Capítulo 11

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"I wanna follow where she goes
I think about her, and she knows it
I wanna let her take control" - There's Nothing Holding Me Back - Shawn Mendes.

P.O.V Jonathan

- Ei o que foi? - ouvi Clarisse perguntando para a cachorrinha que tinha adotado, a tal de Floquinho. Tudo que passava por sua cabeça eram as folhas.

- Ela está agitada com o barulho das folhas. - expliquei.

- Você viu que ridículo? - disse a garota pra Floquinho - Nunca faça isso ta bom? É ridículo responder a uma pergunta que não foi feita pra você.

- E é ridículo falar com uma bola de pelos sendo que ela não vai te responder. - ela podia até responder, mas você não iria saber.

- Não escute nenhuma das besteiras que o babaca ali ta falando okay meu amor? Ele não é inteligente como você. - resmunguei um "eu sou o babaca?", mas logo a cadelinha começou a latir muito - Ei, ei calma! É só o ven...

- Cala a boca. - falei para Floquinho que ficou quieta imediatamente, enquanto tapava a boca de Clarisse, antes que resolvesse comentar, tinha alguma coisa nas árvores, respirei fundo e logo o vento me mostrou o que era. Droga. Peguei Clarisse e nos escondi atrás da primeira árvore que vi.

- Senhora, não vejo nenhum sinal da garota. - ouvi a voz de Alexino, e confirmei que tinha conseguido disfarçar-nos com o vento, criando como que uma névoa a nossa volta, névoa que somente eu conseguia ver. Senti Clarisse batendo em mim, seus olhos estavam arregalados, não consegui conter a preocupação. Ela tinha de ficar parada, não conseguiria manter o disfarce se tivesse que cuidar dela também.

Respirei fundo para ver Alexino e saber quando estivesse indo embora. Senti um choque em meus olhos, segurei o riso, a garota gostava de reclamar e me xingar, mas quando precisava era eu que ela chamava. Contra a minha vontade segurei a mão dela, querendo ou não, meu dever era ajudá-la.

- Sim, eu entendi. Não se preocupe, dessa vez ela não vai fugir. - o problema é que ele tinha em que se basear, mesmo sem saber. Quando eu tenho que ajuda-la eu não consigo focar meus poderes em mais nada, sendo assim, não consegui mais nos esconder. Que grande merd*, não é mesmo?

Gosto de comparar as fadas a demônios, as únicas diferenças são que as fadas são ligadas com a natureza, são coloridas, e no folclore humano são consideradas maravilhosas, mas a característica em comum que nos interessa no momento é que tanto os demônios, quanto as fadas, sentem o medo. E pelo visto eu era um anjo da guarda horrível porque Clarisse continuou com medo, atraindo Alexino em nossa direção. Ela me olhou apavorada, e notei que de nada iria adiantar se ela ficasse lá, então passei as coordenadas de uma cabana conhecida para Floquinho, e disse o mais claramente e inaudível possível: corre.

Enquanto ela corria segurei Alexino impedindo-o de ir atrás dela. Concentrei a maioria do meus poderes protegendo a fuga de Clare, quando ela atingiu uma determinada distância deixei sua proteção a cargo de Floquinho, e me concentrei em Alexino.

- Você é insistente não é? - disse visivelmente decepcionado consigo mesmo.

- Descobriu agora? - ri, seus olhos vermelhos pareciam fogo, pena que eu não me queimo com facilidade.

- Porque não desiste disso tudo? Você sabe que não vai conseguir sozinho. Precisa de Alse.

- Se tem uma coisa que eu aprendi, é que eu não sei de nada. Eu vou continuar tentando, e sem vocês. - falei calmamente.

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