Capítulo 36

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Pov. Carter

Eu estava me sentindo um completo idiota, por ter saído correndo daquele jeito e para melhorar eu tinha beijado um garoto. Eu não era gay então porque estava agindo assim.

Não consegui dormir a noite inteira pensando nisso. 

Na manhã seguinte a Mirella veio falar comigo perguntando porque tinha corrido e tive que inventar uma desculpa para isto. E quanto ela tentou ficar comigo de novo também.

Na hora do intervalo fiquei viajando, pensando em como todo estava confuso, queria gritar e depois todo se resolveria como em um passe de mágica, mas isto não iria acontecer.

Na saída, assim que o sinal bateu, foi para o banheiro, mas dois minutos depois que eu entrei o Júlio entrou atrás de mim.

As palavras dele me deixaram chocado, mas ao mesmo tempo feliz.

Ficamos um momento em silencio depois que acabei de beijar dele.

- Qual é seu nome? - me perguntou e pode perceber a vergonha dele, ele era muito fofo. 

- Carter. Carter Löhnhoff - falei sussurrando no seu nome.

- Júlio Garcia - ficamos abraçados por um tempo até ele se afastar - Eu tenho que ir, meu primo esta me procurando.

Concordei com a cabeça e ele saiu do banheiro. Assim que ele saiu não me aguentei mais em pé e acabei caindo sentado.

Será que aquilo que eu disse era verdade. Eu gostava dele?... Sim, era verdade, não sabia como mais tinha começado a gostar dele deste o primeiro momento que tinha visto ele.

Acabei indo para a quadra de basquete treinar e depois foi para casa.

A todo hora minha cabeça estava a mil ou estava viajando.

O que eu estava fazendo me confessando para um garoto? E beijando um.

Não podia ser, eu era gay? Não. Não. Não. Meus deus minha cabeça estava uma confusão.

Acabei dormindo sem nem jantar, mas por algum motivo quando acordei me sentia mais leve e decido.

Eu não era gay, mas gostava do Júlio e isto não ia mudar e também não ia mais me importar com isto.

- Ei! Se você não for tomar banho logo vai se atrasar - a Cristina disse na porta. Concordei com ela e me levantei para o banheiro.

Agora que tinha me decido, que não ligaria mais para isto, parecia todo mais claro e simples.

Acabei o banho e foi tomar café.

Assim que entrei na escola, meus olhos procuraram pelo Júlio mas não achei ele, até sentir alguém me cutucando no ombro.

- Oi! - o Júlio falou com as bochechas levemente coradas, ele ficava bem fofo assim.

- Oi! - respondi também meio envergonhado, não sabia direito o que falar, tinha passado quase três semanas só olhando ele de longe.

- Que broxante, vocês estão mesmo namorando? - o menino que estava sempre ao lado dele falou.

- Kion! - o Júlio  disse um pouco alto, como se repreendesse ele.

- O que? Não falei nada demais - o menino, que agora sabia que se chamava Kion, disse e foi embora tanto um tchau, mas tinha um sorrisinho meio malicioso na cara. Ele me fez pensar que tipo de relações eles tinham.

- Sinto muito, algumas vezes ele fala demais - o Júlio falou e suas bochechas vermelhavam ficavam mais a mostra graças a sua pele palita.

- Tudo bem... Mas somos namorados? - perguntei. Queria ter certeza, pela primeira vez na minha vida eu queria namorar alguém, e está pessoa era um garoto, mesmo já tento aceitado ainda parecia surreal.

Ele não me respondeu, parecia ter ser fixisado em um ponto, comecei a duvidar se ele tinha me ouvido.

- Eu... Sinto muito - falou saindo correndo, não entendi porque ele tinha saído correndo mais foi atrás dele, mas bem nessa hora o sinal bateu e tive que ir para a minha sala.

Durante as aulas não pode esquecer a expressão que ele tinha feito, parecia ferido e prestes a chorar.

A primeira coisa que fiz quando o sinal bateu foi procurar pelo Júlio, que mais uma vez estava na companhia daquele menino, Kion.

- Eu posso falar com você? - perguntei olhando diretamente nos seus olhos, mesmo parecendo que ele estava desfiando.

- Eu... - tentou me responder, mas o Kion acabou atropelando ele.

- Ele vai está de esperando atrás da escola - disse e puxou ele. Fiquei meio com ciúmes disso, mas foi para detrás de escola como ele tinha falado.

Três minutos depois o Júlio apareceu. Ele estava com a mesma cara triste de manhã, não gostei nada de ver ele desse jeito. 

- Por que você saiu correndo daquele jeito? - perguntei, sei que foi sem delicadeza e direto, mas aquela cara dele me deixava angustiado.

- Sinto muito... - começou mas logo parou, mordeu os lábios como se estivesse indeciso se devesse continuar a falar - O que somos?

Não sabia direito o que falar, nem sabia se tinha entendido direito a pergunta. Foi então que me lembrei da nossa conversa de hoje cedo e talvez ele tenha entendido errado minha pergunta.

- Desculpa, melhor eu perguntar direito. Você quer namorar comigo? - perguntei sendo direto para não ter mal entendidos.

Ele me olhou pela primeira vez deste que tinha chegado aqui, seus olhos estavam abertos surpresos e já estava quase pensando que ele iria falar não quando ele começou a balançar a cabeça rapidamente em sinal de sim.

Me aproximei dele e juntei em nossos lábios em um simples selar.

- Quem é aquele menino que esta sempre com você? - perguntei depois de alguns minutos que ficamos só nos beijando.

- Meu primo Kion - falou de modo inocente.

Me senti bobo por sentir ciúmes do primo dele.

Amor Proibido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora