caminho senti o cheiro daquele vampiro e ele estava vindo na minha direção e na virada acabamos nos batendo e fomos só alguns centímetros para trás.

- Sinto muito, acho que me perdi - falou com uma voz baixa e olhando para baixo.

- O que está fazendo aqui?

- Tentando achar a saída da escola?!

- O que perguntei foi, o que você está fazendo na cidade?

- Minha família se mudou para cá pelo trabalho do meu pai, feliz? - falou levando a cabeça e nossos olhos se encontraram.

Me senti me perdendo nos olhos dele, mas não como se me sugassem, mais como se todo que eu gostasse estivesse ali. Meu corpo começou a se mexer sozinho em direção a ele, minha boca estava a milímetros da dele e sentia que ia beija-lo, parecia que eu queria isto, então...

- Johnny? - a voz de uns dos meus amigos me chamou de volta a realidade.

- Oi? - respondi meio atordoado. 

- O treino... - disse meio excitante.

- Claro, já estou indo - falei saindo de perto do garoto e indo até o Dylan.

Foi para o treino e o treinador já mandou o pessoal dar vinte voltas em torno da quadra, mas minha mente estava daquele vampiro que tinha feito alguma coisa comigo.

Amor Proibido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora