#14

245 16 1
                                    

#Milla Vittorio

Não paro de pensar no Dylan, e sobre tudo que ele me disse ontem, fico relembrando de tudo, imaginando se ter contado a verdade seria a melhor coisa a se fazer, tudo isso é uma grande tortura pra mim, mas o que me resta agora é esperar, e ver se o Dylan apesar de tudo, seja bom para Julia, e eu espero mesmo que ele seja.

E hoje, estou sem animo nenhum pra sair pra esse tal evento com o Conrado, mas já que eu disse que ia, eu vou. Ontem depois da conversa que tive com o Dylan passei numa loja e comprei um vestido azul e um novo par de salto alto, pra usar no evento de hoje, marquei hora no salão e com a manicure, eu não precisava de nada disso, eu só queria ocupar minha mente, mas depois a noite tudo voltou. Quem sabe esse evento me faça esquecer.

De manhã cedo fui para o salão, não fiz nada de mais no cabelo, apenas o básico, nas unhas também, como sempre pedi para manicure apenas passar uma base incolor, as horas que passei no salão foram relaxantes pra mim.

Cheguei no meu apartamento quase em cima da hora, tomei banho, e fiz as mesmas coisas de sempre, vesti o vestido, fiz a maquiagem, calcei o salto e procurei uma bolsa, alguns acessórios e por fim passei o perfume.

Exatamente as duas da tarde a limusine do Conrado estava parada lá em baixo, desci pra lá.

O motorista abriu a porta pra mim. Entrei.

Conrado não olhou pra mim, ele estar segurando um copo de Whisky, os olhos dele estão fixos na janela da limusine.

- Oi!

Falei para ele.

- Oi!

Ele respondeu sem nem olhar para mim.

Conrado foi todo o caminho calado, bebendo Whisky e não me olhou um só minuto, não entendo depois de tudo que tínhamos conversando achei que estávamos bem, achei que tínhamos um acordo, e agora ele estar estranho.

A limusine parou em frente a um prédio, o motorista veio e abriu a porta para nos, continue sentada, Conrado saiu, e como da última vez estendeu a mão para me ajudar a sair, a frente do prédio estar repleta por fotógrafos, Conrado ficou parado ao meu lado, e dessa vez não me segurou na cintura.

Depois das fotos, entramos no prédio, e andamos em direção do elevador, Conrado apertou o botão que vai para o terraço, continuamos calados, eu queria muito perguntar o que estava acontecendo com ele, mas não acho que essa seja a hora certa.

A porta do elevador se abriu, Conrado saiu e parou para que eu o acompanhasse, andamos lado a lado, e eu sei que uma hora outra vou ter que perguntar o que estar acontecendo.

Passamos algumas horas conversando com pessoas que eu suponho ser amigos do Conrado, e com pessoas que tenham a ver com os negócios da empresa, Conrado me apresentou várias pessoas também, e quase todas elas me perguntou como conseguir conquistar ele, e eu apenas sorria para elas, fomos fotografados várias vezes, e eu estou esperando o momento certo pra poder entender o motivo do Conrado estar tão estranho.

Depois de um tempo ficamos finalmente sozinhos, quando eu digo sozinhos quero dizer em meio a muitas outras pessoas, nas sem nenhuma delas tão próxima a nós.

- O que está acontecendo Conrado?

Conrado me olhou sério.

- Nada Milla!

Olhei seria pra ele.

- Não Conrado, estar acontecendo algo sim, você não é assim, não depois de tudo que conversamos!

Ele ficou calado alguns segundos apenas me olhando.

- Quer saber a verdade então?

- Se vamos fingir ter alguma relação, acho que sim!

Os Desencontros de MillaOnde histórias criam vida. Descubra agora