Um termino de namoro doloroso deixa Milla Vittorio desnorteada por um ano, isolada de tudo e de todos. Mas um ano depois ela decidi seguir a vida, e sai a procura do homem certo, a procura de um homem que a ame e nunca a deixe...
Já são cinco horas da tarde, passei o dia trancada no escritório, rejeitando todas as ligações do Conrado, não quero falar com ele, não por enquanto, posso ignorar ele o tempo que eu precisar já que ele faz isso muito bem quando estou procurando desesperadamente por ele, então eu me sinto no direito de fazer o mesmo.
Isabele entrou na minha sala e me encarou.
- Conrado Dorigan está te estando no rol do hotel!
Sorrir.
- Pode pedir a ele pra esperar um pouco, estou ocupada agora!
Isabele olhou pra minha mesa e depois pra mim, minha mesa está completamente vazia, meu computador desligado, não estou ocupada coisa nenhuma ja estava pronta para ir pra casa, mas eu quero que o Conrado espere mais um pouco.
- Vou dar o recado!
- Obrigada!
Isabele saiu e fechou a porta.
Quem eu estou tentando enganar, eu quero me levantar dessa mesa e ir correndo falar com o Conrado, mas não posso, por que ele não fez isso por mim ontem a noite, ele preferiu ficar numa reunião com advogada dele do que vir a festa comigo, então ele merece todo esse tempo que eu vou fazer ele esperar. Eu não posso ceder tão fácil assim pro Conrado, não quero que ele pense que me tem nas mãos, por mas que isso seja verdade, Conrado tem que entender que eu não quero ser sempre a segunda opção dele, quero que ele me escolha a cima de qualquer coisa com algumas exceções é claro, só que eu também tenho que levar em conta que o Conrado não esta passando por um momento muito bom e isso dificulta muito.
***
Faltam apenas alguns minutos para as seis, ainda estou sentada na minha mesa, olhando pro nada, não sei se fiz o Conrado esperar tempo o suficiente, na verdade não fui ainda até lá por que não faço ideia do que vou dizer ele muito menos do que ela tem pra me dizer, não quero ter uma DR com ele, mas quero que ele saiba como me sinto nessa situação, mas não quero uma briga não como as que tivemos no começo da nossa historia.
Respirei fundo e me levantei, peguei minha bolsa e sair da minha sala, sair do escritório e fui direto para o rol do Hotel, alguns dos hospedes do hotel estão no rol de entrada, são bem poucas pessoas hospedadas no hotel mas ja e alguma coisa, procurei pelo Conrado, ele esta sentado no bar, engoli em seco e fui em direção dele. Me sentei do lado dele, Conrado esta com um copo de Whisky na mão ainda cheio, ele me encarou.
- É a primeira vez que venho aqui depois da inauguração!
Não disse nada, Conrado respirou fundo se preparando pra dizer algo.
- Eu não consigo sair com você por que ainda me sinto um fracassado, me sinto assim sempre, Milla você esta conseguindo fazer sua carreira decolar e eu não quero ser o cara fracassado que namora Milla Vittorio, quero ser mas que isso sera que você me entende?
Segurei na mão do Conrado.
- Você me transformou na grande profissional que sou hoje, você acreditou em mim e no meu potencial, eu devo tudo isso a você, tudo mesmo, Conrado não se sinta um fracassado, você não é e nunca sera um fracassado, eu estou aqui e sou a prova viva disso!
Conrado apertou minha mão.
- Continuou não sendo o homem certo pra você!
Conrado falou triste, essa conversa é mil vezes pior do que uma DR, Conrado agora se abre pra mim, e isso é muito bom, por que ele confia em mim pra dizer tudo que sente, e meu dever é conforta lo, só que eu não sabia que ver o homem que eu amo desse jeito seria tão difícil.
- Você tem defeitos, e mesmo com todos eles você ainda assim e perfeito para mim, sempre será!
Sorrir.
Não posso dizer pro Conrado tudo que pensei em dizer na minha sala, não agora, não quero deixar ele ainda mais triste, nesse momento minha missão e deixar ele bem, independente de qualquer coisa.
- Me desculpa Milla, me desculpa por tudo!
- Eu te desculpo Conrado, só não me afasta de você, estamos juntos nessa!
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Conrado me beijou de leve, um toque suave em meus lábios ele me olhou nos olhos.
- Milla você e minha vida, não sei o que seria de mim sem você!
- Espero nunca ter que saber!
Falei levantando da cadeira, Conrado olhou para o copo de Whisky e colocou em cima do balcão, puxei ele pela mão.
- Vamos pra casa!
Falei tentando sorrir, Conrado fez que sim com a cabeça se levantou. Andamos pelo Rol do hotel de mãos dadas em direção da saída, os hospedes nos olham sérios, como se eu e o Conrado estivesse fazendo algo errado, e quer saber a gente está sim fazendo uma coisa muito errada, nosso erro e deixar que essas pessoas nos julguem pelo que somos e pelo erros que cometemos, todos cometem erros, afinal somos todos seres humanos, não saberíamos o que e certo sem cometer nenhum erro, a vida não teria sentindo nenhum, então pra quer ser julgado por algo errado? Quando o que importa e o que sera feito pra concertar o erro.
- Não quero que as pessoas olhem pra você como olham pra mim!
Conrado falou soltando minha mão, parei de andar e puxei ele pelo braço pra perto de mim, estamos frente a frente agora olho no olho, parados no meio do rol do hotel.
- Eu não me importo como as pessoas me olham, muito menos com o que elas pensam de mim, só me importo como você me ver, Conrado você é o único que me importa nesse lugar, vou te dizer como te vejo, eu vejo você como o grande amor da minha vida, como alguém que vai enfrentar toda a dificuldade e se levantar com a cabeça erguida, é assim que te vejo, e é assim que eu quero que você se veja também!
Preciso fazer o Conrado entender que ele não e um criminoso e muito menos um fracassado, sei que não é nada fácil, mas preciso fazer ele entender que não importa o que as pessoas pensam dele, Conrado se preocupa muito com isso, quando ele tem que se preocupar somente com ele mesmo, Conrado tem que agradar a si mesmo, foda se o resto, se a gente for viver pra agradar todo mundo, a gente não vivi.
Conrado me puxou pela cintura pra perto do corpo dele, passou a mão devagar pelo meu rosto, e sorriu.
- Você é incrível Milla Vittorio!
Conrado me beijou, não é um beijo leve, muito pelo contrario, e um beijo firme seguro tipico do Conrado Dorigan que eu conheço...
