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#Conrado Dorigan (Bônus)

A pior coisa que eu fiz em toda minha vida foi mentir pra Milla, eu queria pode dizer a ela tudo que estava acontecendo, mas não podia, não com o risco que ela corre, hoje nada mais importa pra mim a não ser a Milla, e pra ver ela bem eu farei qualquer coisa, até mesmo perder tudo, inclusive ela. Ontem na festa do Dylan, eu tive que ser forte, tive que ser frio e acima de tudo falso, deixar a Milla e subir naquela palco foi horrível, fingir que eu e o Dylan somos bons amigos foi um sacrifício terrível que eu fiz, e eu sou fiz isso por ela, estou vivendo um pesadelo, e parece que esse pesadelo nunca chegará a um fim.

Quando minha vida chegou aqui? A um tempo atrás tudo estava indo tão bem, Dylan era um grande amigo e um grande sócio, até que eu descobrir tudo de errado que ele estava fazendo, tentei concertar e ainda assim a casa caiu, e meu plano de deixar o Dylan por perto foi por água a baixo quando ele sumiu, mas conseguiram encontrar ele a tempo, e ele levou toda a culpa, parecia que tudo tinha dado certo, mas ele conseguiu sair inocente de todas as acusações e agora é dono da minha empresa, e fez com que eu deixasse a única coisa importante em minha vida, ou seja, minha ruína começou quando conheci o homem que eu achei que era o meu melhor amigo.

Fico imaginando como será daqui pra frente, se o Dylan vai seguir com o trato ou não, espero que ele siga, espero que ela cumpra a parte dele, por que eu estou cumprindo a minha, agora só tenho que sumir do mapa deixar tudo pra trás, eu nunca pensei que teria que sacrificar tanto, mas pra manter a mulher que eu amo a salvo tudo isso valerá a pena.

Acabei de sair da minha casa no condomínio, despedi minha empregada, arrumei minhas malas, peguei todos os meus pertences mais precisos e deixei a casa trancada, meu avião sairá hoje a dês hora da noite vou pro Brasil, tentar recomeçar de algum jeito.

* * *

São oito horas da noite, acabei de chegar, estou hospedado numa pensão, na periferia de Boston, não quero que a Milla me encontre, e pra Milla não me encontrar em um dos meus hotéis e nem na minha casa preferir ficar num lugar onde ela nunca imaginária que eu estaria, preciso ficar distante dela.

Estacionei o carro na rua, desci, vou pagar a pensão e ligo depois ir direto pro aeroporto, meu coração dói só de imaginar que daqui a duas horas vou estar num voo pra bem longe da Milla, dói saber que eu vou deixar ela desamparada, acabou que eu me tornei o cara que eu não queria ser pra ela, eu destruir toda uma vida feliz que ela poderia ter quando entrei naquela igreja.

A rua está escura, a iluminação é péssima, não vejo nenhuma outra pessoal, a rua está completamente vazia, e em silêncio, a pensão fica a dois minutos de onde estacionei o carro, tranquei o carro e andei em direção da pensão em passos longos, hoje está um dia frio.

Um homem pareceu no fim da rua, ele vem em minha direção com a mão no bolso parece ser um cara normal, respirei fundo e continuei andando, o homem parou a um metro de distância de mim, tirou uma arma de debaixo da camiseta e apontou pra mim, parei de andar, meu corpo gelou, meu coração acelerou, estou num lugar que nunca frequentei, óbvio que eu seria assaltado uma hora ou outra, respirei fundo, o homem veio em minha direção devagar, levantei as mãos.

- O que você quer?

Perguntei sério, mas o homem não respondeu. Um outro homem me segurou por trás com força, eu mal consigo me mexer, achei que não tinha como minha vida piorar mais, mas vejo que tem sim.

- O que vocês querem?

Perguntei mas una vez, o homem com a arma apontada pra mim começou a rir e veio em minha direção, colocou a mão dentro do meu terno pegou minha carteira, meu passaporte, a chave do meu carro e meu celular.

Os Desencontros de MillaOnde histórias criam vida. Descubra agora