Capítulo 13

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Pov. Johnny

- Johnny! - a voz do Miguel soou nos meus ouvidos, vi ele descendo as escadas e correndo até mim.

Era tão bom sentir o cheiro dele depois de uma semana, tinha sido angustiante não saber se ele estava bem ou não.

Depois que ele não apareceu na segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, fiquei muito preocupado, e até pedi para a Julieta que tinha se tornando uma grande amiga dele ir na casa dele na quinta-feira entregar um bilhete para mim.

E quando recebi a carta na sexta-feira queria ler o mais rápido possível, mas tiveram vários contratempos e só pode ler a carta dele no sábado de manhã, antes da minha família acordar.

'Meus pais descobriram sobre nós dois e sobre nosso filho também. Não me deixam mais sair de casa, mas estão me dando bastante sangue então não estou passando fome. Eu te amo Johnny. Te amo muito. Você e nosso filho que cresce dentro de mim'.

Assim que terminei de ler saí correndo de casa pegando o meu carro.

Parei na frente da casa do Miguel e comecei a bater na porta chamando por ele, uma mulher parecida com ele abriu a porta e minutos depois ele veio correndo para mim e estávamos assim agora.

- Rummm rumm - a mãe do Miguel fez um som com a garganta chamando a nossa atenção.

- Mamãe, eu...

- Vão para o seu quarto. Não se preocupe, não irei falar nada para o seu pai, mas sejam rápidos - o Miguel agradeceu e me levou até ao quarto dele.

- Estava com tanta saudades suas - falou quando entramos no quarto dele, abracei ele forte mas com cuidado para não machucar o bebê.

- Eu também estava morrendo de saudades suas e do nosso filhote - disse tanto um leve selar na barriga dele e depois nos seus lábios.

Ficamos nos beijamos lentamente, só aproveitando o pouco momento que tínhamos. Um cinco minutos depois ouvimos a porta batendo.

- Já está na hora dele ir - a mãe do Miguel falou olhando para ele e depois para mim.

- Mamãe... - tentou falar com ela mas ele o interrompeu mais uma vez.

- Falaremos sobre isto depois.

Olhei uma última vez para o Miguel, mas a mãe dele trampou minha visão dele, me acompanhando até a porta. Suspirei olhando uma última vez para a casa e foi embora.

Quando cheguei em casa, me assustei com a minha mãe no meu quarto com o bilhete do Miguel nas mãos.

- Mãe? - perguntei com medo.

- O QUE É ISTO JONATHAN? - minha mãe perguntou nervosa quase rasgando o bilhete nas mãos.

- Mãe?

- FALE.

- E o que a senhora está lendo, eu estou namorando um vampiro e ele está grávido de um filho meu.

Foi rápido, minha mãe me deu um tapa na cara que me fez voar longe.

- E você ainda está com o cheiro dele.

- Luísa o que aconteceu? - minha mãe não falou nada, só entregou a carta para os meus tios que tinham chegado quando ouviram o barulho, não tirando os olhos de mim.

- Johnny isto é...

- Ele falou que está namorando um vampiro nojento e que vão ter um filho - minha mãe falou com nojo da parte do vampiro e que ele teria um bebê, eu sabia que minha família não gostava de vampiros, diferente de mim e dos meus primos, eles já tinham enfrentados eles, e foi assim que meus avós morreram quando eles ainda eram adolescentes.

- Mãe... Eu tive uma ligação com ele.

- Do que você está falando?

- Meu lobo escolheu ele mãe.

- Não! Isto não é verdade. Nunca ouve um lobo que escolheu um sanguessuga como parceiro - minha mãe falou, ela estava começando a se descontrolar, seu lado animal já estava quase aparecendo, o que era muito perigoso para um alfa, meus tios pareceram perceber isto e se aproximaram na minha mãe.

- Vamos Luísa - meus tios puxaram ela para fora do quarto

Manuel se aproximou de mim quando eles saíram.

- Minha mãe me odeia - falei com a voz embriagada por tentar segurar o choro.

- Ela não te odeia, ela só precisa te tempo para se acostumar. Como foi comigo também, só precisei de um tempo - Manuel tentou me consolar. Queria acreditar nele, queria acreditar que minha mãe só precisava de um tempo para se acostumar mas tinha medo disto não acontecer.

Durante o dia todo o clima em casa ficou estranho, até os menores, Gabor de 13 anos, Fiona de 10 anos e até a Mirella de 4 anos, perceberam que algo estava errado em casa.

A Camélia veio falar comigo de tarde, contei toda a verdade para ela, afinal ela ia saber pelos seus pais ou pelos tios. Contei que estava namorando um vampiro a dois meses e que ele estava grávido, de primeiro ela ficou em choque mas depois de quinze minutos ela pareceu, parcialmente, aceitar.

Me deu os parabéns por ser pai e saiu do quarto.

Fiquei a tarde toda dentro do quarto, lá embaixo no primeiro andar, não conseguia ouvir a barulheira de costume, o Manuel que veio me trazer comigo.

Minha mãe e meus tios, os irmãos dela, estavam trancados no escritório dela deste que tinha tinham descoberto meu namoro com o Miguel.

- Tio Lion?

- Oi! Podemos conversar um pouco?

- Claro

- Que me contar sua história? - fiquei em silêncio meio sem saber se devia ou não, mas mesmo assim ele se aproximou e se sentou do meu lado na cama - Você sabe que vim de outra alcatéia, não sabe? - concordei - Bom, ela era um pouco maior e lá, por eu ser um ômega não era aceito, nem meus pais gostavam de mim, pensei que nunca encontraria ninguém, mas encontrei seu tio e ele me aceitou por quem sou, a família dele me aceitou. Agora pode estar sendo difícil, mas já tem pessoas que apoia você.

Entendi o que ele queria, ele falou sua história primeiro para eu me sentir mais confortável.

- Obrigado tio. Eu conheci o Miguel na escola, ele tinha acabado de se mudar, eu fiquei na defensiva com ele quando vi que ele era um vampiro, mas antes de perceber estava louco por ele, não entendi até que me conectei com meu lobo e percebi que tinha uma ligação com ele - desabafei - E ele falou que também gostava de mim, e começamos a namorar.

- Só te um tempo para eles se acalmarem - disse me tanto um beijo na testa e saiu do quarto.

Me joguei na cama e fiquei olhando para o teto, queria acreditar nas palavras deles que eles só precisavam de tempo.

Amor Proibido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora