Capítulo 53

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Pov. Andy

- Você é o alfa a muito tempo? - perguntei, não estava mais co seguindo ficar em silencio, era chato, então fiz uma perguntada qualquer, só para quebrar o silêncio.

- Há seis meses - respondeu, um pouco frio.

- Sinto muito - falei meio arrependido, não imaginava que fosse a tão pouco tempo assim que o pai ou mãe dele tinha morrido, esta era a única forma de ser o novo alfa, se o antigo morresse.

Agora não sabia mais como continuar a conversar, porque de todas as perguntas eu tinha que perguntar logo esta.

- As meninas que se sentaram na mesa eram suas irmãs? - perguntei tentando arrumar a burrada que tinha feito, era estranho isto, me preocupar tanto com as palavras e se o clima estava pesado ou leve, normalmente quem cuidava dessa parte era a Emme ela sempre deixava o clima mais leve e eu não era muito de falar, então não tinha como errar as palavras.

- Sim, Meredith, Megan e Mel - disse, mas pareceu de mal grado, será que ele não gostava das irmãs, nao eu vi o sorriso que ele deu para a Mel hoje de manhã.

- Elas se parecem com você -  falei só tentando prolongar a conversa. Ele se levantou rápido e de repente, pensei que ele tinha ficado meio nervoso e iria fazer alguma coisa comigo, mas ele só se levou e puxou a cadeira para sair da mesa.

- Já acabei o café. Você já sabe, pode caminhar pela propriedade, mas nem pense em fugir, sua força esta selada e tem guardas por toda mansão - disse indo em direção a porta.

Eu realmente nao conseguia manter uma conversa com este cara, ele é super irritante, qual era o problema afinal, eu que deveria, não quer falar com ele.

Me levantei também, já que nao tinha mais nada para fazer aqui e foi para o jardim de trás como ontem, hoje também estava sol e o vento batia tranquilamente nas folhas das árvores.

Me encostei em uma e fechei um pouco os olhos, eu não podia dormir, mas quando fechava os olhos conseguia me lembrar dos momentos com a minha família. Eu era sim um viciando em games, mas sempre aproveitava e sempre apreciar quando estávamos juntos, meus pais que me ensinaram isto, eles nunca me falavam para lagar os jogos, mas aproveitar os dois com prazer.

Um pequeno raio de sol que passava pelas folhas da árvore estava batendo bem nos meus olhos, mas isto nao estava me incomodando muito.

- Está fazendo o que Júlio? - quase pulei surpreso com a voz tão perto de mim e que estava tampando os pequenos raios do sol.

- Mel? Eu estou só aproveitando o clima, afinal nao tenha nada para fazer aqui - nao quis manda uma indireta nem nada, afinal ela era a única pessoa que estava me tratando bem aqui, mas acho que acabei fazendo isto sem quer - Mas é você?

- Estou na pausa dos estudos, mas você ter que voltar daqui a vinte e cinco minutos - falou com um suspiro logo, mas logo mudou para um sorriso largo.

Isto me fez pensar na escola, nos meus amigos, nas aulas chatas e que parecia que nunca iam terminar, era tão estranho sentir um pouco de saudades disso, afinal como qualquer outro adolescente, eu só queria acabar a escola logo e nunca mais pisar lá.

- Tudo bem Júlio? - Mel me perguntou, acho que tinha ficado tão concentrando me lembrando que tinha parado completamente de falar.

- Sim, sim, desculpa  - falei sorrindo sem graça.

- Todo bem, então... - ela começou a falar sobre que tipos de aulas estava tento e ficou me perguntando se eu tinha tido elas também, algumas eu ja tinha visto ou estava vendo, e as que ainda nao falava que tinha me esquecido, afinal seria estranho um aluno que já se formou não saber matérias do primeiro ano.

Ficamos conversando por mais vinte minutos até dar a hora dela ter que voltar para a escola, deveria ser bastante chato ter aulas em casa, não tinha amigos para se conversar enquanto o professor estava de costas, também não dava para fazer trabalhos em dupla e deveria ser bastante solitário.

Quando a Mel foi embora, voltei a ficar observando as folhas e os pequenos pássaros que voavam pelo céu, isto me fez lembrar das correntes insuportáveis que bloqueavam todos os meus poderes e sentidos para de um humano, e também é claro fome, não sabia por quanto tempo poderia ficar sem tomar sangue, mas esperava que fosse até meus pais chegarem.

Percebi que ja estava escurecendo, embora eu não quisesse  suportar aquele jantar novamente com todas aquelas pessoas frias, era melhor me comportar por enquanto.

Voltei para o quarto e no caminho não me encontrei com ninguém, bom, provavelmente eles não queriam se encontrar comigo, já que todos aqui são lobisomens poderiam detectar meu cheiro.

Assim que entrei no quarto, vi o sol se pondo pela janela, isto me fez lembrar do meu aniversário de 9 anos, nao lembra motivo, mas tinha ficado com raiva e subido no telhado enquanto a festa ocorria, mas nao tinha dado nem dez minutos para meus pais subirem e me animarem, e o sol estava desse mesmo jeito.

Me lembrar deles era reconfortante e ao mesmo tempo doloroso.

Diferente de ontem, nao demorei no banho, tomei um banho rápido e foi o primeiro a chagar na mesa, como também foi o último a sair dela. Era tão triste e deprimente o modo que eles se comportaram um com os outros, como se fossem desconhecidos.

Quando já estava no quarto, e pelas horas todos ja deveriam estar dormindo, encontrei um livro, e me recordava bastante dele pela capa, era o livro favorito do pai Miguel, mas eu nunca tinha lido ele, então aproveitei a oportunidade e ali até o amanhecer, tinha entendido porque o pai Miguel gosta tanto desse livro.

Quando olhei para fora da janela, vi que daqui a alguns minutos o sol ja estaria nascendo, guardei o livro onde tinha encontro e desci as escadas até o jardim da frente onde ficavam as flores.

Assim que o sol começou a bater nas flores, algumas começaram a desapochar. Eu me lembro que quando era criança, acordava a Emme para ver elas comigo.

Estava tão concentrado admirando as flores que tomei um susto quando ouvi um barulho vindo de trás de mim, me virei tanto de cara com o Yoan me olhando.

Amor Proibido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora