Capítulo 18

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"Don't waste your time on me you're already the voice inside my head,

I miss you, I miss you" - I Miss You - Blink-182.

P.O.V Mariana

- Quem ele pensa que é?

- O médico? - disse Ariella calmamente.

- E? Ele não tem o direito de nos proibir de vê-la!

- Na verdade ele tem sim Max. - falei fazendo o garoto me olhar com raiva - Ele não disse que não iríamos poder ver ela. Só que não poderíamos agora.

- Mariana. - ele se aproximou, apoiando as mãos uma em cada braço da cadeira que eu estava sentada, e falando pausadamente - Ele não tem o direito de fazer isso. Sacou?

- Ta bom. Só não me bate.

- Ta, conseguiram alguma informação com os pais dela? - perguntou Ari se sentando no sofá o qual ela estivera deitada todo esse tempo.

- Não muita. - respondi.

- Eles só disseram que ela está estável. Mas ela está em coma. Se ela estivesse instável ela estaria morta!

- Max! - dissemos eu e Ari em uníssono.

- O que é? - bufou se jogando na cadeira ao meu lado.

- Nós precisamos nos acalmar. - olhei para Max - Principalmente você! Agora, vamos tentar entender o que aconteceu.

- Tentar entender o que? Ela caiu na piscina e se afogou. Pronto. - falou Max irritado.

- Que insensível. - comentei.

- É, mas o seu raciocínio está errado. Ela não caiu. Foi jogada. - disse Ari.

- Ah claro! Pelo fantasma da tal Patrícia. - Max nos olhou - De nada adianta nós falarmos sobre isso, se não pudermos provar. A garota não existe, não tem nenhum comprovante de matrícula, residência, nada! E depois que falamos aquilo para os policiais eles nos colocaram como suspeitos. E eles nem tinham pensado na possibilidade de uma tentativa de homicídio!

- Mas o que você queria? - falei - Não tem nem sinal de que a garota esteve lá! Sinceramente, eu não estou gostando nem um pouco disso tudo. Ou nós estamos loucos, ou algo muito estranho tá acontecendo aqui.

- Eu não acredito que isso esteja acontecendo de novo. Achei que a morte de Daniel fosse o suficiente. Mas Clarisse? - suspirou passando as mãos pelo rosto, suas olheiras estavam muito escuras - Desculpa Mari, não quero parecer indiferente à morte de Daniel.

- Não se preocupa Max. Eu entendi o que você quis dizer. E concordo. - sorri para o loiro que retribuiu.

- Ta pombinhos. Só eu que estou achando muito estranho isso ter acontecido com a Clarisse bem naquele dia?

- Do que você está falando? - perguntei.

- Ah por favor! - Ari levantou e ficou na nossa frente, eu e Max nos entreolhamos - Sem rastros? Nenhum sinal do agressor? Nenhum sinal de que houvesse alguém mais na cena do crime? Isso não lembra vocês de nada?

- Você não está pensando o que eu acho que está não é? - disse.

- Eu to perdido. Do que vocês estão falando? - falou Max nervoso, ele odiava ficar por fora.

- Ela está falando sobre o assassinato do meu irmão. - expliquei - Foram as mesmas coisas. Por isso arquivaram o processo, não fazia sentido.

- Ta, mas o que tem a ver isso com o dia?

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