Capítulo 34

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Pov. Carter 

Mais uma vez senti aquele calor nos meus dedos quando toquei no Júlio, um calor confortável e gentil que começava pelas pontas do dedo e se espalhava pelo meu corpo. 

Por mais que eu tentasse não conseguia não pensar dele um segundo sequer, isto era tão irritante. 

- Carter para de ficar sonhando e se concentre no treino - o meu pai gritou me tirando dos meus pensamentos. 

- SIM - gritei e tentei me concentrar só no boneco que estava a minha frente acertando ele o mais forte possível. 

Me foquei no treino e não pensei mais no Júlio. 

Quando já era de noite minha mãe nos chamou para o jantar, tinha ficado pelo menos umas duas horas treinando. 

Comemos em silêncio enquanto assistíamos a TV. 

- Como as pessoas podem gostar desses tipos de filmes? - meu pai reclamou com desprezo quando viu na tv falando sobre a estreia de um novo filme de vampiros. 

- Com certeza - falei continuando a comer. 

Assim que acabei de comer foi para o meu quarto e fiquei olhando para o teto pensativo.  

Isto estava se tornando tão repetitivo e cansativo, minha cabeça estava 

Acabei dormindo e acordando com o despertador do lado da minha cama. Minha cabeça estava parecendo que ia explodir, se eu não me lembrasse claramente do que tinha feito ontem, podia jurar que tinha bebido até cair e agora estava com ressaca. 

Me levantei e foi tomar um banho bem gelado, decidido a pegar uma garota hoje. 

Tomei o café da amanhã e foi para a escola. 

Assim que cheguei comecei a procurar alguma garota para eu poder ficar e achei. 

- Oi Mirella - falei me aproximando do lado dele, falando perto do seu ouvido com um sorriso charmoso. Ela era considerada a garota mais bonita do terceiro ano e estava me tanto mole deste que entrei na escola. 

- Oi Carter, como você está? - disse sorrindo para mim também. 

- Bem melhor agora que vi você - disse tentando fazer charme para ela. 

Continuei jogando charme para ela até o sinal bater e termos que entrar para a sala de aula. 

Senti uma sensação estranho no peito, mas ignorei ela completamente. 

Quando o sinal da aula bateu foi procurar a Mirella, mas no meio do caminho acabei vendo o Júlio e o mais estranho e que ele parecia ter olhado para mim também, mas logo desviou os olhos e voltou a conversar com o mesmo garoto que sempre via com ele. 

Por algum motivo, mesmo nunca tento conversado com aquele garoto eu não gostava dele, estava sempre grudado no Júlio não importava onde ele estivesse, parecia que eles iam e vinham juntos para a escola.

- Carter? - quase tomei um susto quando ouvi a voz da Mirella do meu lado. 

- Oi, quer lanchar comigo? - perguntei tentando passar minhas segundas intenções para ela. 

- Depois das aulas nós encontramos atrás da quadra de basquete - disse sussurrando no meu ouvido tentando parecer sexy, mas eu não consegui achar isto. 

- Claro, vou estar esperando você lá - falei mantendo o meu sorriso cheio de segundas intenções. Ela me devolveu o sorriso e foi para as amigas dela. 

Eu já tinha feito alguns amigos, então foi para onde eles estavam e ficámos conversando até o sinal bater. 

Depois que voltei para a sala de aula, comecei a pensar e um sentimento ruim tocou em mim novamente. Como se eu estivesse fazendo algo errado. 

Ignorei isto e quando o sinal de ir embora bateu, peguei minhas coisas e foi para detrás da quadra, ficaria com ela por uns quinze minutos e depois ia para o treino de basquete. 

- Demorei? - perguntei chegando perto dela. 

- Nem um pouco - falou também se aproximando de mim e colocando seus braços em torno no meu pescoço. 

Meu corpo estava ficando pesado e a sensação ruim estava ser tornando horrível. 

Coloquei minhas mãos na cintura dela sentindo suas curvas e aproximando nossos corpos e seus peitos bateram no meu, todo estava ali, cabelos longos, curvas, peito grande, um cheiro doce, então porque não estava a vontade com aquilo. 

Já estava a centímetros da boca da Mirella quando ouvi um baque, alguma coisa tinha caído perto de nós, me afastei da Mirella rapidamente e olhei para onde tinha vindo o barulho. 

O Júlio estava parado, quase estático, na nossa frente. O baque que tinha ouvido era dos seus livros que tinha caído no chão. 

- S-Sinto muito - pediu gaguejando e recolhendo os livros depressa para depois sair quase correndo, por algum motivo meu coração se apertou quando vi isto. 

- Sinto muito pelo meu primo ter nos atrapalhado. Que tal continuarmos? - a Mirella disse tentando parecer sexy no meu ouvido e se aproximando mais de mim, deixando seus seios quase colados em mim. 

- P-Primos? - falei em um sussurro que duvido que ela tivesse escudado. Comecei a passar mais mal do que já estava, então eles eram primos, agora que olhava melhor eles tinham uma certa semelhança, nada muito grande - Sinto muito, eu tenho que ir. 

Falei apressado e comecei a correndo para onde o Júlio tinha corrido, mas só percebi isto quando encontrei ele agachado escondido entre os armários e quando cheguei mais perto, pode ouvir um choro baixinho. 

- O que você quer? - ele me perguntou sem olhar para mim. Achei meio estranho de primeiro, mas provavelmente ele só me ouviu chegando. 

- Eu... Eu - estava paralisado, não sabia o que falar e como qualquer pessoa nessa situação falei a primeira merda que me veio na cabeça - Você esta bem? 

Ele levantou a cabeça e pode ver pequenas lágrimas caiam por todo seu rosto, ver ele assim me deu uma pontada no coração. 

- Acabei de ter meu coração partido. O que você acha? - falou com os lábios rosados tremendo e quando absorvi o que ele tinha tido, uma raiva descontrolada se apossou de mim. 

Me aproximei dele segurando seus braços, afastando do seu corpo para ele olhar diretamente para mim. Seu rosto parecia surpreso mas não estava ligando para isto. Colei minha boca com a dele com força, pode sentir seu gosto, era doce e frio, tentava forçar mais minha boca contra a dele, então percebi ele batendo no meus ombros como se tivesse mantanto eu me afsstar. Foi então que percebi o que estava fazendo. 

- O que...? - ele falou chocado e com a mão na boca. 

O que eu tinha feito? Acabei saindo dali correndo sem falar nada. 

Amor Proibido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora