♙ 24 - Notícias Dolorosas ♙

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Alfonso: mas eu não escrevi nada para você - disse confuso, Anahí o encarou e negou com a cabeça o deixando a sós com Angelique - Não, você não vai fugir de mim novamente - saiu correndo atrás dela a segurando pelo braço a prensando contra a parede - precisamos conversar, eu não enviei nenhum e-mail para aquela garota. 

Anahí: assim como não engravidou a Dulce? Pois os fatos dizem o contrário - Alfonso bufou rolando os olhos. 

Alfonso: eu não sabia da existência daquela gravidez está legal? Eu estava bêbado naquele dia, eu posso até ter oferecido dinheiro a ela, mas nunca disse que não era o pai - ela arregalou os olhos para ele incrédula. 

Anahí: como pode falar desse jeito? Como se essa criança não fosse nada? - negando com a cabeça e tentando se retirar mas ele a puxou novamente pelo braço. 

Alfonso: você pode achar que eu sou um monstro por isso, mas imagina só o quanto essa criança irá sofrer tendo a Dulce como mãe,  ela fará a criança de cartão de crédito - ela apenas engoliu o seco, não sabia o que responder naquela situação - se ela resolver ter, tentarei ter a guarda para pelo menos cuidar dele. 

Anahí: não importa tão má a Dulce seja, mas uma criança precisa da mãe por perto Alfonso eu bem sei como uma mãe faz falta e acredito que você também - ele apenas engoliu o seco a deixando sair, o seu dia não poderia ficar pior do que já estava. 

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Dulce: Anahí o que houve, brigou com o Alfonso novamente? - negando com a cabeça sem a deixar passar pela porta - para que tanta pressa? Você será a madrasta do meu filho, sabe como é vai ter que cuidar dele quando eu quiser sair, até porque eu não irei viver encarcerada por causa de um bebê - Anahí bufou. 

Anahí: me dói ver o quanto você é uma piranha superficial Dulce, eu lamento mesmo por essa criança, mas se quiser ter alguém para cuidar dela contrate uma babá, pois eu não sou sua escrava - a empurrando e passando pela porta indo direto para o quarto. Aquilo tudo estava passando de todos os limites. 

Angelique: olá aqui é a Vega? - Dulce rolou os olhos, não estava com saco de ter que aturar calouros naquele dia, apenas concordou com a cabeça - prazer eu sou a Angelique Boyer - Dulce olhou para a mão dela estendida e apertou levemente - sou a irmã da Anahí, soube que ela também está aqui - Dulce sorriu torto. 

Dulce: sabe a Anahí nunca me falou que tinha uma irmã, mas ainda bem que você veio ela não está passando por bons momentos coitadinha - fingindo está preocupada, mas Angelique apenas bufou entrando e se sentando no sofá. 

Angelique: eu não me importo com o que esteja acontecendo com ela, na verdade cansei até de bancar a irmã má com ela, agora só quero saber de mim e dos gatinhos do campus enquanto as aulas não começam - Dulce mordeu o lábio inferior, não lutou tanto para tirar uma novata da república para colocar uma inútil que não faria nada para a ajudar. 

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Alfonso já estava com dores nos punhos de tanto enviar mensagens para a Anahí, mas ela não retornava nenhuma e nem a visualizava o que o deixava ainda mais preocupado, ela pode ter entendido errado o que ele disse, mas a Dulce nunca seria uma boa influência para criança nenhuma, muito menos aquela que ela só engravidou para ter vantagem, decidindo ir a procura dela na Vega, precisavam conversar melhor, tudo estava um caos e ele por mais egoísta que fosse precisava dela.

Angelique foi até o quarto da Anahí batendo na porta mas ela não atendeu, bateu ainda mais e continuou insistindo até que ela atendeu com os olhos inchados pelas lágrimas e o rosto completamente vermelho. 

Anahí: o que quer? Veio rir da minha cara ou mandar eu fazer alguma coisa para você? Lembrese que não estou mais na casa da sua mãe, aqui eu não sou obrigada a mais nada - Angelique concordou com a cabeça. 

Angelique: só queria te dizer que a minha mãe mentiu, a carta que a sua mãe enviou foi quando você tinha cinco anos e ela pegou nos correios e só entregou ao seu pai naquele dia, ele não morreu por causa da carta, mas porque soube que a sua mãe morreu alguns meses depois da data de envio da carta - Anahí estava sem saber como respirar, seu corpo estava paralisado - me desculpe Anahí ter te contado apenas agora, mas só soube a verdade a um mês atrás quando ouvir a minha mãe conversando com minha irmã - rindo fraco - nem elas confiam em mim, mas agora vou pro meu quarto - se retirando e a deixando sozinha parada na porta do quarto.

Anahí se agachou na porta aos prantos quando Alfonso a encontrou, ele não disse nada apenas se agachou a abraçou, seu coração doía muito em ver ela naquele estado, principalmente se fosse por causa dele. 

Anahí: a minha mãe... - disse se agarrando a camisa e apoiando a cabeça no ombro dele - ela morreu mesmo Alfonso... - fungando - morreu e ela nem pode se despedir de mim - chorando ainda mais nos braços dele. 

Ela não disse mais uma palavra, seu choro variava ao ponto dela tremer nos braços dele se acalmar e depois o ciclo se repetir novamente, ele a guiou até a cama, trancou a porta do quarto e se deitou ao lado dela, que repousou a cabeça no peito dele, sua respiração estava se acalmando. 

Alfonso: como soube sobre a sua mãe? - ela o encarou e ele passou a mão na parte de trás da cabeça dela. 

Anahí: a Angelique me contou que soube que ela morreu quando eu era criança, pior é que eu pensava que ela estivesse morta, depois que li aquela carta me veio uma esperança enorme dela estar viva, mas agora descubro que foi apenas uma ilusão - ela abaixou a cabeça afundando o rosto no peitoral dele.

Alfonso: eu sinto muito, sei o quanto é difícil perder os pais - beijando a cabeça dela sutilmente e não disseram mais nada, apenas ficaram abraçados, enquanto Anahí se acalmava, Alfonso torcia para aquele momento dela aos seus braços durar a eternidade. 

GONE (Ponny) [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora