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#Henry Bertollazi (Bônus)

Quando eu vi a Milla naquele restaurante pela primeira vez, eu fiquei no mundo da lua, eu só queria olhar pra ela, uma moça simples, com um sorriso encantador, eu vi nela algo que nunca tinha visto em nenhuma outra mulher, naquele momento eu soube que a Milla era a mulher que eu sempre quis ao meu lado, então fui lá por várias vazes ate conseguir um encontro com ela.

minha doce e frágil Milla.

No primeiro encontro eu tive ainda mas certeza de que queria passar o resto da minha vida com ela, eu sabia que a Milla era a mulher mas que certa pra mim, e eu continue com essa certeza durante cinco longos e maravilhosos anos, até cometer a maior idiotice de todas. Comecei a pensar de outra maneira, Londres, dinheiro, poder tudo isso começou a subir em minha cabeça, Milla não era mas minha prioridade, muito menos casar e viver com ela, fiz uma péssima escolha, então terminei com ela foi difícil, doloroso, eu tinha certeza de que  estava indo no caminho certo. Os primeiros dias em Londres foram maravilhosos, até perceber que minha vida estava incompleta, faltava a única coisa que me deixa totalmente feliz, e meu orgulho não me deixou voltar, nem procurar pela Milla.

E um ano depois és que surge Conrado Dorigan, ameaçando tirar de mim a única coisa que um dia foi real na minha vida, entrei em desespero, não podia permitir, eu estava lá em Londres, sem ninguém, esperando poder ter a Milla de novo, mas aí ela decidiu seguir em frente e me esquecer, isso foi de mais, eu precisava tentar mas um vez, mesmo que eu tenha cometido o grande erro de me afastar dela por um ano, eu não poderia permitir que um homem metido a besta conquistasse a mulher que eu amo, eu precisava de uma segunda chance.

Precisava voltar imediatamente pra perto da Milla. Quando eu vi a Milla naquela festa percebi que ela não me olhava mas com os mesmos olhos, e é claro que ela não iria me ver da mesma forma, eu fui embora, troquei ela por um um maldito escritório em Londres, Milla que sempre foi uma mulher doce e frágil, não era mais, nem doce nem frágil, e o olhar apaixonado dela não era mas para mim, e sim para outro. Não podia permitir isso, precisava reconquistar ela, e por muita sorte conseguir, mas não por completo, por mais que ela me diga que me ama, o olhar dela não é meu ainda, não por completo, os olhos apaixonados dela ainda são do Conrado, mesmo que ela não sabia, eu vejo isso.

Eu não vou permitir que o Conrado tire ela de mim, ele pode tentar de tudo, eu não vou desistir, não, não vou deixar a Milla mais uma vez, mesmo que isso vire uma competição idiota, e se virar uma competição, eu pretendo vencer.

Minha mãe sempre me disse dês de quando eu era uma criança, que na minha vida eu iria conhecer muitas  pessoas, boas e ruins, pessoas que me faria mal, que me magoaria, pessoas  que não faria nenhum diferença em minha vida, uma  pessoas pela qual eu me apaixonaria, que seria capaz de mudar completamente minha vida, minha mãe disse que essa pessoa se tornaria tudo,  que se tornaria meu mundo, que eu seria capaz de amar incondicionalmente. Eu achava que nunca encontraria alguém que me fizesse sentir tudo que minha mãe me disse um dia, então conheci a Milla, eu tive sorte de encontrar ela tão rápido, num lugar tão simples, sem esforço, e mesmo sabendo o que ela significava pra mim, deixei ela livre, e quase a perdi.

Meus pais sempre me ensinaram a ter os melhores sentimentos dentro de mim, e saber lhe dá com cada um deles, tive uma boa educação, e mesmo ouvindo coisas horríveis do meus amigos do tempo da escola, continue sendo aquilo que meus pais me ensinaram a ser, não fui o tipo de adolescente que brincou com sentimentos das garotas, nem que as magoaram, sempre fui muito certinho, e não me arrependo disso.

Não quero perder a Milla pra qualquer idiota, e pra isso, eu preciso deixar umas coisas bem claras pro Conrado Dorigan.

***

Já é noite, estou em frente a empresa do Conrado, esperando ele sair, pra finalmente ter aquela conversa de homem pra homem, vou ser direto no que vim dizer.

Conrado saiu do prédio. Ele parou de andar quando me viu.

- O que você estar fazendo aqui?

Ele perguntou sério.

- Precisamos conversar!

Conrado olhou em volta.

- No meio da rua?

Conrado perguntou sério.

- Serei breve!

Não queria o Conrado como inimigo, nos iríamos fechar bons e lucrativos  negócios, mas se pra ver ele longe da Milla teremos que ser inimigos.

- Quero que se afaste da Milla!

Falei num tom de voz alto.

- Por que eu faria isso?

Conrado falou dando uns passos em minha direção.

- Por que estou pedindo, não quero você perturbando nem brincando com minha noiva!

- Nunca brinquei com a Milla!

Até parece que não.

- Eu amo a Milla mas que tudo, vou me casar com ela, quero viver o resto da minha vida ao lado dela, e não quero que você tire isso de mim, nem hoje nem dia nenhum!

Conrado sorriu.

- Você se sente ameaçado por mim?

Rir de um jeito sarcástico.

- Não, já que é pra mim que ela diz eu te amo!

Conrado ficou calado por um tempo.

- Estamos entendidos?

Perguntei dando alguns passos na direção dele, estamos frente a frente agora, olho no olho, como um duelo.

- Não, não vou me fastar da Milla!

Respirei fundo.

- Você ama ela?

Perguntei. Conrado não disse nada.

- Eu sabia, você é incapaz de dizer o que sente, seja lá qual for sua intenção com minha noiva desista, por que eu conheço ela, sei que ela nunca trocaria uma certeza por algo que ela mal sabe o que é!

Dei as costas pro Conrado e andei em direção do meu carro.

- Agora estamos entendidos!

Falei entrando no carro.

- É o que vermos!

Conrado falou.

Sorrir pra ele, liguei o carro, e sair de lá, Conrado e um fraco sentimentalmente, e Milla gosta de homens fracos e covardes...

Os Desencontros de MillaOnde histórias criam vida. Descubra agora