♙ 19 - Talvez Depois ♙

823 65 6
                                    

Alfonso acordou na manhã seguinte com a cabeça à beira de explodir, confuso por não saber onde estava, mas logo seus olhos foi reconhecendo aquele lugar e ao olhar quem estava ao seu lado xingou a si mesmo, não estava acreditando naquilo, mas assim que tentou sair da cama Dulce acorda com um sorriso nos lábios.

Dulce: meu amor - tentando o beijar, mas o mesmo virou o rosto, ela o encarou confusa - o que houve? - tentando acariciar o rosto dele, mas o mesmo retira as mãos dela do rosto e as segura com suas mãos.

Alfonso: seja lá o que aconteceu entre nós, não irá mudar nada - e as solta bruscamente e sai pelo quarto catando suas roupas e as vestindo às presas, mas assim que sai do quarto, mais uma surpresa desagradável e aquele dia estava ficando ainda pior, Anahí estava parada no corredor o encarando com um misto de expressões confusa, raivosa, chocada, enojada e decepcionada.

Anahí: não acredito que ainda me sentir culpada pelo seu desaparecimento - bufando e jogando o cabelo para trás com a mão esquerda - você é um completo idiota! - ela tenta sair, mas ele a puxa pelo braço para si.

Alfonso: acho que precisamos conversar - fazendo uma careta pela dor de cabeça e ela se solta dos braços dele.

Anahí: conversar? - rindo sarcasticamente - acho que você me confunde com analgésicos, pois sempre que me procura tá de ressaca - rolando os olhos - eu quis conversar, quis me explicar, mas você nem me deu a chance, por que teria que dá a você? - Alfonso apenas a encarou e engoliu o seco, Anahí bufou e voltou para o seu quarto, trancando a porta e logo em seguida se jogando na cama em posição fetal não contendo as lágrimas.

Amanda que estava no quarto ao lado ao de Dulce saiu ao ouvir vozes no corredor e assim que o viu bateu no seu ombro com força.

Amanda: eu fiquei a noite toda preocupada com você, tudo o que tinha programado para fazer advinha só, não rolou por sua causa! - Alfonso respirou fundo, estava controlando a raiva e seus músculos.

Alfonso: cunhadinha linda, deixa eu te falar uma coisa, não sou mais uma criança está bem? - Amanda o olhou e pela forma que a roupa estava nele e no local em que se encontrava fez com que tudo ficasse claro na sua cabeça.

Amanda: mas não é o que parece, não acredito que enquanto tudo mundo te procurava feito loucos e você se afundando na vagina da Maria! - Alfonso rolou os olhos se recostando na parede.

Alfonso: pode acreditar que estou tão em choque quanto você, nem sei como vim parar aqui - Amanda bate na cabeça dele o fazendo gemer pela dor que já estava ruim e agora se intensificou.

Amanda: você é muito idiota, mas pelo o estado que te vi ontem... - Alfonso bufou já sabendo o que vinha pela frente - não acredito que subestimei a Maria! - Amanda se distância de Alfonso e bate na porta de Anahí, mas antes que a porta abra ele se levanta e a afasta da porta - o que foi?

Alfonso: por favor, poderia convencer a Anahí a conversar comigo? - a resposta veio com um sorriso inesperado e amistoso de Amanda.

Amanda: quem sabe, talvez depois ela queira conversar contigo ou talvez ela pode simplesmente ter que conversar contigo - Alfonso a encara confuso, Anahí finalmente abre a porta e Amanda o deixa sozinho no corredor.

Assim que Amanda entra no quarto fica clara que a situação não estava nada boa, Amanda abraça e a deixa chorar no seu ombro, ela estava gritantemente precisando deste tipo de carinho e ela não conversam sobre nada apenas ficaram sentadas juntas e abraçadas.

No domingo o dia não poderia ser mais deplorável, Dulce estava tão sorridente que parecia está em um comercial de creme dental, Amanda apenas a observava, fazia tempo que não a via tão feliz e aquilo só significava uma coisa: estava aprontando, e ela precisa saber o que era.

Quando a segunda feira chegou, até o tempo estava começando a ficar nublado o outono estava se aproximando e seus efeitos já estavam sendo sentidos.

Alfonso: conversou com ela? - Amanda levou à mão ao peito pelo susto, ela estava caminhando no corredor à caminho da sala de aula.

Amanda: primeiramente bom dia, segundamente não falei nada com ela, não quer que eu dê um tiro nela? Seria mais fácil que tocar no seu nome - Alfonso rola os olhos - e não estou entendendo o motivo de querer tanto falar assim com uma "golpista".

Alfonso: pode pegar leve pelo menos uma vez na sua vida? Quando sair do quarto da Dulce no sábado e encontrei a Anahí eu sentir vergonha, não apenas pela situação, mas pela expressão de dor no rosto dela, preciso ter essa conversa, preciso ouvir e também falar tudo o que ficou mal entendido - Amanda o abraça soltando um gritinho.

Christopher: devo sentir ciúmes? - Amanda sorrir ainda mais quando o ver por cima do ombro do Alfonso e o abraça.

Amanda: jamais te trocaria por este Error 404 aí - Christopher gargalha selando os lábios nos da namorada enquanto Alfonso rola os olhos.

Alfonso: vai me ajudar ou tá difícil? - Amanda volta sua atenção para ele, enquanto Christopher a abraça por trás.

Amanda: sabe a antiga sala de orientação que usamos para fotografar as candidatas a Vega? - Alfonso soltou um suspiro a encarou com tédio - pois bem, esteja lá às 16hrs, nem um segundo a mais que isso.

Anahí estava na aula de introdução à economia global quando seu celular vibrou a avisando que havia chegado mensagem, ela o pegou e verificou que a mensagem era da Amanda.

" preciso da sua ajuda, lembra a sala que você fotografou para entrar na Vega? Poderia ir lá às 16hrs? É complicado explicar agora, mas é importante."

Anahí estranhou a mensagem, mas pela forma que a Amanda a escreveu estava notório que era realmente importante e ela apenas escreveu uma frase "estarei lá".

Anahí chegou à sala no horário estipulado por Amanda, mas não tinha ninguém lá, além de um sofá branco desgastado, uma mesa de madeira antiga com a pintura descascando e algumas caixas espalhadas, não estava sujo mas nitidamente não era uma sala em uso, ela negou com a cabeça pensando está na sala errada, mas assim que se virou Alfonso entrou na sala e fechou a porta.

Anahí: o que está fazendo aqui? - ele não a respondeu e ascendeu a luz da sala no interruptor - eu vou embora daqui - ele não tentou conter ela, até porque assim que ela tentou abrir a porta a mesma estava trancada - me dê a chave Alfonso!

Alfonso: está com a Amanda e ela só volta daqui há duas horas, precisamos conversar, mesmo que você não queira, terá que me ouvir - Anahí sorri fraco.

Anahí: está bem, é para falar? Então vamos falar, você disse que eu te usei por status, mas que fama eu tive quando me envolvi com você, de amante e golpista! Você acha mesmo que eu quis isso para mim? Acha mesmo que entre meus planos estava te usar por dinheiro? - rindo - talvez o meu diário tenha sido claro, mas você só leu a parte que achou conveniente, pois eu nunca te coloquei em meus planos e nunca aplicaria um golpe em alguém por vingança, até porque não seria justo com a pessoa.

Alfonso: e por que escreveu aquelas coisas? E por que diabos nunca me envolveu nos seus planos? - Anahí se sentou no sofá, seu coração doía muito, e as lágrimas já estavam escorrendo pelo seu rosto.

Anahí: porque não o queria como um sócio, pois aquilo tudo era um plano que só iria fazer se caso aceitasse e não queria te envolver no meu passado sombrio, por eu ser estúpida o suficiente para me apaixonar por você.

GONE (Ponny) [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora