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#Milla Vittorio

Conrado e eu acordamos bem cedo, hoje e sábado e finalmente vou ter um dia de folga, bem merecido é claro, Conrado e eu não falamos muito sobre a noite de ontem, e eu estou tentando o máximo não tocar no nome da Alicia.

Assim que me vesti, uma empregada que mal vejo aqui, entrou no quarto e começou a arrumar as malas do Conrado, estou observando todo o cuidado que ela tem com cada peça de roupa dele, sem contar no quanto ela estar envergonhada por me ver aqui sentada na cama dele, olhando para ela. Conrado estar no escritório, procurando algum documento que ele precisa levar para Tóquio, que não pode esquecer de jeito nenhum, e enquanto eu espero vou puxar assunto com a empregada.

- Quanto tempo você trabalha aqui ?

Ela me olhou de lado, e não me encarou por muito tempo!

- A 5 anos senhora!

Ela parece estar com medo de falar comigo.

- Bastante tempo!

Ela ficou calada.

Me levantei da cama, e comecei a andar pelo quarto.

- Como você se chama?

- Sther!

Sther e um nome bonito, ela aparenta ter seus 35 anos de idade,  e uma mulher bonita, porem me passa a sensação de cansaço, eu vejo a dedicação dela, e uma boa funcionaria, fico pensando se o Conrado e rígido com ela, ou algo assim.

- Sou Milla!

Falei parando de frente a ela.

- E a namorada do senhor Conrado, já a vi algumas vezes aqui!

Sther me conhece? Sim tem a internet e tal, mas ela já me viu varias vezes na casa, e por que eu nunca a vi? Sera que estou tão sem falta de atenção assim.

- Eu nunca te vi, a não ser hoje!

Ela me olhou nos olhos por alguns segundos, antes de voltar a concentração para a mala do Conrado.

- Sou bem discreta!

Conrado entrou no quarto com uma pasta preta na mão. Ele olhou diretamente pra mim, e depois pra Sther.

- Algum problema?

Ele perguntou num tom serio.

- Não nenhum, só estava batendo papo com a Sther!

Falei sorrindo. Conrado fez uma expressão estranha, e veio em direção da Sther e colocou a mão no ombro dela.

- A Sther e uma boa de papo, e uma boa ouvinte também!

Como é que é? Conrado Dorigan e a empregada são confidentes, tipo melhores amigos? Já vi que ainda posso me surpreender muito com o Conrado.

Não fiz nenhum comentário sobre essa nova descoberta.

Fui pra casa uma hora depois, depois de ter tomado um maravilhoso cafe da manha feito pela Sther.

Tomei um banho e relaxei, mas tarde vou acompanhar o Conrado ate o aeroporto, me despedir dele, e torcer para que essas duas semanas passem logo.

***

São duas da tarde, peguei meu casaco e minha bolsa, o avião do Conrado vai decolar as três e meia, não quero atrasar ele, sair do prédio e cheguei a casa do Conrado as duas e vinte três. As malas dele estão na sala, consigo ver a Sther na cozinha, preparando um macarrão, que por sinal estar muito cheiroso.

Conrado desceu as escadas e veio e minha direção.

- Já veio?

Sorrir pra ele. Conrado estar parado na minha frente me olhando nos olhos.

- Preferir vir cedo, pra não correr o risco de me atrasar!

Conrado sorriu.

- Vem vamos almoçar!

Fomos até a cozinha, a mesa já está pronta, o macarrão da Sther está com uma cara maravilhosa, e o cheiro faz minha barriga conversar.

Depois de comer o delicioso macarrão da Sther, e colocar as malas do Conrado no carro, fomos para o aeroporto, o caminho pra lá foi tranquilo, Conrado passou a maior parte do tempo conversando com alguém no telefone, provavelmente algo sobre trabalho.

Ele desligou o celular.

- Desculpa, o assunto era importante!

Ele falou me olhando sério, sorrir.

- Não tem problema!

Tóquio e muito longe, e duas semanas e muito tempo, e muito tempo sem ver ele, apesar que nos dois temos um relacionamento um pouco diferente dos relacionamos normais.

- O jatinho já estar na pista de decolagem!

Ele falou. Olhei no relógio, já são três e vinte cinco.

- Jatinho?

Conrado sorriu.

- Você achou que eu ia num avião comum?

Fiz uma careta.

- Desculpa se as vezes esqueço que você é Milionário!

Nos dois rimos.

Chegamos no aeroporto, o motorista estacionou o carro, saímos.

Conrado e eu ficamos parados em frente a entrada do aeroporto, sentir meu coração bater acelerado.

Conrado segurou em minha cintura e me beijou.

Um avião decolou, olhei para o céu, por um instante veio em mina cabeça a imagem do Henry, imaginei ele dentro do avião, indo pra Londres me deixando sozinha, sentir um aperto no peito, por que parece parecem o Conrado também estar me deixando, não fazia ideia de que seria tão ruim acompanhar ele até aqui.

Olhei pro Conrado.

- Volte logo!

Conrado me deu outro beijo.

- Essas duas semanas vão passar rápido!

Ele falou, me puxando pra mas perto dele.

Mas diferente do Henry, Conrado vai voltar, e sei que essa não é uma despedida definitiva, não preciso me preocupar. Já superei a partida do Henry, e o Conrado não é como ele, Conrado vai voltar pra mim.

Olhei para o avião que já vai longe no céu, desaparecendo nas nuvens. Sorrir.

- Vou sentir saudade!

Falei.

- Também vou sentir!

Conrado me abraçou, e depois se afastou, pegou as malas que o motorista o entregou, e foi andando em direção da entrada do aeroporto.

Ele entrou sem olhar pra trás.

Fiquei parada ali, pensando, duas semanas não é muito tempo, passa rápido, só preciso me distrair.

- Já estar pronta pra ir?

O motorista estar parado do meu lado, me encarando.

Tentei sorrir.

- Estou sim!

Entrei no carro, hora de voltar pra casa, e esperar duas semanas pra ver o Conrado ...

Os Desencontros de MillaOnde histórias criam vida. Descubra agora