Pov. MiguelFiquei vendo o tio dele cuidando dos ferimentos e me senti horrível por não saber ajudar, mesmo depois dele ter me protegido.
- Ele vai ficar bem, não vai? - perguntei olhando para o Johnny preocupado.
- Vai sim, não se preocupe - falou com um sorriso e saiu do quarto.
Queria ficar ali até o Johnny acordar, mas sabia que não era bem vindo.
- Já está indo?
- Sim, é melhor. Sei que a mãe dele não gosta de mim...
- De um pouco te tempo para eles - falou com um sorriso gentil mais uma vez.
Concordei e me despedi dele.
Quando cheguei em casa, meus pais já estavam sentados na sala com o Cásper.
- Que cheiro de cachorro filho - meu pai falou trampando o nariz, assim como a minha mãe e o Cásper.
- Estava na casa do Johnny - expliquei.
- Então os pais dele já sabem? - minha mãe perguntou.
- Sim, mais ainda não aceitaram muito bem.
- Bom... Vai tomar um banho, seu irmão está quase sufocando aqui - minha mãe disse e concordei rindo. Já tinha me acostumado com este cheiro de cachorro por passar tanto tempo com o Johnny então nem ligava mais.
No banho fiquei pensando no ataque que tinha sofrido na colina, o Johnny podia ter morrido e o meu bebé também, comecei a chorar copiosamente abraçando forte minha barriga. Quando me acalmei, sai do banheiro e foi para sala para conversar com os meus pais.
- Mamãe, papai? - chamei a atenção deles.
- Sim?
- Eu e o Johnny fomos atacados - falei logo, antes cair em lágrimas novamente.
- O que? Conte isto melhor - minha mãe pediu tanto um espaço no sofá para eu me sentar.
- Estávamos numa colina e de repente um lobisomem apareceu e nos atacou, e falou que iria tirar esta abe... O bebê te mim - disse e não aguentei e comecei a chorar.
- Calma filho - minha mãe falou me abraçando.
- Se ele tivesse conseguido? Se o Johnny não tivesse lá... - perguntei com medo, chorando mais.
- Calma! Calma! Ele estava lá e nada aconteceu ao meu netinho - meu pai falou fazendo um carinho nas minhas costas.
- Porque você está chorando, irmão? O bebê não tá bem? - o Cásper perguntou fazendo uma carinha triste para mim.
- Ele está bem, sim, filho - minha mãe falou antes de mim
- Vou pegar um sangue fresco para você - meu pai disse se levantando e indo para a cozinha e voltando com um copo de sangue A , seu favorito!
- Obrigado pai - falei pegando e bebendo um pequeno gole. Fiquei bebendo em pequenos goles até me acalmar.
- Mas porque atacaram ele e quiseram machucar o bebê? - minha mãe perguntou aos cochichos para o meu pai.
- Não sei, mas vou investigar isto. Não se preocupe, ninguém vai machucar nosso filho e neto - meu pai respondeu com uma voz firme.
Passei a noite toda vendo filmes de comédia para me distrair um pouco, mas não conseguia relaxar, até pedi para os meus pais ficarem comigo.
Quando amanheceu foi me arrumar para a escola, mesmo meus pais falando para eu faltar hoje, mais tinha uma pequena esperança de quanto entrasse na sala de aula o Johnny estivesse lá. Mais minhas esperanças acabaram quando não vi ele sentado e o Manuel encostado na parede.
- O Johnny ainda não se recuperou? - perguntei para ele.
- Ainda não.
- Entendo - disse mordendo meus lábios me impedindo de chorar.
- Você quer ir vê-lo depois da aula? - o Manuel perguntou me pegando de surpresa.
- Eu posso?
- Sim, meu tio Lion pediu para te convidar.
- Quero sim, obrigado - disse abrindo um sorriso sem mostrar os dentes.
- Você está bem?... Sabe... Depois do... - perguntou sem jeito.
- Estou, mais ou menos. Mais... Porque ele queria me atacar. Isto eu não entendo - falei e meu sangue começou a esquentar por eu estar nervoso e também comecei a respirar mais rápido.
- Ei! Calma, não é bom você se estressar.
- Você tem razão. Obrigado.
O sinal bateu e ele foi para a sala dele.
Na hora do intervalo, o Manuel também veio me acompanhar.
- Desculpa, mas porque você está me seguindo? - perguntei tentando não ser grosseiro.
- O tio Lion pediu, sabe... Como precaução pelo que aconteceu ontem - explicou e agradeci a ele.
Como no dia anterior foi para o banheiro para poder comer.
- Ei! Você está bem? Estou sentindo cheiro de sangue - perguntou e podia sentir sua preocupação.
- Sim, estou... Comendo - disse meio sem jeito, eu lembrava quando disse isto para o Johnny, ele quase vomitou, embora seja uma informação comum para as pessoas, quem sabe que existimos ou não.
- Ok! Vou ficar lá fora - concordei com a garganta e ouvi ele sair, meu coração tinha ficado mais aliviado por saber que poderia ver o Johnny depois da escola.
Acabei de comer e saiu do banheiro vendo o Manuel parado do lado da porta e foi para sala de aula.
Quando o sinal do final das aulas bateram, peguei meu carro e segui ele até a casa deles.
- Oi Miguel!
- Olá Sr. Lion.
- Não precisa me chamar de sr. O Johnny está lá no quarto dele, segundo andar, última porta a esquenta - falou com um sorriso gentil e agradeci a ele. Subi as escadas com um pouco de medo da mãe do Johnny, a alfa da casa, me expulsar daqui.
Entrei no quarto que ele tinha falado e o Johnny estava lá deitado, mas não sabia se ele estava dormindo.
-Johnny? - perguntei baixinho
- M-Miguel?
- Sim! Você está bem?
- Sim, daqui a pouco vou estar melhor.
Alguém bateu na porta de leve só para chamar a nossa atenção, era uma menina de provavelmente 13-14 anos, ela lembrava um pouco o Manuel.
- Você que é o Miguel? - me perguntou.
- Sim! Prazer - falei e ela abriu um sorriso pequeno.
- Prazer Camélia! Parabéns pelo bebê - disse me tanto um abraços de cinco segundos.
- Obrigado - falei meio envergonhado.
Ela saiu do quarto e nos deixou sozinhos novamente mas começamos a ouvir vozes exaltadas no andar de baixo.
- Passamos a noite inteira vasculhando aquele floresta e nenhum rastro - a voz da mãe do Johnny falou alta e raivosa.
- Devia ser um profissional mas porque ele atacou o Johnny? - uma voz masculina perguntou e ouvi eles subindo as escadas.
- Johnny, você se lembra de alguma característica do lobisomem que o atacou? - um dos homens que estava com a mãe do Johnny perguntou.
- Não - negou com a cabeça.
- Eu... Eu lembro de algo - disse meio receoso, nenhum dos três tinha olhado para mim deste que entraram no quarto.
- E o que seria? - o homem mais velho dali, perguntou.
Um brasão que ele usava na camisa... - parei um pouco procurando um papel para desenhar e levou uns cinco minutos para eu poder desenhar o brasão que tinha visto - Aqui.
- Este é o brasão de uma alcatéia da cidade do lado - a mãe do Johnny falou e ficou um silêncio desconfortável do outro, todos pareciam estar pensando em algo.
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Amor Proibido (Romance Gay)
Teen FictionUm lobisomem e um vampiro, inimigos naturais, mas que se apaixonaram mesmo assim. Suas famílias não aprovam seu relacionamento, mas o que fazer quando já se tem uma nova vida a caminho, metade vampira, metade lobisomem, uma nova espécie mais podero...